Sobre o andamento da guerra na Ucrânia, ver o texto de Andrei Martianov, Porque deixei de publicar mapas da situação na Ucrânia e outras questões. A M, cidadão suíço, russo de nascimento, com formação militar na Academia Naval Bandeira Vermelha de Kirov, autor de vários livros sobre estratégia e geoestratégia, vive nos EUA, Diretor numa empresa do sector aeroespacial.
Nos EUA, são cada vez mais as vozes que se opõem à condução da guerra contra a Rússia. Melvin Goodman, “Um ex-analista da CIA defende a paz na Ucrânia”, já inserido neste site. Também inserido: “Argumentos para uma manifestação pela paz... vindos dos EUA”, em 21/6.
Vejamos mais alguns, terminando com Biden.
O fundador do Pink Floyd, Roger Waters, (informe-se sr. Abrunhosa...) disse na CNN que Biden continua a acender o fogo do conflito ucraniano. “Isso é um crime grave. Por que não pedem os EUA ao presidente ucraniano Zelensky que inicie negociações com Moscovo para acabar com esse terrível conflito?” O músico destacou ainda que a operação especial de proteção do Donbass foi uma reação a uma tentativa de expansão da NATO para as fronteiras da Rússia, embora a organização tenha prometido não o fazer.
Na Sky News, o comentador Cory Bernardi, diz que Zelensky favorece os nacionalistas, assedia os falantes de russo, não cumpriu os acordos de Minsk e provocou abertamente a Rússia com declarações sobre a adesão à NATO. E agora ele está apenas promovendo-se descaradamente para conseguir mais dinheiro!
Victoria Spartz, nascida na Ucrânia, é representante do Partido Republicano no 5º distrito congressional de Indiana. Spartz nos últimos meses começou a levantar preocupações sobre a corrupção no governo ucraniano e pressionar por mais supervisão da ajuda dos EUA. Colegas de Spartz ficaram preocupados com o facto das suas críticas “poderem prejudicar a coesão ocidental em defesa de Kiev”: Spartz pergunta para que servem precisamente, os milhares de milhões de dólares dos contribuintes americanos financiando a Ucrânia. Spartz esteve na Ucrânia seis vezes desde o início da guerra. “Crescendo na Ucrânia e visitando seis vezes desde o início da guerra, tenho uma compreensão abrangente da situação no terreno. As apostas são muito altas para serem efetivadas sem deliberação – como pretendido pelas nossas instituições.” Vários membros do Congresso, mesmo da Comissão de Relações Exteriores apoiam em privado as suas posições. Segundo a CBS,apesar dos EUA já terem proporcionado 23 mil milhões de dólares em armamento desde o início da guerra, 70% das armas não chegam às tropas. Bem, a CBS não fez as contas ao que os EUA gastaram antes desta guerra, ou seja desde 2014 e mesmo antes. Consta que os EUA já proporcionaram 120 M-177 modernos canhões auto propulsionados à Ucrânia. Quantos restam: Talvez uns 10, considera Moon of Alabama.
Em 6 meses a Ucrânia não conseguiu realizar um único contra ataque com sucesso, apenas algumas ações de sabotagem e ataques a populações civis seguidos de fuga. No entanto, à custa da NATO e do masoquismo da UE, bravata não lhes falta. O clã de Kiev afirma “havemos de destruir a frota russa do Mar Negro e retomar a Crimeia assim como Kherson, Luhansk and Donetsk.”
Vejamos agora o que diz Biden, segundo um artigo do NYT intitulado “Presidente Biden: o que a América fará e não fará na Ucrânia“. “O objetivo da América é simples: queremos ver uma Ucrânia democrática, independente, soberana e próspera com os meios para dissuadir e se defender contra novas agressões (…) Não procuramos uma guerra entre a NATO e a Rússia. Por mais que eu discorde do Sr. Putin e considere suas ações um ultraje,os Estados Unidos não tentarão trazer sua deposição em Moscovo"
Para já os EUA desistiram de “depor Putin”, como se isso fosse da sua competência! Quanto a democracia, soberania e prosperidade, olhe-se para o que os EUA têm promovido na América Latina, África, Ásia – resumindo de Pinochet e Vilela a Suharto, passando por Mobuto e sem esquecer Yeltsin.
“Também continuaremos a reforçar o flanco leste da NATO com forças e capacidades dos Estados Unidos e outros aliados. Recentemente, dei boas-vindas aos pedidos da Finlândia e da Suécia para ingressar na NATO, uma medida que fortalecerá a segurança geral dos EUA e transatlântica ao adicionar dois parceiros militares democráticos e altamente capazes."
Se ele acha que a Europa fica mais segura desta forma está muito enganado. Convinha escutar Putin e Lavrov.
“Meu princípio ao longo desta crise tem sido “Nada sobre a Ucrânia nem sem a Ucrânia”. Não vou pressionar o governo ucraniano a fazer concessões territoriais. Seria errado e contrário a princípios bem estabelecidos fazê-lo.”
O importante aqui são as “concessões territoriais” no meio dos floreados políticos. De facto, a realidade tem muita força… E a NATO afinal não quer a guerra com a Rússia.
“Apoiar a Ucrânia não é apenas a coisa certa a fazer. É do nosso interesse nacional vital assegurar uma Europa pacífica e estável e deixar claro que o poder não faz o certo.”
Então, as centenas de operações militares e ataques que os EUA travaram em total ilegalidade? E as “sanções”, ilegais sob a lei internacional? Resumindo, para a Europa os objetivos dos EUA são: “Russos fora, Americanos dentro, Alemanha em baixo.” (ver Brandon shifts the narrative on Banderastan | The Vineyard of the Saker)
1 comentário:
DEVOLUÇÃO DE RIQUEZAS ROUBADAS:
1- em vez de ameaças de estrangulamento económico (a quem não está interessado em vender as suas riquezas a multinacionais ocidentais);
2- em vez de andarem a usar riqueza roubada para investir em novos saques (ex: mandarem armas e dinheiro para os mercenários de Zelensky)... devolvam é riquezas roubadas!!!
SIM:
- existem muitos muitos povos autóctones que reivindicam a liberdade de explorar as suas riquezas naturais através de empresas autóctones... e que foram impedidos de ter essa liberdade devido às SABOTAGENS SOCIOLÓGICAS PROMOVIDAS PELO CIDADÃO DE ROMA EUROPEU: sim, durante décadas o cidadão de Roma europeu fabricou, focos de tensão (Iraque, Líbia, etc), situações de caos (guerras, revoluções, golpes, manipulação de campanhas eleitorais) em várias regiões do planeta... para que... exactamente, inevitavelmente, fatalmente, exista o mesmo resultado final: no caos... a exploração de riquezas deve ficar na posse de multinacionais Ocidentais.
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Os boys da 'guerra por procuração' (vulgo mercenários de Zelensky) ao serviço do cidadão de Roma europeu:
--> para além de usarem milícias neonazis para silenciar aqueles que defendem negociações de paz...
--> também bombardeiam os seus próprios soldados: eliminação de testemunhas de crimes de guerra cometidos por Kiev.
-> mais, bombardeiam uma central nuclear controlada pelos russos: procurando provocar uma reação translocada dos russos: que seria condenada mundialmente.
-> e mais, usam civis como escudos humanos [até a normalmente anti-russa Amnistia Internacional não teve outra alternativa senão reconhecer isto].
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Toda a gente sabe:
-> OS BOYS E GIRLS DO CIDADANISMO DE ROMA EUROPEU ESTÃO A INVESTIR NO SAQUE DA RUSSIA: um território imenso com apenas 140 milhões de habitantes.
--->>> armas da NATO para a Ucrânia e sansões económicas à Russia: o cidadão de Roma Ocidental espera, assim, colocar a Russia ao nível do tempo de Ieltsin: um caos... e multinacionais ocidentais a fazer compras no caos.
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Um foco de tensão criado pelos gurus da NATO em conluio com os mercenários de Zelensky:
- a ameaça de, via Ucrânia, estrangular a economia russa, leia-se: cortar o acesso da Russia ao oceano Atlântico.
[nota: depressa inventaram um pretexto para bloquear o transporte doméstico de mercadorias Russia <-> Kaliningrado]
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