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22 de agosto de 2022

Das profecias do sr. Luís Delgado ao entusiasmo pelo terrorismo

O sr. Luís Delgado profetizara na Visão, de 20/6 que - oh! - com as novas armas americanas "a vitória da Ucrânia é inquestionável. O que está em causa não é só a inqualificável invasão russa, que os ucranianos enfrentaram com bravura, mas também o orgulho e a demonstração de força dos aliados, dando o que de melhor têm nos seus arsenais. A diferença vai notar-se em julho."

A diferença notou-se, mas para pior para os ucranianos em termos de vidas perdidas e povoações controladas pela Rússia. Não acerta, mas a culpa não é dele. O problema com o sr. Delgado, (eminente administrador e dono da sociedade Trust in News- 12 revistas compradas por 10,2 milhões de euros) são os seus Orixás, seria aconselhável que mudasse. Não se trata de mudar de camdonblé “norte atlantista”, mas para a adivinhação aconselha-se o Orixá Orunmila-Ifá.

Agora o sr. Delgado garante que no dia 24, Dia da Independência da Ucrânia, deverá ser muito visível a contraofensiva militar de Kiev. “Serão momentos peculiares e estranhos: no Sul e Leste da Ucrânia, unidades russas correm o risco real de ficarem isoladas, cercadas e rendidas. São imagens antagónicas, bipolares, esquizoides.” (??)

O Der Spiegel de 17/8, tem outra “visão”, e explica por que uma grande ofensiva de Kiev no sul da Ucrânia dificilmente é possível. Uma guerra subversiva e ataques terroristas da Ucrânia são prováveis. Às Forças Armadas da Ucrânia "faltam experiência ofensiva e preparação para manobras maiores". Após ferozes combates no Donbass, a Ucrânia carece de unidades bem treinadas e de armas.

No campo militar a guerra na Ucrânia já foi vencida pela Rússia que atualmente decide o ritmo da operação militar especial, os soldados ucranianos mais qualificados e experientes foram mortos ou capturados, os recrutas idosos e jovens não farão diferença. É triste que um país seja forçado por potências estrangeiras a lutar até o último homem sem esperanças de conseguir qualquer coisa.

O Der Spiegel exprime o que resta a Kiev: guerra subversiva e ataques terroristas. As ações de Kiev limitam-se ao que em qualquer parte do mundo se designa por atos terroristas. Comentadores e jornalistas, saúdam em regozijo ações que praticadas num país da NATO dariam origem à indignação coletiva nos media.

No descalabro do que resta da Ucrânia a propaganda da NATO ao mesmo tempo que esconde as baixas ucranianas, alegra-se com atos terroristas, disfarçando o abismo para onde os povos são conduzidos. Celebra-se o ataque a zonas meramente civis como triunfos militares, uma central nuclear é atacada e os media querem convencer-nos que os russos se bombardeiam a eles próprios. Se alguém acredita nisto, entramos no campo das imagens do sr. Luís Delgado.

A cobertura que é dada pelos media demonstra o baixo nível que a NATO atingiu, celebrando triunfantes o assassinato de uma jornalista de 29 anos – sujeita a sanções pelos EUA e RU - cujo delito é ter opiniões favoráveis ao seu país. Propagandistas na TV disseram que ela queria a morte de todos os ucranianos, não sendo possível verificar a veracidade, diga-se que esta não é a política da Rússia. Se assim fosse, se procedesse como a NATO na Jugoslávia, Iraque ou Líbia, a Ucrânia tinha sido destruída em poucas semanas.

Se a jornalista se referiu aos grupos nazis que obrigam as tropas de Kiev a combater e perseguem – e matam - cidadãos suspeitos de querer a paz com a Rússia, está de acordo com a política russa de desnazificar e julgar os grupos criminosos que aterrorizam a população ucraniana e aterrorizaram o Donbass.

Para o Wall Street Journal A Ucrânia está à beira do colapso financeiro. Kiev luta para encontrar fundos, pondo em risco a estabilidade do sistema financeiro. De acordo com o maior jornal de negócios dos EUA, os impostos cobrem apenas cerca de 40% do orçamento, mais de 60% do qual são gastos militares.

Dos EUA o Express revela que o défice mensal da Ucrânia é de 5 mil milhões de dólares. O governo de Kiev sobrevive com as ajudas de Washington e Bruxelas. A Ucrânia perdeu a independência financeira ao mesmo tempo que os EUA perdem a sua influência. Washington não conseguiu resolver o problema da Ucrânia com Moscovo por meio da diplomacia. No Médio Oriente, os EUA também estão perdendo o controle, deixando um vácuo para concorrentes preencherem. Biden, não tem a credibilidade e a reputação de antecessores para superar os tempos difíceis. A depressão económica é basicamente assumida, com uma situação particularmente crítica na Alemanha. Os preços da energia na UE continuam a crescer, pelo que famílias e indústrias irão falir. A situação nos EUA não será tão quanto na UE – com uma inflação imparável a aproximar-se dos 10% - mas a depressão económica na Europa levará à recessão também nos EUA.

Perante isto, os propagandistas exultam com atos terroristas apresentando-os como triunfos estratégicos... 

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