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23 de setembro de 2025

Alegadas violações do espaço aéreo distorcidas pelos media

Que se passou afinal? Drones russos caíram na Polónia, um na Roménia, o espaço aéreo da Estónia violado por caças russos. Na UE/NATO entraram em pânico, comentadores dos media quase em histeria. A NATO respondeu para intercetar os aviões russos - quando já lá não estavam. Allison Hart, porta-voz da aliança militar, disse num comunicado no X. "Este é mais um exemplo do comportamento imprudente da Rússia e da capacidade da NATO de responder".

As tensões já estavam altas depois que pelo menos 21 drones russos voaram para o espaço aéreo polaco há duas semanas, levando a NATO a enviar caças para abater alguns deles. A incursão foi vista como um esforço deliberado para testar a preparação da aliança e uma perigosa escalada da guerra na Ucrânia.

Vejamos o que se passou. Os drones russos desarmados, Geberas, que sobrevoaram a Polónia, têm um alcance de cerca de 600 km. Se tivessem sido lançados por trás das linhas russas, não teriam chegado à Polónia. Os drones provavelmente foram encontrados na Ucrânia, remendados e reprogramados pelos serviços ucranianos e enviados para a Polónia, como parte de uma forma de arrastar a NATO para a sua guerra contra a Rússia.

Quanto à "intrusão descarada e sem precedentes" no espaço aéreo da Estônia, se ocorreu, não ocorreu sobre o continente da Estônia, mas perto de Vaindloo, uma rocha desabitada no Golfo da Finlândia, no Mar Báltico, cerca de 26 km ao norte da costa da Estônia.

Um comunicado da Rússia, que os media escamotearam da informação, disse o seguinte: Em 19 de setembro, três caças russos MiG-31 fizeram um voo regular da Carélia para um aeródromo na região de Kaliningrado. O voo ocorreu em estrita conformidade com as regras do espaço aéreo internacional, sem violar as fronteiras de outros Estados, o que é confirmado por vigilância objetiva. Durante o voo, a aeronave russa não se desviou da trajetória de voo acordada e não violou o espaço aéreo da Estónia. A trajetória de voo da aeronave foi sobre as águas neutras do Mar Báltico, a mais de três quilómetros da ilha de Vaindloo".

As declarações do ministro das Relações Exteriores da Estónia, Margus Tsahkna, parecem um absurdo histérico diante dos fatos: "A Rússia já violou o espaço aéreo da Estónia quatro vezes este ano, o que é inaceitável por si só, mas a violação de hoje, na qual três caças entraram em nosso espaço aéreo, é de descaramento sem precedentes.. No X. Ele chamou isso de "evidência clara da crescente agressão da Rússia".

Curiosamente, os media não revelam os detalhes da "intrusão", não forneceram as coordenadas. Eles não relatam, disfarçam factos para criar opiniões. Depois sucessivamente os "comentadores" intervêm, criando um ambiente de histeria belicista.

O ministro da Defesa lituano afirma falsamente que aviões russos sobrevoaram Tallinn. Alegadamente, foi sobre a ilha de Vaindloo, no Golfo da Finlândia, a 100 km da capital. pedindo que os aviões russos sejam abatidos. O problema é que a Lituânia não tem um caça. Nem um único. O que ela exige é que outros acendam o fósforo que dará início à Terceira Guerra Mundial.

Incidentes, muitas vezes imaginários, como essa "incursão", vão-se somando na opinião pública, procurando torná-la mais anti-russa. Preparando um ambiente belicista que o leva a aceitar os sacrifícios do belicismo e a correspondente redução das liberdades. Não importa que com isto se vá deslizando para uma guerra mundial.

Um pergunta fica no ar: qual seria o real interesse da Rússia nestas ações e desta forma? Segundo os media expõem testar as reações da NATO. Mas isto é completamente absurdo e incoerente com o que se tem passado e com as declarações do lado russo. E finalmente, porque não fala a NATO com a Rússia, pede explicações, em vez de se limitar a fazer ameaças mais ou menos ocas, cujo resultado é manter os povos em tensão desviando os seus interesses e preocupações dos reais interesses?

Fonte - Alegações de violações do espaço aéreo distorcidas pela mídia


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