A NATO vai cruzar as linhas vermelhas da Rússia?
Na NATO a conversa sobre deixar de haver limitações quanto a atacar o interior da Rússia, passa como banalidade. É a tagarelice dos propagandistas sobre um potencial conflito nuclear. É espantoso, como nas eleições para o PE esta não é uma questão central, excetuando a posição do PCP/CDU.
A doutrina da Rússia sobre esta questão foi há muito exposta: se os seus interesses estratégicos forem postos em causa, usarão armas nucleares. O que deveria ser evidente. Recentemente, Putin pediu a países da NATO que pensem "com o que estão brincando" no conflito com a Rússia e que "se lembrem do seu pequeno território com uma população densa".
Os ataques ucranianos em território russo utilizando equipamento militar fornecido pelo ocidente podem levar a um conflito direto com a NATO. Na NATO há divisões sobre os planos de atingir a Rússia com armas ocidentais. Na UE, Ministros da Defesa discutem os ataques com armas ocidentais em território russo e os "riscos de escalada" associados
Os apoios vêm da Letónia, da Estónia, da Republica Checa. A ministra da Defesa holandesa diz que a situação em que a Ucrânia atacaria dentro da Rússia não deveria nem ser assunto de discussão. Opõem-se: a Alemanha, a Bélgica, a Itália. Nos EUA, Blinken, diz que Kiev “terá de tomar as suas próprias decisões” sobre a condução de ataques para além das fronteiras da Ucrânia, mesmo que a administração Biden oficialmente proíba o uso de armas fornecidas pelos EUA, como mísseis ATACMS, para ataques em profundidade no território russo. A Áustria, considera o país "militarmente neutro de acordo com nossa constituição".
Fonte: Geopolítica ao vivo – Telegram
Contudo, os mais excitados, querem cruzar as linhas vermelhas traçadas pelas Rússia, embora a UE/NATO esteja completamente despreparada militar, económica e socialmente para a guerra. O inqualificável Stoltenberg, disse ao The Economist em 24 de maio que os países ocidentais deveriam suspender as proibições à Ucrânia de usar as suas armas dentro da Rússia. Em 27 de Maio, a Assembleia Parlamentar da NATO - apenas entidade consultiva - na Declaração 489, insta os membros do bloco a “levantar algumas restrições” à utilização das suas armas pelo regime de Kiev contra os “alvos legítimos” na Rússia.
Um antigo analista do Pentágono, Michael Maloof, tenta chamar à razão os tresloucados e seus porta-vozes nos media, dizendo que "os países da NATO teriam de mudar as suas economias para uma economia de plena produção em tempo de guerra. Levaria anos para eles fazerem isso." Larry Johnson, oficial de inteligência aposentado da CIA, também disse que a realidade é que a NATO não está em posição de escalar a guerra e sustentá-la.
Na cena internacional, as más notícias acumulam-se. Zelenski, a Estônia, Lituânia, Polônia, Blinken, todos declararam a necessidade de autorizar a Ucrânia a utilizar mísseis de longo alcance de modo a atingir a retaguarda da Rússia. Autoridades russas já indicaram que tal atitude levaria a destruição não apenas de alvos no território ucraniano, como nos países de origem daqueles materiais.
Numa espécie de teste, drones atingiram no sudoeste da Rússia radares de alerta precoce de lançamentos de mísseis estratégicos, parte fundamental da defesa nuclear russa, em confronto com a Doutrina Nuclear Russa, que autoriza o uso de armas nucleares quando a sua infraestrutura crítica de defesa seja atacada.
Perante a derrota da Ucrânia, a NATO quer transformar o país numa plataforma de lançamento de ataques estratégicos contra a Rússia. Como não existe conflito aberto contra NATO a ideia é que a retaliação russa recaia apenas sobre a Ucrânia. Pelos vistos não imaginam que a situação se tornará rapidamente insustentável.
O Canal de Telegram @Eurasianchoice publicou rumores de que os EUA entregaram aos seus vassalos da NATO um memorando sobre o contingente militar da NATO a ser enviado para a Ucrânia, para compensar as perdas ucranianas: EUA 35 000 efetivos, Polónia 15 000, Roménia 12 000, França 8 000, RU 8 000, Bálticos 5 000, República Tcheca 5 000, Alemanha 3 000, Itália 3 000 e outros países 6 000. Este seria o primeiro de três contingentes com mais ou menos estes mesmos números, ou seja, 300 000 soldados, em três fases de 100 000.
Em resumo, tudo indica que a decisão de uma guerra da NATO contra a Rússia já foi tomada. Eles contam com a russofobia, muitas doses de medo de uma expansão russa, para conformar a população e prepará-la para aceitar a guerra como inevitável.
A questão que se coloca é: estão os povos da UE/NATO prontos para enviar os seus jovens para a guerra?
Fonte: A Beira Do Holocausto Nuclear – Comunidad Saker Latinoamérica
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