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11 de outubro de 2022

Nada de novo na Frente Ocidental?

 Na Frente Ocidental dos EUA, ou seja, na Europa Ocidental, nem tudo está tranquilo. Não só há uma crise económica, com as moedas europeias caem em relação ao dólar. (O rublo tem estado estável em cerca de 60 dólares desde há três meses). Também a Europa Ocidental foi cortada do gás russo pela sabotagem da Marinha dos EUA dos gasodutos Nordstream e, em parte, cortada do gasoduto Turkstream sancionado. E o inverno está chegando. Muitos escreveram que a Europa Ocidental está cometendo suicídio. Isso não é verdade. Os povos da Europa Ocidental estão sendo assassinados pela elite dos EUA e pelas suas próprias elites europeias

Na Europa da UE e Nato, políticos e comentadores foram primeiro transformados em caniches do Partido Democrata e CIA. O fantoche de Kiev, transformou-os em cãezinhos amestrados: veja-se como Zelensky é sempre filmado de baixo para cima, no seu papel de domador. De facto, é espantoso como ninguém se lembrou ainda de lhe fazer perguntas simples: como é que você vai fazer o que diz; onde vai buscar o dinheiro para sustentar a sua tribo de neonazis; onde param os milhares de milhões de euros e dólares de armas; o que pensa fazer de um Estado que desde 2014 ficou em falência e vive à custa de quem trabalha nos EUA e UE/Nato enquanto manda para a morte milhares de ucranianos e compra mansões no estrangeiro. Como pensa pôr a funcionar centrais e subestações elétricas de Alta Tensão? Onde está o material que demora meses a produzir?

Por cá, o caniche político dos negócios estrangeiros obedece à chefe da matilha e diz que vamos continuar “a apoiar a Ucrânia”. O que falta para apoios e funções do Estado, pelos vistos não há problemas para a “democracia banderista” (do criminoso nazi de guerra S. Bandera agora herói nacional para Kiev.)

Mas qual Ucrânia? Quase 10 milhões de pessoas, um quarto da população da Ucrânia sem a Crimeia (população pré-guerra); cerca de 20% da massa terrestre da Ucrânia sem Crimeia, uma área quase do tamanho da Inglaterra, se juntaram à Federação Russa.

A intenção da Rússia será incluir (de um lado diz-se libertar, do outro anexar) Kharkov, Dnipropetrovsk, Nikolaev e Odessa (pequenas partes de Nikolaev e Kharkov já foram libertadas). De qualquer forma o movimento no porto de Odessa está controlado pela Rússia, como se provou aquando das negociações sobre cereais.

Apenas algumas semanas atrás, os media festejavam as vitórias da Ucrânia/Nato sobre uns 7% do anteriormente ocupado pela Rússia com frágeis defesas e em grande parte deserto em torno de Kharkov. A Rússia estava condenada, a derrota era inevitável, os soldados rendiam-se, a mobilização um fracasso.

No entanto, rapidamente se calaram: não só os avanços tinham cessado, como povoações continuavam a cair nas mãos do russos – mesmo sem os novos efetivos russos. Os "avanços" de Kiev custaram pesadas baixas, os estrategas da Nato levaram-nos para terreno aberto onde foram massacrados e perderam a maioria dos equipamentos da Nato.

Zelensky exige cada vez mais armas, prometia – ou ameaçava – correr com os russos até da Crimeia; em 6 de outubro, exigiu "ataques preventivos" nucleares contra a Rússia. Claramente, este comediante está também fora de si. Foi preciso Biden desautoriza-lo. Nos EUA estão mais conscientes daquilo com que têm de lidar. Conhecem o potencial militar russo, a sua superioridade técnica em mísseis, submarinos, mesmo na aviação. A Rússia tem mais de 60 bombardeiros estratégicos (sem contar o Tu-22M3 de longo alcance), cada um deles carrega 8 mísseis de cruzeiro (e alguns até 16). Se apenas metade de seu número total for usado, um único ataque representa de 469 a 769 mísseis. Telegram: Contact @intelslava - De acordo com estimativas dos think tanks dos EUA, a Rússia tem pelo menos 1 830 ogivas convencionais e vetores de transporte, o que torna possível atacar a infraestrutura crítica da Ucrânia em lotes de 100 mísseis diariamente por seis meses, mesmo sem levar em conta a reposição das instalações de produção existentes.

Enquanto os comentadores se regozijavam com a morte de Darya Dugina em Moscovo (eles admitiram); com o ataque aos gasodutos por forças especiais dos EUA/Reino Unido (parcialmente) (admitiram e depois deram o dito por não dito); com bombardeamentos a aldeias russas em Belgorod; com a Nato fornecendo armas de longo alcance; com a sabotagem da ponte da Crimeia, etc.

Durante o SMO, a segurança dos civis era primordial. Até a ONU foi forçada a admitir que em mais de sete meses o número de vítimas civis na Ucrânia era relativamente baixo. Agora Kiev teve a resposta. O que aconteceu não foi um "ataque de advertência", mas uma ofensiva maciça de mais de 100 mísseis de cruzeiro lançados "do ar, mar e terra", contra "instalações de energia, comando militar e comunicações" ucranianas. Numa manhã mais de 60% das redes de energia ucranianas foram eliminadas; mais de 75% do tráfego de internet foi-se.

Hoje (11/10) os ataques prosseguiram a instalações militares de comando, centrais elétricas e centros ferroviários em 7 cidades e regiões incluindo Kiev. A SBU (serviços secretos ucranianos) ameaça com processos criminais os cidadãos e media que publicarem imagens de ataques russos e suas consequências – os caniches deste lado obedecem.


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