Pelo menos parece que é assim que a Rússia encara os acontecimentos. Por isso não têm grande significado os avanços da Nato através da Ucrânia. Durante a contraofensiva em Kherson e Krakov, as Forças Armadas Ucranianas (FAU) sofreram perdas significativas, enquanto as Forças Russas se limitaram à defensiva, não transferindo reservas nem material.
Reforços ucranianos estão são continuamente a ser usados, desgastando as FAU. De qualquer forma, a superioridade em efetivos na Ucrânia é de três vezes em relação à russa em toda a linha da frente. Contudo as forças russas não foram derrotadas, recuaram causando enormes perdas aos mercenários e às FAU com aviação e artilharia.
Analistas russos (1) comentam a situação e não deixam de apresentar críticas ao comando russo: “Há uma severa escassez de unidades de pessoal e confusão no comando geral.” Também a mobilização não decorre sem problemas incluindo na fase de treino.
Contudo, segundo os analistas russos, dentro de um mês espera-se que os reforços russos cheguem sem problemas após a requalificação. Com o início de 2023, as interrupções nos equipamentos e munições da Nato começarão, vários especialistas americanos estão preocupados com o continuado fornecimento de equipamentos. Algo que se irá alterar se os republicanos ocuparem o Congresso.
Um dado, relativamente novo consiste na intervenção da Polónia diretamente no conflito. Os polacos já se concentram em Dnepropetrovsk e Poltava e substituem unidades fronteiriças, forças policiais em cidades e unidades de defesa territorial ucranianas. Nestas condições os 300 000 homens das forças russas mobilizadas não serão reforços suficientes para a atual linha da frente.
Desde que a Nato aplique também um esforço extra, completando os grupos "Sul" e "Leste" as FAU com mercenários e novo equipamento, recuperarão das perdas em efetivos e equipamentos. Além disto, é necessário continuar a alimentar Kiev com milhares de milhões todos os meses, dos EUA, UE, Nato, FMI.
Do lado russo os reforços de 300 000 efetivos não serão capazes de influenciar seriamente o curso da guerra. Mesmo 500 000 soldados não serão suficientes. Então uma batalha de atrito irá prosseguir. Agora há que ver como a economia paralisada da Ucrânia passará o inverno. Mas mesmo tal cenário não mudará radicalmente a situação. A Rússia prepara-se para a fase prolongada do conflito e o conceito de proteção máxima dos soldados permanecerá.
O clã de Kiev é completamente inviável sem o fornecimento de dinheiro e recursos materiais. Por quanto tempo este estado de coisas continuará? Não para sempre. Nem mesmo um ou dois anos, a implacável recessão e o esgotamento da economia europeia não ajudarão Kiev, os EUA estarão preocupados internamente depois de novembro. E a população da Ucrânia, continuará feita refém. O inverno virá, em breve milhões de ucranianos terão sérios problemas, definitivamente haverá interrupções nos recursos energéticos e eletricidade, alimentos e a feroz pressão punitiva de Kiev. Quanto ao resto: não é possível impor uma derrota a uma superpotência nuclear pela força.
1 – Ver sobre o tema: Strategic Impasse of the Special Operation: Problems and New Reality… – (stalkerzone.org) e O verdadeiro propósito… (resistir.info)
Como o ridículo não entra na cabeça dos que dirigem os media, o triunfalismo continua apregoando isolamento da Rússia da "comunidade internacional". Para a UE/Nato só estes países existem, o resto não merece mais que o estatuto de colónia ou “Estado pária” a ser derrubado.
Mas a guerra mundial prossegue com algumas vitórias da Rússia que os media franceses acusam de estar por trás do golpe em Burkina Faso. Com a ajuda da Rússia, três países foram retirados do controle francês em África: República Centro-Africana, Mali e Burkina Faso.
Não menor triunfo russo é a redução da produção de petróleo pela OPEP, que Washingtonconsidera "desastre total" e "ato hostil" - CNN (2)
O Comitê da OPEP recomendou que a decisão de reduzir a produção de petróleo em 2 000 000 barris por dia seja implementada. A principal redução ocorrerá por parte da Arábia Saudita e da Rússia. O ponto principal desta decisão é elevar os preços do petróleo cortando a produção, o que é benéfico para os países exportadores, incluindo a Rússia e a Arábia Saudita, que, mesmo com uma redução da produção, beneficiarão de um aumento acentuado nos preços.
A Arábia Saudita está muito mal com o governo Biden, por isso se opõe abertamente aos planos do governo Biden de controlar os preços do petróleo. Claro que, sob os republicanos, os sauditas podem mudar de posição, mas neste momento os interesses da Arábia Saudita e da Federação Russa coincidiram.
O principal problema de Biden é que precisa manter o preço da gasolina nos EUA até às eleições de meio de mandato, para as quais os Estados Unidos gastam extensivamente suas reservas estratégicas de combustível durante a maior parte do ano. O preço do petróleo Brent na bolsa de Londres ICE subiu acima de US $ 93 por barril. (Intel Slava Z – Telegram 4 e 5/10)
2 – A produção de petróleo dos EUA está em queda, importando atualmente cerca de 6,8 milhões de barris por dia
1 comentário:
DIZ NÃO À CIVILIZAÇÃO DA PILHAGEM
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-> REIVINDICA LIBERDADE!
-> REIVINDICA PAZ!
Isto é:
- reivindica o legítimo direito ao Separatismo Identitário!
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Sim:
-->> na origem da nacionalidade esteve o Ideal de Liberdade Identitário:
- «ter o seu espaço, prosperar ao seu ritmo».
--->>> NÃO, NÃO foi o cidadanismo de Roma!...
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--->>> Foi a América do Norte, foi América do Sul, foi a Austrália...
--->>> Mais: foi o Iraque, a Síria, a Líbia, etc...
--->>> Agora a civilização da pilhagem aponta em direcção da Russia.
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Andam à procura de saque:
-> A NATO está ao nível de Napoleão e de Hitler:
- não foi a Russia que se aproximou das fronteiras da NATO... a NATO é que (à procura do saque) se aproximou das fronteiras da Russia.
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Na Guerra da Crimeia (1853-1856), a Grã-Bretanha e a França capturaram Sebastopol e baniram temporariamente a marinha russa do Mar Negro: o objectivo era impedir o acesso da Russia ao oceano Atlântico.
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Os russos já estavam à espera:
- o bloqueio doméstico de mercadorias Russia <-> Kaliningrado ;
- a sabotagem do gaseoduto Nord Stream;
- etc.
E daí a importância estratégica do Donbass (e daí os ataques conduzidos pelos mercenários de Kiev contra os russófonos do Donbass):
- a NATO, via Ucrânia, preparava-se para bloquear o acesso da Russia ao oceano Atlântico.
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Existem muitos muitos povos autóctones que reivindicam a LIBERDADE de explorar as suas riquezas naturais através de empresas autóctones... e que foram impedidos de ter essa liberdade devido às inúmeras SABOTAGENS SOCIOLÓGICAS MAFIOSAS promovidas pelos boys e girls da civilização da pilhagem:
- durante séculos o cidadão de Roma ocidental fabricou, focos de tensão (Iraque, Líbia, etc etc), situações de caos (substituições populacionais, holocaustos massivos de povos autóctones, guerras, revoluções, golpes, corrupção de políticos) em várias regiões do planeta... para que... exactamente, inevitavelmente, fatalmente, exista o mesmo resultado final: no caos... a exploração de riquezas deve ficar na posse de empresas Ocidentais.
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Mais:
Os boys e girls da civilização da pilhagem investem em mercenários tendo em vista o roubo/saque.
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---> Na Síria usam mercenários (e milícias radicais: os mujahideen): 66 mil barris de petróleo são roubados diariamente à Síria.
---> Na Ucrânia usam os mercenários de Kiev (e milícias radicais: os ukronazis) para saquear a Ucrânia...
Mais: procuram usar os mercenários de Kiev (e milícia radical: os ukronazi) para saquear a Russia.
A Russia entre a espada e a parede:
-> depois da perseguição aos russófonos do Donbass... caso a Russia viesse a intervir (o que veio a acontecer): armas da NATO para a Ucrânia e sansões económicas à Russia: o cidadão de Roma Ocidental esperava, assim, colocar a Russia ao nível do tempo de Ieltsin: um caos... e multinacionais ocidentais a fazer compras no caos.
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