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4 de maio de 2024

Repressão nos EUA sobre os que protestam contra as atrocidades em Gaza

 Diz Caitlin Johnstone: Os gritos frenéticos provocados pelas manifestações pró-palestinas nas universidades deixam claro que nossa civilização é tão distorcida e sem sentido que protestar contra um genocídio é muito pior do que cometer um. Uma civilização tão louca e virada de cabeça para baixo que está mais zangada com as pessoas que protestam contra as atrocidades genocidas do que com aqueles que as cometem.

Com a inconsciência (isto é, sem consciência) habitual, Biden repreende estudantes manifestantes pró-Palestina e afirma que “a dissidência nunca deve levar à desordem”. Devia dizer isso aos que paga para fazer “revoluções coloridas”, como tentou em Hong-Kong, Venezuela, etc., etc. Na Geórgia derrotados no Parlamento, tentam a desordem e violência, apoiados como “democratas” no ocidente. Os que tentaram entrar no Capitólio em Washington eram desordeiros, 200 permanecem presos muitos sem julgamento, disse Tucker Carlson, sobre o estado da democracia americana.

Os estudantes dos EUA estão a aprender como funciona essa democracia. Os protestos eclodiram nas universidades dos Estados Unidos à medida que estudantes se levantavam para instar as suas universidades a cortarem laços com Israel e com entidades israelitas ligadas à brutal campanha em Gaza.

Na repressão a polícia começou a usar balas de borracha na Universidade da Califórnia, em Los Angeles. Também há relatos de uso de gás lacrimogéneo e spray contra ursos. O número total de estudantes detidos nas manifestações é de mais de 2 000.

Existem neste momento pressões políticas para associar a terrorismo os protestos pacíficos (não como os pagos pelas ONG da CIA). A senadora Marsha Blackburn pede que estudantes envolvidos em protestos pró-Palestina sejam adicionados a uma lista de observação de terroristas e sejam proibidos de voar nos Estados Unidos. “Qualquer estudante que tenha promovido o terrorismo ou se envolvido em atos terroristas [sic] em nome do Hamas deve ser imediatamente [sic] adicionado à lista de observação de terroristas e proibido de se deslocar de avião (lista "No Fly”).

Isto não admira, tendo em conta o poderoso lóbi de Israel. Por exemplo, o senador da Flórida, Marco Rubio, é um dos maiores destinatários do dinheiro de Israel, tendo arrecadado mais de 1 milhão de dólares. Agora papagueia a propaganda israelita e faz propostas ao governo!" Telegram: Contact @intelslava

O deputado americano Ilhan Omar (D-MN) condenou comentários de Blackburn como “insanamente perigosos” e rotularia “como terroristas os americanos que protestam contra um país estrangeiro acusado de realizar um genocídio com o dinheiro dos nossos impostos”.

Já em 24 de abril veio a público uma carta aberta de mais de 1400 académicos comprometendo-se a boicotar as atividades "realizadas ou oficialmente patrocinadas pela Universidade de Columbia e pelo Barnard College", devido ao aumento da repressão às manifestações pró-palestinas, a menos que a Universidade elimine as penalizações por protestos e os presidentes de ambas as escolas renunciem.

A legislação que está a ser proposta permitiria o governo implantar um “monitor de anti-semitismo” nas faculdade que recebam financiamento federal é “obviamente ridícula”, disse o Dr. Gerald Horne, professor de história da Universidade de Houston. O Dr. Horne observou que um dos legisladores autor deste projeto, o deputado Richie Torres, é um “favorito dos neoconservadores”, enquanto outro, o deputado Mike Lawler, está “em busca de doações de sionistas e de milionários israelitas para a campanha”.

Além disto, observou Horne, o movimento para promover um cessar-fogo na Guerra de Gaza está a “espalhar-se” para outras partes do globo. Como em Paris, com manifestações e acampamentos na Sorbonne” (onde também houve violência policial).

Scott Ritter, diz que “estes protestos estudantis são algumas das coisas mais importantes que aconteceram na sociedade americana em décadas”, o governo dos EUA está a fazer “quase tudo o que é possível de errado”, os EUA “precisam que os estudantes se manifestem e eles escolheram Gaza, que é a manifestação da totalidade de tudo o que fazemos de errado como país.”.

Michael Hudson relata perseguições a diretores das universidades uns despedidos, outros humilhados em interrogatórios, obrigados e obrigadas a prometer acusar de antissemitismo os defensores da paz em Gaza. Calúnia que permite atacar a liberdade académica, e garantir que as universidades nada devem fazer para proteger ou ajudar as vítimas. À diretora da universidade de Columbia foi-lhe perguntado se queria que a sua universidades fosse amaldiçoada pelo “Deus da Bíblia”?" Para manter o lugar teve de dizer que não… Não se estranhe portanto o crescimento do extremismo de direita, promovido pelo declínio e caos nos países do ocidente.

Fonte, exceto quando referenciado,: Geopolítica ao vivo – Telegram



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