Do facebook de Bruno Carvalho
«A Rússia avança militarmente no terreno enquanto a orquestra do Titanic continua a sonhar com uma impossível vitória da Ucrânia. A única possibilidade de Kiev vencer este conflito é com a intervenção directa do Ocidente com tropas no teatro de operações. Isto desencadearia imediatamente uma guerra nuclear a larga escala que nenhum líder europeu parece temer. As declarações do Almirante Gouveia e Melo são absurdas porque não antecipam a paz, preferem antecipar a guerra. Portugal, disse, ontem, no Barreiro, Viriato Soromenho-Marques, podia ter escolhido outro caminho sem sequer afrontar os seus parceiros da NATO. Podia ter condenado as acções da Rússia e optado por apostar na ajuda humanitária, sem interferir com ajuda militar e sem proferir discursos triunfalistas como o de António Costa há dias que falava da necessidade da derrota militar russa. É cada vez mais difícil ouvir a palavra paz da boca dos líderes europeus.» ...
Durante meses, logo após a intervenção da Rússia na Ucrânia, os meios ocidentais dedicaram-se a construir uma imagem descolada da realidade. Moscovo estaria isolada no cenário global. Decidiu Vladimir Putin que a sua primeira visita ao estrangeiro depois da tomada de posse seria à China. É já uma tradição retribuída por Xi Jinping que fez o mesmo quando assumiu a liderança de Pequim. O presidente chinês afirmou ao seu homólogo russo que os dois países vão "preservar a justiça no mundo" e que a relação entre Pequim e Moscovo "tem vindo a fortalecer-se e resistido ao teste das transformações no cenário internacional".
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