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29 de maio de 2018

Itália e desestabilização financeira

Soros aposta numa crise financeira
Numa altura em que a instabilidade política em Itália – e, se bem que em menor medida, em Espanha – tem atirado ao chão os mercados de todo o mundo, com maior ruído na Europa, Soros está a apostar fortemente na queda das acções de empresas do Velho Continente, desde Estocolmo até Londres, sublinha a Bloomberg.

De acordo com os dados recolhidos pela agência noticiosa Bloomberg, Soros tem 256 milhões de dólares investidos na queda de empresas europeias .
A arrogancia de Constâncio
O ainda vice-governador do Banco Central Europeu deixou hoje um recado aos italianos sobre a possibilidade de o banco central intervir numa eventual crise de liquidez do país, lembrando que os italianos conhecem as regras.

Em entrevista à revista alemã Spiegel, Vítor Constâncio lembrou que qualquer intervenção do BCE para fazer face a um problema de liquidez de Itália, tem de cumprir um "conjunto de condições" no âmbito do mandato do BCE.

Se Itália quiser contornar as regras orçamentais da Europa, não poderá contar com a ajuda do BCE? A esta pergunta do Spiegel Constâncio respondeu: "Diria apenas que Itália conhece as regras. Talvez devam voltar a olhar para elas com atenção".

Governo "técnico" quer ganhar tempo

O presidente do Conselho designado, Carlo Cottarelli, encontrou-se com o presidente da República, Sergio Mattarrella, no Palácio Quirinale.
Em Itália, a formação de um novo Executivo poderia demorar pelo menos mais alguns diasAo contrário do que se esperava, Cottarelli não apresentou a lista com os ministros que deverão formar novo Governo.
Os dois debateram as pressões que chegam das várias forças políticas no sentido de serem realizadas eleições antecipadas antes do verão.
Carlo Cottarelli terá mesmo pedido ao presidente mais tempo para melhor refletir sobre a questão da lista de ministros. 
"Não muito tempo," disse aos jornalistas o primeiro-ministro designado, depois do encontro com o presidente Sergio Matarella.
As legislativas italianas tiveram lugar no início de março. Nenhuma das três principais alianças conseguiu maioria no parlamento
Agora, crescem as referências, na imprensa italiana, a umas possíveis eleições antecipadas realizadas já no mês de julho, com o presidente Mattarella cada vez mais isolado, depois de ter rejeitado a formação proposta pelo Movimento 5 Estrelas e pela Liga Norte

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