O site Myrotvorets, a lista negra neonazi, acusa o músico Roger Waters, membro fundador da banda de rock Pink Floyd, de ofensas "anti-ucranianas". Esses supostos crimes incluem a disseminação da "propaganda anti-ucraniana", colaborando nos esforços para legitimar a anexação da Crimeia pela Rússia e desafiando a integridade territorial da Ucrânia.
O site exibe partes de declarações de RW em 2018, informações gerais sobre Waters e comentários sobre a guerra na Ucrânia que o músico fez em entrevistas recentes. Por exemplo, ele menciona o apoio dos EUA ao golpe de 2014 na Ucrânia, e a campanha de Russofobia. O Myrotvorets pede às "agências de aplicação da lei" que intervenham contra Waters pelos seus "atos deliberados contra a segurança nacional da Ucrânia, contra a paz, a segurança humana e a lei e a ordem internacionais, bem como outras ofensas".
O Myrotvorets teria sido criado em 2014 por Anton Gerashchenko, então assistente do ministro do Interior da Ucrânia. Lista informações pessoais, como endereços e números de telefone de alguns dos chamados "inimigos da Ucrânia" que nomeia. O local tornou-se infame quando várias pessoas que tinha como alvo foram assassinadas. Entre eles estão o escritor ucraniano Oles Buzina, o ex-legislador ucraniano Oleg Kalashnikov e o fotojornalista italiano Andrea Rocchelli.
Entre os milhares de nomes listados pelos Myrotvorets estão jornalistas, empresários e políticos, ucranianos e estrangeiros. Além de Waters, figuram Viktor Orban; Gerhard Schroeder; Henry Kissinger; Bashar Assad. O caráter completamente infame e reacionário de Myrotvorets é atestado pela sua enumeração dos nomes de mais de 300 crianças.
Waters há muito se pronuncia contra o nacionalismo e a guerra em sua música e em entrevistas. Entre os temas do lendário álbum the Wall (1979), do Pink Floyd, do qual Waters foi o principal autor, está a ameaça do fascismo.
Sobre o status da Crimeia, Myrotvorets cita Waters da seguinte forma: "Eu sei que Sevastopol é muito importante para a Rússia e os russos. Existem muitos contratos e documentos segundo os quais a Rússia tem todos os direitos desta cidade." Ele ressaltou que a expansão da NATO para leste, que violou garantias diplomáticas dadas à Rússia, e contribuiu para a guerra.
Waters também provocou raiva ao apontar a hipocrisia da insistência do presidente Joe Biden em respeitar o direito internacional. Myrotvorets cita Waters que observou que os próprios EUA rompem livremente acordos internacionais quando entram em conflito com seus interesses imperialistas. Waters também disse que os políticos ocidentais estão usando a campanha de Russofobia e a demonização de Putin para suprimir a oposição interna.
Waters embora diga não admirar Putin nem apoiar a invasão, acrescentou para uma jovem ucraniana que lhe escreveu, que "os governos ocidentais estão ateando o fogo que destruirá o seu belo país despejando armas na Ucrânia, em vez de se envolverem na diplomacia que será necessária para parar o massacre", referindo-se também aos batalhões Azov, à Milícia Nacional e ao C14 como "grupos neonazistas autoproclamados".
Praticamente todas as canções têm como alvo problemas urgentes do nosso tempo: guerra imperialista, fascismo, veneno do nacionalismo, a situação dos refugiados, as vítimas da opressão estatal, a pobreza global, a desigualdade social, o ataque aos direitos democráticos e o perigo da aniquilação nuclear." (1)
Este texto, confirma o que é revelado pela jornalista Esha Krishnaswamy ou também aqui e aqui e aqui.
Tudo isto é escamoteado nos media, tal como o relatório da ocidentalizada Amnistia Internacional. É espantoso, que das numerosas entrevistas a ucranianos que são emitidas pelos centros globais de (des)informação, normalmente mulheres a chorar, nunca se ouviu alguém a desejar a paz ou o fim da guerra. Podem as entrevistas ser manipuladas (censuradas) ou pode o receio que essas pessoas têm de represálias por serem “antipatrióticas” e "pro-russas". Como mostra o que é revelado nos sites acima.
Tudo isto pelo que diz e pelo que esconde, mostra o estilo mediático vigente na “comunidade internacional". Quanto ao Myrotvorets mostra os métodos e princípios nazis que vigoram na Ucrânia sob o controlo de Kiev/NATO. Lembremos que na Alemanha nazi, os SS, já com o Exército Vermelho à entrar em Berlim, quem fosse apanhado a dizer que a Alemanha ia perder a guerra era enforcado. As vítimas ficavam penduradas com um dístico a dizer “Ich bin ein Feigling” (eu sou um cobarde).
1 - https://www.legrandsoir.info/roger-waters-sur-une-liste-de-gens-a-abattre-de-l-extreme-droite-ukrainienne.html Erik Schreiber
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