A divulgação hoje efectuada pelo INE dos ultimos valores do Défice Público e da Dívida das Administrações Públicas suscita várias perguntas e algumas perplexidades.
1. Como foi possível ao Governo, ao longo de vários anos proceder ao cálculo do défice e da dívida pública omitindo informação tão relevante como aquela agora divulgada referente às Empresas de Transportes?
2. Como foi possível ao Governo, ter andado ao longo dos dois últimos anos a negar que o dinheiro enterrado no BPN e no BPP jamais iria ser recebido e, agora somos todos surpreendidos com um agravamento do défice de 2010 em mais 2 250 milhões euros, os quais vão efectivamente ser pagos por todos nós?
3. Que garantias temos nós de que não seremos proximamente surpreendidos com a inclusão de mais défices e dívidas de outros subsectores públicos e com isso, teremos novas revisões em alta do défice e da dívida pública?
A partir daqui e com um défice público em 2010 de 8,6%, apesar de todos os sacríficios que foram exigidos os portugueses e em especial aos trabalhadores e reformados, pergunta-se: tem alguma credibilidade vir o Governo exigir aos mesmos de sempre, mais cortes e congelamentos dos salários e maior carga fiscal?
Alguém tem a noção de que para se conseguir atingir o objectivo de 4,6% do défice público em 2011, será necessário cortar no actual défice quase 6 900 milhões de euros, ou seja reduzi-lo em 46%, depois de em 2010 se ter reduzido 11,9%, cerca de 2 mil milhões de euros, isto apesar dos PEC´s.
Cada vez são mais aqueles que chamam à atenção para a necessidade de romper com esta política e só com crescimento económico e com uma melhor distribuição do rendimento, será possível romper com este ciclo vicioso, défice/divida/recessão.
Com a divulgação hoje destes dados sobre o défice e a dívida portuguesa, começa a perceber-se porque razão Sócrates apresentou na semana passada a sua demissão.
Linha de separação
31 de março de 2011
29 de março de 2011
O PEQUENO DICIONÁRIO CRÍTICO - 6 - KEYNESIANISMO - I
Keynes tem o privilégio de ser tão ou mais detestado que Carl Marx pela actual teologia neoliberal. Aliás na Europa foram expulsos das Universidades – dir-se-ia telecomandadas – praticamente ao mesmo tempo. Na realidade, ao expulsarem um não se estava muito longe de expulsarem o outro.
Quando Keynes apresentou as suas teses foi acusado pela direita de querer conduzir as sociedades para o socialismo; à esquerda, criticavam-no por querer apenas salvar o capitalismo. Curiosamente, ambos os lados tinham razão.
John Maynard Keynes, barão de Tilton, pretendeu reformar o capitalismo. Na sua opinião para a sua preservação era necessária uma maior intervenção do Estado na economia. Numa economia moderna não já não era aceitável o “laissez-faire” liberal, aliás escreveu em 1926 “O Fim do Laissez-Faire”.
Não foi com Keynes que se iniciou o chamado “capitalismo monopolista de Estado”, mas foi sem dúvida com Keynes que se deu o seu maior aprofundamento e poder de intervenção. Antes de Keynes já marxistas tinham afirmado que entre o capitalismo monopolista do Estado e o socialismo havia apenas um degrau.
De facto, Keynes salvava o capitalismo no curto prazo, mas liquidava-o a longo prazo. As crises económicas eram ultrapassadas sem os grandes traumas da depressão de 1930, mas por meio de uma maior intervenção e controlo do Estado na economia. Foi assim até ao início dos anos 80 do século XX. Por esta altura, mais um passo e o controlo da economia ficava de forma decisiva nas mãos do poder político, tal como socialistas e social-democratas europeus tinham reivindicado – com maior ou menor sinceridade, diga-se - até aos anos 70.
É esta a razão do domínio neoliberal. Quem se apercebeu primeiro da situação foi o sector conservador norte-americano. Reagan chama os homens da escola monetarista, que acumulou então prémios Nobel, e diz: “É preciso destruir 50 anos de socialismo na América”. Afirmação espantosa, mas que se entende se pensarmos nas teses de Keynes e em algumas das medidas de Roosevelt para sair da depressão - e igualmente dos governos europeus do pós-guerra - face ao que é hoje a ideologia neoliberal.
A lição de Keynes era a própria evidência: baixando salários, baixava a procura, a produção e o investimento – aumentava o desemprego, a economia estagnava ou regredia. A solução seria aumentar o investimento, donde: mais emprego, mais salários mais procura: O PIB crescia. Keynes ia mais longe: se o sector privado não investia da forma necessária e suficiente competiria ao Estado fazê-lo.
Aliás um dos aspectos que preocupava Keynes era justamente a redução da procura devido à desigualdade de repartição do rendimento nacional. Assim, os impostos fortemente progressivos e o combate aos monopólios privados favorecendo a capacidade do Estado intervir eficazmente na economia e na esfera social.
Estas medidas foram adoptadas permitindo períodos de expansão económica e de direitos sociais nos principais países capitalistas sem paralelo na sua História.
Em “Teoria Geral do Emprego, Juro e Dinheiro” (1936) e “Teoria do Dinheiro” (1930) estão expostas as formas como na sua opinião o Estado deve intervir na economia.
Keynes foi posto actualmente posto no Índex pela actual Inquisição neoliberal. Aluno de economia que defenda as suas teses condena-se a reprovar ou com muito esforço noutras questões à nota mínima.
A miopia político-económica vigente vai ao ponto de se desclassificar como “soluções do século XIX” algo que tenha a ver com Keynes! Mas são precisamente as soluções que vigoraram até ao final dos anos 70 do século XX!
Fala-se actualmente em neokeynesianismo. Mas é algo que nada tem que ver com o original. Apenas medidas na essência monetaristas – “the suplly side economy” - uma forma do Estado retirar dinheiro à procura para salvar a finança especuladora e garantir lucros aos mono e oligopólios.
Eis algumas razões pelas quais Keynes foi repudiado, negado, amaldiçoado, não havendo agora praticamente um único economista ou comentador de serviço que defenda publicamente as medidas e os objectivos preconizados por Keynes para ultrapassar as crises.
A seguir: 7 – Keinesianismo - II
Os Partidos do POTE
O PSD PS E CDS auto denominam-se de partidos do arco governamental. Com esta denominação querem fazer crer com arrogância que são os únicos partidos com capacidade de governar...e, ao mesmo tempo, fazer esquecer as suas mútuas responsabilidades na grave situação do país.
Afundaram o país, encheram o aparelho de Estado com os seus boys e o seus sucessivos reinados estão recheados de escândalos e negociatas saldando-se por uma fantástica concentração de riqueza, lado a lado com a extensão da pobreza . Por isso em vez de partidos do arco governamental melhor seria que se auto denominassem de partidos do "POTE".
As suas políticas pouco diferem e no essencial são mais do mesmo. Agora face à crise multiplicam-se as vozes para que depois das eleições se crie um governo com os três partidos!
Ao contrário do que pretendem fazer crer a sua preocupação não é o país, mas sim procurarem encontrar força política e social para intensificarem as politicas de aperto do cinto aos mesmos de sempre deixando intocável o capital financeiro,o lucro das empresas monopolistas e das grandes empresas ,bem como as grandes fortunas.
Teríamos uma política ainda mais neoliberal e ainda mais recessiva. Ajudando à festa o Presidente da Républica que já nos habituou às rançosas expressões do" dia da raça" e da "guerra do ultramar" - a guerra colonial deve queimar-lhe a língua - enviou uma carta à Blomberg a dizer que PS PSD e CDS apoiam a a estabilização orçamental.!
Os mercados devem ter sorrido... Deixando de lado a Assembleia da Repúbica e os outros partidos, numa atitude muito democrática, Cavaco pensava que assim "acalmava"os especuladores. Mas estes ingratos continuaram a especular e não tiveram em conta esta luminosa declaração da Presidência da República !
Coitado ainda acredita que é assim que se põe fim à especulação... Dali não se pode esperar muito mais do que, conservadorismo, quixotismo e reaccionarismo.
Afundaram o país, encheram o aparelho de Estado com os seus boys e o seus sucessivos reinados estão recheados de escândalos e negociatas saldando-se por uma fantástica concentração de riqueza, lado a lado com a extensão da pobreza . Por isso em vez de partidos do arco governamental melhor seria que se auto denominassem de partidos do "POTE".
As suas políticas pouco diferem e no essencial são mais do mesmo. Agora face à crise multiplicam-se as vozes para que depois das eleições se crie um governo com os três partidos!
Ao contrário do que pretendem fazer crer a sua preocupação não é o país, mas sim procurarem encontrar força política e social para intensificarem as politicas de aperto do cinto aos mesmos de sempre deixando intocável o capital financeiro,o lucro das empresas monopolistas e das grandes empresas ,bem como as grandes fortunas.
Teríamos uma política ainda mais neoliberal e ainda mais recessiva. Ajudando à festa o Presidente da Républica que já nos habituou às rançosas expressões do" dia da raça" e da "guerra do ultramar" - a guerra colonial deve queimar-lhe a língua - enviou uma carta à Blomberg a dizer que PS PSD e CDS apoiam a a estabilização orçamental.!
Os mercados devem ter sorrido... Deixando de lado a Assembleia da Repúbica e os outros partidos, numa atitude muito democrática, Cavaco pensava que assim "acalmava"os especuladores. Mas estes ingratos continuaram a especular e não tiveram em conta esta luminosa declaração da Presidência da República !
Coitado ainda acredita que é assim que se põe fim à especulação... Dali não se pode esperar muito mais do que, conservadorismo, quixotismo e reaccionarismo.
Ainda a CGD
Uma análise dos resultados da CGD nos últimos 7 anos, de 2004 a 2010, faltando ainda conhecer-se o montante de dividendos que o Grupo CGD irá entregar por conta dos resultados de 2010, permite-nos concluir que neste período o Estado recebeu da CGD cerca de 2 mil milhões de euros de dividendos e de IRC, mais precisamente 1997,3 milhões de euros.
Isto apesar do dinheiro que o Estado obrigou o Banco a enterrar no BPN e do apoio que teve de dar ao BPP.
Dá para perceber porque é que a direita que Passos Coelho tão bem representa e que ansiosamente aguarda que o poder lhe caia nas mãos, depois de 6 anos de um Governo PS com a sua política de direita nos conduziu até aqui, acha que chegou a hora da privatização da CGD.
Desta forma foram-se os anéis e agora vão-se os dedos.
Isto apesar do dinheiro que o Estado obrigou o Banco a enterrar no BPN e do apoio que teve de dar ao BPP.
Dá para perceber porque é que a direita que Passos Coelho tão bem representa e que ansiosamente aguarda que o poder lhe caia nas mãos, depois de 6 anos de um Governo PS com a sua política de direita nos conduziu até aqui, acha que chegou a hora da privatização da CGD.
Desta forma foram-se os anéis e agora vão-se os dedos.
27 de março de 2011
Notícias Breves-O Pacto do Euro e a Islândia
O PS francês e Chevènement criticam o "Pacto do Euro".
Por cá como se sabe PS,PSD,CDS e os comentadores do inevitável e da submissão de que destaco os inefáveis Vasco Pulido Valente e Teresa de Sousa consideram -no positivo .
1.Pacte pour l'euro : le PS dénonce "un pacte de régression" le PSdénoncé vendredi le "pacte pour l'euro" décidé par le Conseil européen à Bruxelles comme "un pacte de régression" et réclamé "autre chose qu'un arsenal de sanctions contre les Etats"Le PS "les conclusions du sommet européen, "inefficaces sur le plan économique et injustes sur le plan social"dans un communiqué l'eurodéputée Pervenche Berès, présidente de la Commission emploi et affaires sociales du Parlement européen et les secrétaires nationaux Jean-Christophe Cambadélis (Europe, international), Michel Sapin (économie), Liêm Hoang-Ngoc (adjoint à l'économie)les conclusions du Conseil européenpris pour la mise en place d'une taxe européenne sur les transactions financières, dont le principe, sous l'impulsion des socialistes européensété voté par le Parlement européen au début du mois"autre chose qu'un arsenal de sanctions contre les Etats refusant la saignée sociale prônée par la droite européenne"
2-.Chevènement appelle la gauche à s'unir contre la "politique antisociale" de Bruxelles Chevènement, président d'honneur du MRCle critique le pacte de "carcan réactionnaire", pacte "de super-rigueur" et "la politique antisociale et anti-européenne" décidée par le Conseil européen de Bruxelles, "le pacte léonin de super-rigueur concocté par Madame Merkel avec la complicité de M. Sarkozy, pacteêtre adopté à Bruxelles par le Conseil européen"M. Chevènementinstitutions européennes privéestemps de redresser politiquement la construction européenne, de lancer une initiative européenne de croissance par le biais de relèvement des salaires et de permettre à la Banque centrale européenne de racheter massivement les titres de dettes publiques des Etats en difficulté", seul moyen de casser la spéculation,et léclatement de la zone euro inévitable", juge M. Chevènement Cette politique de la droite européenne conduit dans le mur Les dirigeants européens à une nouvelle crise, avec une forme de Fonds monétaire pour aider les pays en difficulté et un "pacte" pour améliorer la convergence des politiques économiques nationales.
Outra notícia:
3-O Jornal I na sua edição de fim -de- semana,na sua página 24 traz um interessante artigo sobre a Islândia da jornalista Joana Azevedo Viana que recomendamos.
Criticámos aqui a ausência de notícias sobre a Islândia e até que enfim que há um Jornal que rompe o silêncio e o pensamento único.E já não é a primeira vez...
Por cá como se sabe PS,PSD,CDS e os comentadores do inevitável e da submissão de que destaco os inefáveis Vasco Pulido Valente e Teresa de Sousa consideram -no positivo .
1.Pacte pour l'euro : le PS dénonce "un pacte de régression" le PSdénoncé vendredi le "pacte pour l'euro" décidé par le Conseil européen à Bruxelles comme "un pacte de régression" et réclamé "autre chose qu'un arsenal de sanctions contre les Etats"Le PS "les conclusions du sommet européen, "inefficaces sur le plan économique et injustes sur le plan social"dans un communiqué l'eurodéputée Pervenche Berès, présidente de la Commission emploi et affaires sociales du Parlement européen et les secrétaires nationaux Jean-Christophe Cambadélis (Europe, international), Michel Sapin (économie), Liêm Hoang-Ngoc (adjoint à l'économie)les conclusions du Conseil européenpris pour la mise en place d'une taxe européenne sur les transactions financières, dont le principe, sous l'impulsion des socialistes européensété voté par le Parlement européen au début du mois"autre chose qu'un arsenal de sanctions contre les Etats refusant la saignée sociale prônée par la droite européenne"
2-.Chevènement appelle la gauche à s'unir contre la "politique antisociale" de Bruxelles Chevènement, président d'honneur du MRCle critique le pacte de "carcan réactionnaire", pacte "de super-rigueur" et "la politique antisociale et anti-européenne" décidée par le Conseil européen de Bruxelles, "le pacte léonin de super-rigueur concocté par Madame Merkel avec la complicité de M. Sarkozy, pacteêtre adopté à Bruxelles par le Conseil européen"M. Chevènementinstitutions européennes privéestemps de redresser politiquement la construction européenne, de lancer une initiative européenne de croissance par le biais de relèvement des salaires et de permettre à la Banque centrale européenne de racheter massivement les titres de dettes publiques des Etats en difficulté", seul moyen de casser la spéculation,et léclatement de la zone euro inévitable", juge M. Chevènement Cette politique de la droite européenne conduit dans le mur Les dirigeants européens à une nouvelle crise, avec une forme de Fonds monétaire pour aider les pays en difficulté et un "pacte" pour améliorer la convergence des politiques économiques nationales.
Outra notícia:
3-O Jornal I na sua edição de fim -de- semana,na sua página 24 traz um interessante artigo sobre a Islândia da jornalista Joana Azevedo Viana que recomendamos.
Criticámos aqui a ausência de notícias sobre a Islândia e até que enfim que há um Jornal que rompe o silêncio e o pensamento único.E já não é a primeira vez...
26 de março de 2011
A CGD na mira da direita
Poucos dias depois da apresentação do pedido de demissão por parte do Governo PS, Passos Coelho começa a mostrar ao que vem.
Primeiro foi a admissão da possibilidade de aumentar o IVA, exactamente o contrário do que há alguns meses atrás dizia, depois ainda mais surpreendente a afirmação que hoje fez de admitir a possibilidade de se proceder à privatização da CGD.
O PS deixa o país em tal Estado que a direita aqui corporizada nas afirmações de Passos Coelho não tem qualquer problema em por em cima da mesa o aumento dos impostos e até mesmo a privatização da CGD.
Vale a pena lembrar que a CGD é hoje o único grande grupo financeiro que ainda se mantem integralmente nas mãos do Estado e que a direita já várias vezes manifestou veladamente a vontade de a privatizar.
Os elevados níveis de endividamento público atingidos pelo nosso país parecem ser o argumento de que a direita necessitava para avançar com esta proposta.
Vale a pena lembrar, perante estas intenções, que ao contrário do que afirmam os defensores das privatizações no nosso país, as muitas privatizações efectuadas desde 1989 não conduziram à redução da nossa Dívida Pública.
Se em 1989 a Dívida Pública representava cerca de 54% do PIB, hoje 22 anos depois esse nível é de pelo menos cerca de 83%. Entretanto sectores estratégicos da nossa economia, como o sector financeiro, o sector das telecomunicações, o sector da energia, o sector do papel e pasta de papel, o sector cimenteiro foram quase integralmente privatizados e entregues às grandes famílias monopolistas nacionais associadas com capitais estrangeiros.
Passos Coelho prepara-se pois para avançar com o pouco que ainda falta privatizar, isto se os portugueses com o seu voto o permitirem.
Primeiro foi a admissão da possibilidade de aumentar o IVA, exactamente o contrário do que há alguns meses atrás dizia, depois ainda mais surpreendente a afirmação que hoje fez de admitir a possibilidade de se proceder à privatização da CGD.
O PS deixa o país em tal Estado que a direita aqui corporizada nas afirmações de Passos Coelho não tem qualquer problema em por em cima da mesa o aumento dos impostos e até mesmo a privatização da CGD.
Vale a pena lembrar que a CGD é hoje o único grande grupo financeiro que ainda se mantem integralmente nas mãos do Estado e que a direita já várias vezes manifestou veladamente a vontade de a privatizar.
Os elevados níveis de endividamento público atingidos pelo nosso país parecem ser o argumento de que a direita necessitava para avançar com esta proposta.
Vale a pena lembrar, perante estas intenções, que ao contrário do que afirmam os defensores das privatizações no nosso país, as muitas privatizações efectuadas desde 1989 não conduziram à redução da nossa Dívida Pública.
Se em 1989 a Dívida Pública representava cerca de 54% do PIB, hoje 22 anos depois esse nível é de pelo menos cerca de 83%. Entretanto sectores estratégicos da nossa economia, como o sector financeiro, o sector das telecomunicações, o sector da energia, o sector do papel e pasta de papel, o sector cimenteiro foram quase integralmente privatizados e entregues às grandes famílias monopolistas nacionais associadas com capitais estrangeiros.
Passos Coelho prepara-se pois para avançar com o pouco que ainda falta privatizar, isto se os portugueses com o seu voto o permitirem.
A Cimeira do reforço da dominação e do retrocesso social
BREVES NOTAS
1-Ficou mais uma vez claro que as respostas à crise e ao financiamento dos Estados está dependente das eleições regionais da Alemanha e dos interesses partidários da SrªMerkel.Mesmo a data de 2013 para a aplicação do novo Fundo deve-se ao facto de 2013 ser o ano das eleições para o Bundestag.Até lá os países periféricos que paguem a factura e que vão pagando juros agiotas aos mega -bancos alemães franceses e Ingleses e aos seus fundos de pensões
2-A Srª Merkel no Parlamento alemão, como se viu nos noticiários televisivos, não se coibiu de se ingerir descarada e despudoradamente nos assuntos internos portugueses ,tal como o Sr zapatero ,sem que tenha havido ,até agora, um qualquer reparo do governo português, dos Partidos da direita ou do Presidente da República numa posição de canina subserviência perante a Patroa alemã e o iluminado de castela.
3- O "Pacto do Euro" significa mais dependência ,mais alienação da soberania,mais política neo-liberal:maior precariedade,mais desresponsabilização do Estado das suas funções sociais,mais recessão através da redução do défice à bruta no interesse das grandes potências e das negociatas com as privatizações.Até o partido socialista francês classificou tal pacto como de regressão Uma vergonha Para o PS português e para o PSOE espanhol. Claro que o Ps francês tomou esta atitude porque não está no poder..
4- Esta é a dita Europa da Solidariedade coesão económica e social e do nivelamento por cima!...
5 Por último quando se diz que é Alemanha que paga é preciso lembrar que quem mais ganhou com a integração e com o euro foi a Alemanha o que era sabido desde o início razão pela qual aceitou ser contribuinte líquido. Agora quer ganhar em todos os carrinhos...
E há ainda comentadores portugueses que repetem e copiam os argumentos alemães de que eles é que estão apagar os nossos défices e a construção europeia. Uma ova! Como diz o nosso povo ,vão roubar para a estrada...
1-Ficou mais uma vez claro que as respostas à crise e ao financiamento dos Estados está dependente das eleições regionais da Alemanha e dos interesses partidários da SrªMerkel.Mesmo a data de 2013 para a aplicação do novo Fundo deve-se ao facto de 2013 ser o ano das eleições para o Bundestag.Até lá os países periféricos que paguem a factura e que vão pagando juros agiotas aos mega -bancos alemães franceses e Ingleses e aos seus fundos de pensões
2-A Srª Merkel no Parlamento alemão, como se viu nos noticiários televisivos, não se coibiu de se ingerir descarada e despudoradamente nos assuntos internos portugueses ,tal como o Sr zapatero ,sem que tenha havido ,até agora, um qualquer reparo do governo português, dos Partidos da direita ou do Presidente da República numa posição de canina subserviência perante a Patroa alemã e o iluminado de castela.
3- O "Pacto do Euro" significa mais dependência ,mais alienação da soberania,mais política neo-liberal:maior precariedade,mais desresponsabilização do Estado das suas funções sociais,mais recessão através da redução do défice à bruta no interesse das grandes potências e das negociatas com as privatizações.Até o partido socialista francês classificou tal pacto como de regressão Uma vergonha Para o PS português e para o PSOE espanhol. Claro que o Ps francês tomou esta atitude porque não está no poder..
4- Esta é a dita Europa da Solidariedade coesão económica e social e do nivelamento por cima!...
5 Por último quando se diz que é Alemanha que paga é preciso lembrar que quem mais ganhou com a integração e com o euro foi a Alemanha o que era sabido desde o início razão pela qual aceitou ser contribuinte líquido. Agora quer ganhar em todos os carrinhos...
E há ainda comentadores portugueses que repetem e copiam os argumentos alemães de que eles é que estão apagar os nossos défices e a construção europeia. Uma ova! Como diz o nosso povo ,vão roubar para a estrada...
Uma opinião sobre a Cimeira europeia
L’actualité de la crise : UN PLAN « B » EUROPEEN ?
25 mars 2011 par François Leclerc |
Billet invité- Blog de P.Jaurion
Leur sommet terminé, après avoir été bousculés par l’actualité portugaise, les dirigeants européens se sont congratulés pour avoir réussi à adopter un « pacte pour l’euro », ainsi que les grandes lignes du mécanisme du MES, le fonds de stabilité financière qui succédera en 2013 au mécanisme provisoire actuel, à propos duquel rien n’a d’ailleurs été décidé.
« On peut dire que beaucoup a été fait », s’est exclamée Angela Merkel, satisfaite d’avoir obtenu l’étalement des versements au MES qu’elle réclamait, avant d’affronter dimanche ses électeurs pour une élection régionale d’importance. Et de faire face à une virulente campagne dans la presse allemande, sur le thème des promesses faites à l’occasion du passage à l’euro et non tenues ou de l’addition que les Allemands vont devoir payer pour les autres.
Une toute autre leçon va-t-elle continuer longtemps à être éludée ? Les programmes d’austérité et de renflouement des banques, auxquels les pays européens sont contraints, les envoient les uns après les autres dans le décor, c’est à dire au purgatoire. Ils impliquent des sauvetages successifs et au bout du compte une mutualisation de la dette qui ne parvient pas à être mise en place, n’existant dans l’avenir qu’assortie de conditions toujours aussi expéditives.
Les mécanismes de stabilisation financière, actuels et futurs, restent bancals et la nouvelle gouvernance économique – dont il est fait grand cas – une affaire de circonstances, comme les deux précédents pactes européens l’ont été, puisque non respectés. Forcés et contraints, les Européens sont parvenus à mettre en place une sorte de Fonds monétaire européen dont les financements sont largement assurés à coup de garanties, en espérant qu’elles n’auront pas à être utilisées. Croit-on que les les marchés s’y laisseront tromper ?
Secoué par une crise politique et devant faire face à des remboursements importants, en avril et en juin prochains, le Portugal peut-il vraiment éviter de rejoindre la Grèce et l’Irlande dans le camp des condamnés ? Le taux des obligations portugaises à 10 ans étant monté ce vendredi soir à 7,79 % ; elles sont désormais traitées comme des actifs pourris par le marché, qui n’a pas attendu pour apporter sa réponse. L’affaire s’apparente à un supplice chinois. Le nouveau gouvernement issu des élections de juin sera conduit à renforcer davantage la rigueur budgétaire, précipitant encore plus le pays dans la récession et la crise sociale, la crise politique actuelle n’étant à côté de cette dernière qu’un épiphénomène.
L’Irlande et la Grèce ne parviennent déjà pas à respecter le plan de route qui leur a été assigné, et le Portugal se prépare à prendre le même chemin, alors même qu’il n’a pas encore été sauvé. Le scénario se répète à l’identique, en raison d’une croissance économique et de recettes fiscales absentes, et pour cause. S’y rajoute, dans celui de l’Irlande, un coût de restructuration des banques qui ne cesse de continuer à augmenter. L’Irlande va enregistrer pour la troisième année consécutive une croissance négative.
La lente désagrégation de la zone euro se poursuit : les facteurs de sa fragilisation s’accroissent plus rapidement que ne se met en place le dispositif européen censé tout résoudre, qui reste flou et ne permet que de temporiser.
Il se confirme que le chemin qui a été choisi pour résorber la dette privée et publique renforce la crise au lieu de la résoudre, car sa solution implique un redémarrage de la croissance économique auquel il ne mène pas. Et qu’il en résulte une rigueur se révélant progressivement insoutenable. Tout à leur idée fixe et à la défense d’intérêts bien compris, les dirigeants européens ont adopté un business plan irréaliste et impossible.
Le prochain épisode va mettre en scène l’Espagne. Les déclarations rassurantes ne manquent pas pour affirmer qu’elle ne risque pas à son tour de tomber dans le trou. L’expérience – pour s’en tenir à ce seul argument et ne pas à nouveau énumérer tous les facteurs d’incertitude qui pèsent sur la situation espagnole – a montré la foi qui pouvait être accordée à ce genre de prévisions. Rajoutons que l’exposition des banques espagnoles au Portugal est estimé à 80 milliards d’euros.
Il est rare que les dominos s’arrêtent de dégringoler une fois la chute commencée…
De nouveaux tests des banques vont être menés auparavant, destinés à rassurer les marchés, annonce-t-on. Une aimable plaisanterie, étant donné que ces derniers sont aux premières loges pour contempler à loisir le spectacle offert par un système bancaire toujours sous soins palliatifs, incapable de résister à l’éventualité de restructurations de dette souveraine. Raison qui explique l’interdit formel édicté à ce propos.
Appelée par le TUC, la confédération des syndicats britanniques, une grande manifestation se prépare pour demain samedi à Londres, afin de protester contre le plan d’austérité gouvernemental. George Osborne, le chancelier de l’échiquier (ministre des finances), a une nouvelle fois rappelé qu’il n’y a pas de plan B.
Ce même et unique discours étant seriné de Londres à Athènes et de Dublin à Madrid et à Lisbonne, il devient urgent qu’un tel plan à dimension européenne soit mis en forme, en s’appuyant sur des initiatives ayant vocation à converger à l’occasion de la tenue d’un Forum européen.
25 mars 2011 par François Leclerc |
Billet invité- Blog de P.Jaurion
Leur sommet terminé, après avoir été bousculés par l’actualité portugaise, les dirigeants européens se sont congratulés pour avoir réussi à adopter un « pacte pour l’euro », ainsi que les grandes lignes du mécanisme du MES, le fonds de stabilité financière qui succédera en 2013 au mécanisme provisoire actuel, à propos duquel rien n’a d’ailleurs été décidé.
« On peut dire que beaucoup a été fait », s’est exclamée Angela Merkel, satisfaite d’avoir obtenu l’étalement des versements au MES qu’elle réclamait, avant d’affronter dimanche ses électeurs pour une élection régionale d’importance. Et de faire face à une virulente campagne dans la presse allemande, sur le thème des promesses faites à l’occasion du passage à l’euro et non tenues ou de l’addition que les Allemands vont devoir payer pour les autres.
Une toute autre leçon va-t-elle continuer longtemps à être éludée ? Les programmes d’austérité et de renflouement des banques, auxquels les pays européens sont contraints, les envoient les uns après les autres dans le décor, c’est à dire au purgatoire. Ils impliquent des sauvetages successifs et au bout du compte une mutualisation de la dette qui ne parvient pas à être mise en place, n’existant dans l’avenir qu’assortie de conditions toujours aussi expéditives.
Les mécanismes de stabilisation financière, actuels et futurs, restent bancals et la nouvelle gouvernance économique – dont il est fait grand cas – une affaire de circonstances, comme les deux précédents pactes européens l’ont été, puisque non respectés. Forcés et contraints, les Européens sont parvenus à mettre en place une sorte de Fonds monétaire européen dont les financements sont largement assurés à coup de garanties, en espérant qu’elles n’auront pas à être utilisées. Croit-on que les les marchés s’y laisseront tromper ?
Secoué par une crise politique et devant faire face à des remboursements importants, en avril et en juin prochains, le Portugal peut-il vraiment éviter de rejoindre la Grèce et l’Irlande dans le camp des condamnés ? Le taux des obligations portugaises à 10 ans étant monté ce vendredi soir à 7,79 % ; elles sont désormais traitées comme des actifs pourris par le marché, qui n’a pas attendu pour apporter sa réponse. L’affaire s’apparente à un supplice chinois. Le nouveau gouvernement issu des élections de juin sera conduit à renforcer davantage la rigueur budgétaire, précipitant encore plus le pays dans la récession et la crise sociale, la crise politique actuelle n’étant à côté de cette dernière qu’un épiphénomène.
L’Irlande et la Grèce ne parviennent déjà pas à respecter le plan de route qui leur a été assigné, et le Portugal se prépare à prendre le même chemin, alors même qu’il n’a pas encore été sauvé. Le scénario se répète à l’identique, en raison d’une croissance économique et de recettes fiscales absentes, et pour cause. S’y rajoute, dans celui de l’Irlande, un coût de restructuration des banques qui ne cesse de continuer à augmenter. L’Irlande va enregistrer pour la troisième année consécutive une croissance négative.
La lente désagrégation de la zone euro se poursuit : les facteurs de sa fragilisation s’accroissent plus rapidement que ne se met en place le dispositif européen censé tout résoudre, qui reste flou et ne permet que de temporiser.
Il se confirme que le chemin qui a été choisi pour résorber la dette privée et publique renforce la crise au lieu de la résoudre, car sa solution implique un redémarrage de la croissance économique auquel il ne mène pas. Et qu’il en résulte une rigueur se révélant progressivement insoutenable. Tout à leur idée fixe et à la défense d’intérêts bien compris, les dirigeants européens ont adopté un business plan irréaliste et impossible.
Le prochain épisode va mettre en scène l’Espagne. Les déclarations rassurantes ne manquent pas pour affirmer qu’elle ne risque pas à son tour de tomber dans le trou. L’expérience – pour s’en tenir à ce seul argument et ne pas à nouveau énumérer tous les facteurs d’incertitude qui pèsent sur la situation espagnole – a montré la foi qui pouvait être accordée à ce genre de prévisions. Rajoutons que l’exposition des banques espagnoles au Portugal est estimé à 80 milliards d’euros.
Il est rare que les dominos s’arrêtent de dégringoler une fois la chute commencée…
De nouveaux tests des banques vont être menés auparavant, destinés à rassurer les marchés, annonce-t-on. Une aimable plaisanterie, étant donné que ces derniers sont aux premières loges pour contempler à loisir le spectacle offert par un système bancaire toujours sous soins palliatifs, incapable de résister à l’éventualité de restructurations de dette souveraine. Raison qui explique l’interdit formel édicté à ce propos.
Appelée par le TUC, la confédération des syndicats britanniques, une grande manifestation se prépare pour demain samedi à Londres, afin de protester contre le plan d’austérité gouvernemental. George Osborne, le chancelier de l’échiquier (ministre des finances), a une nouvelle fois rappelé qu’il n’y a pas de plan B.
Ce même et unique discours étant seriné de Londres à Athènes et de Dublin à Madrid et à Lisbonne, il devient urgent qu’un tel plan à dimension européenne soit mis en forme, en s’appuyant sur des initiatives ayant vocation à converger à l’occasion de la tenue d’un Forum européen.
25 de março de 2011
O PEQUENO DICIONÁRIO CRÍTICO - 5
ACERCA DA VANTAGEM COMPARADA
É de toda a conveniência saber em que lei se vive. No passado as pessoas viveram em muitos casos na sujeição de preceitos e dogmas de que ignoravam as razões, mas sofriam as consequências.
Acontece actualmente algo muito semelhante. Vive-se sob a égide de uma lei que não foi discutida nem votada, que não é sequer uma lei é uma mera opinião tornada dogma. A congregação para a doutrina desta fé chama-se OMC, Organização Mundial do Comércio. Falamos da “vantagem comparada” e do fundamentalismo do “comércio livre”.
O “comércio livre” – “free-trade” – significa a ausência de restrições, como pagamento de direitos ou outras, para proteger a produção interna. O principal argumento é que os “consumidores” poderão adquirir os bens mais baratos e de melhor qualidade independentemente de serem produzidos internamente ou no estrangeiro. As tarifas ou outras medidas resultarão em preços mais elevados e a competição é restringida. Assim, cada país deve produzir e importar os bens que pode produzir de forma mais eficiente, ou seja, em que detenha maior “vantagem comparada”. Desta forma o mercado é ampliado e cada país deve aproveitar da melhor forma os seus recursos.
Eis, resumidamente exposto o “free-trade, essa “excelente doutrina dos fortes contra os fracos” como a classificou Oliveira Martins no século XIX.
As promessas são atractivas. A realidade bem diferente. À medida que se aprofundou o comércio livre aumentaram as desigualdades entre os países ricos e os países pobres, sendo a sua expressão máxima a globalização neoliberal que conduziu a crises económicas, financeiras e sociais por todo o globo e, contrariamente ao que muitas vezes se afirma, aumentou a pobreza a nível mundial. As excepções em alguns países apenas confirmam a regra: foram países que não seguiram nem seguem os paradigmas neoliberais.
Apenas um exemplo recente: a adesão do México ao NAFTA (Associação Norte Americana de Comércio Livre). Em 10 anos o índice de pobreza passou de 30 para 40%; regiões encontram-se económica e socialmente devastadas devido à expulsão dos camponeses das suas terras pelas transnacionais da indústria alimentar dos EUA.
Outro caso que poderá ser analisado foi o do colapso económico e social da Argentina no início deste século provocado por práticas de comércio livre associadas a uma indexação da sua moeda ao dólar dos EUA.
Esta situação é muito idêntica à dos países mais frágeis da UE, entre os quais Portugal.
Note-se que logo em 1997, a UNCTAD no seu Relatório sobre Comércio e Desenvolvimento Económico, demonstrava que a globalização estava associada a um aumento da desigualdade em vários países.
Nenhum país hoje desenvolvido se tornou assim baseado no comércio livre. Só depois de adquirir superioridade através de direitos aduaneiros, legislação, manipulação de câmbios, subsídios, etc., o adoptou impondo-o às colónias e aos países sob seu domínio.
Efectivamente a teoria da vantagem comparada não incorpora as suas consequências económicas e muito menos sociais. Paul Samuelson diz que os salários irão alinhar pelos níveis de produtividade das industrias exportadoras, que sendo as mais produtivas supõe – erradamente – serem os mais elevados. Na realidade, isso dependerá precisamente da especialização que for obtida.
Os salários alinham então de facto pelos salários das actividades predominantemente exportadoras, só que serão os mais baixos. Haverá um nivelamento sim, mas por baixo, à parte factores políticos e sociais. A experiência mostra-nos isto mesmo.
Porém o neoclássico Samuelson admite que “embora com o comércio internacional o PIB possa crescer ele poderá reduzir de tal modo a parte que cabe a cada grupo que alguns acabam por ficar mais pobres”.
Além disto a hipótese de que todos têm acesso às mesmas tecnologias não é nem sequer remotamente correcta, se a isto associarmos a livre circulação de capitais os seus efeitos podem destruir quaisquer pequenos efeitos que a desregulação do comércio pudesse trazer.
Podemos daqui concluir que o comércio internacional entre economias de dimensão e níveis de desenvolvimento muito diferentes se fará pelo crescente aumento de desigualdade entre regiões. Se a isto associarmos uma moeda sobreavaliada então encontraremos a justificação para a degradação da Balança Comercial.
É evidente que a teoria da vantagem comparada – e da vantagem para o “consumidor” – cai pela base em condições de desemprego.
Em termos de comércio livre a vantagem comparada entre um país rico e bem equipado e um país pobre e sem equipamento moderno conduz a uma especialização desastrosa, pois o segundo perde toda a possibilidade de se desenvolver ou mesmo manter a sua indústria. É precisamente o que se passa no nosso país num processo de desindustrialização, redução da produção agrícola e das pescas, que se traduz no desemprego, na continuada quebra do produto industrial, na estagnação do PIB, nos défices da BC.
Na realidade, os países só podem estabelecer relações de mercado livre – ou relativamente livre – de forma mutuamente vantajosa nas associações com produtividades semelhantes.
__________________
A seguir: 6 – Keinesianismo
22 de março de 2011
A hipocrisia da intervenção dita humanitária no Afeganistão e na Líbia
Tudo em nome dos direitos humanos!
Novas fotos de abusos de soldados dos EUA no Afeganistão lembram ABU-GHRAIB -Público de 22 de Março.O Departamento de Defesa americano tentou impedir a sua publicação.Soldados a agarrarem pelos cabelos um civil, soldados exibindo cadáveres....Ver os seguintes sítios
http://www.guardian.co.uk/world/201...
(*) DynCorp WikiLeaks : Texas Company Helped Pimp Little Boys To Stoned Afghan Cops http://blogs.houstonpress.com/hairb...
Líbia
" objectivo oficial é proteger a população,como define a resolução1973 da ONU.Na prática,os países envolvidos esperam permitir que a rebelião avance no nterreno"Público de 22 de Março.
E com toda a hipócrisia o general chefe da missão estrangeira Carter Ham afirmava ontem:" A nossa missão não é apoiar qualquer oposição..."Público
http://www.argenpress.info/2011/03/los-nexos-entre-las-operaciones-odisea.html
ARGENPRESS.info)
Con la sempiterna excusa de la “ayuda humanitaria” los países imperialistas coaligados en el Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas, y su instrumento armado la OTAN, contando con la complicidad de Rusia y China, y de toda la socialdemocracia internacional, han votado primero una ilegal resolución estableciendo una zona de exclusión aérea, y luego lanzado sistemáticos ataques de misiles y bombardeos sobre el territorio de la República de Libia.
Aprovechándose de la crisis política y guerra civil interna en Libia, en la que sectores del ejército y populares se han sublevado contra el régimen del coronel Ghadafi, los países imperialista de occidente han aprovechado para meter sus manos, no en pro de la democracia, ni de las demandas sociales y económicas que legítimamente pueda tener el pueblo libio, sino para asegurarse el control sobre las riquezas petroleras de aquel país....
Novas fotos de abusos de soldados dos EUA no Afeganistão lembram ABU-GHRAIB -Público de 22 de Março.O Departamento de Defesa americano tentou impedir a sua publicação.Soldados a agarrarem pelos cabelos um civil, soldados exibindo cadáveres....Ver os seguintes sítios
http://www.guardian.co.uk/world/201...
(*) DynCorp WikiLeaks : Texas Company Helped Pimp Little Boys To Stoned Afghan Cops http://blogs.houstonpress.com/hairb...
Líbia
" objectivo oficial é proteger a população,como define a resolução1973 da ONU.Na prática,os países envolvidos esperam permitir que a rebelião avance no nterreno"Público de 22 de Março.
E com toda a hipócrisia o general chefe da missão estrangeira Carter Ham afirmava ontem:" A nossa missão não é apoiar qualquer oposição..."Público
http://www.argenpress.info/2011/03/los-nexos-entre-las-operaciones-odisea.html
ARGENPRESS.info)
Con la sempiterna excusa de la “ayuda humanitaria” los países imperialistas coaligados en el Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas, y su instrumento armado la OTAN, contando con la complicidad de Rusia y China, y de toda la socialdemocracia internacional, han votado primero una ilegal resolución estableciendo una zona de exclusión aérea, y luego lanzado sistemáticos ataques de misiles y bombardeos sobre el territorio de la República de Libia.
Aprovechándose de la crisis política y guerra civil interna en Libia, en la que sectores del ejército y populares se han sublevado contra el régimen del coronel Ghadafi, los países imperialista de occidente han aprovechado para meter sus manos, no en pro de la democracia, ni de las demandas sociales y económicas que legítimamente pueda tener el pueblo libio, sino para asegurarse el control sobre las riquezas petroleras de aquel país....
O PEQUENO DICIONÁRIO CRÍTICO - 4
É MAIS BARATO IMPORTAR DO QUE PRODUZIR NO PAÍS? – Parte II
ANÁLISE DO PONTO DE VISTA DO PIB
Uma outra forma de abordar o problema é considerar a variação do PIB.
PIB = Consumo + Investimento + Despesas do Estado + Exportações – Importações
As Despesa do Estado (E), são:
E = despesas públicas + prestações sociais = impostos + financiamento do défice.
Em última análise E = Consumo público + Investimento público + Prestações sociais
(prestações sociais que aliás representam consumo).
Ou seja, E reduz-se evidentemente às outras grandezas.
Considerando um PIB0, o PIB antes da produção ou da importação a que nos referimos, teremos:
PIB0 = C +I + Exp – Imp,
Considerámos que em 120 de produção/consumo nacional 25% são importados e 75% produção nacional.
Ora estes 75% vão ser distribuídos internamente, gerando novos rendimentos pelo consumo e pelo investimento que originam. Há o que se designa por “efeito multiplicador” (K), cuja fórmula é: (1/1-k).
Portanto, os reflexos no rendimento nacional serão:
R (1+k/1-k) = R (1/1-k) = 90x4 = 360
Quanto às importações teremos, de forma idêntica, considerando que o R inicial dá origem a R(1-k); Rk (1-k); Rk2 (1-k) de importações teremos para os sucessivos R: R(1-k) (k+k2+k3+…), ou seja,
R(1-k)(1/1-k) = 90.0,25.4 = 90
Que se somam aos 30 de importações necessárias à produção (ver Parte I)
Logo: PIB1 = PIB0 – 30 – 90 + 360 = P0 + 240.
Assim, os 120 (por ex. milhares de euros) de produção nacional geram 240 adicionais de riqueza no país, enquanto que com uma importação de 100, para a produção em causa, teríamos:
PIB’1 = PIB0 – 100. Ou seja uma diferença de 340 entre produzir e importar.
_________
Poderá dizer-se: mas então o défice da BC não aumenta por de 20 (30+90=120)?
Não, o défice não aumenta de 20, visto que não estaríamos a comparar situações idênticas, dado que pelo menos uma parte dos 120 já existiria como importações; a menos que se considerasse que a força de trabalho adicional não comesse nem se vestisse anteriormente, etc., etc. Recorde-se o que dissemos sobre o factor de 0,5 com que afectamos os salários.
Enfim, do ponto de vista macroeconómico estes 360 representam o que a sociedade obtém ou poderá obter em melhoria das condições de vida e investimento.
Assim, talvez não seja correcto dizer-se que “é mais barato importar que produzir no país”. Veja-se onde chegámos…
Considerámos que do ponto de vista do consumo ambos os bens seriam idênticos. Ora idêntico do ponto de vista do “consumo” não é a mesma coisa que idêntico do ponto de vista do “consumidor”. Este é drasticamente manipulado pela publicidade dos grandes grupos económicos.
Considerámos que as importações seriam valorizadas com 7%, que tem que ver com uma aproximação à taxa de juro dos empréstimos externos. É manifestamente simplista guiarmo-nos pela taxa de juro. Esta taxa manipulada pela quer pela banca quer pelas instituições financeiras internacionais, induz erros graves no cálculo económico, que o historial do endividamento dos países menos desenvolvidos e dependentes retrata.
Diga-se que factor de valorização das importações deverá ter em conta as distorções cambiais resultantes do défice da Balança Comercial. No nosso caso, devíamos considerar as distorções introduzidas pela sobrevalorização do euro na nossa economia. Se entrássemos com o valor real do câmbio para as nossas transacções correntes do país atingiríamos 20 ou 30%.
Digamos ainda que os cálculos do ponto de vista de custo/benefício social e do PIB, são complementares.
Há porém outra grandeza que deve ser tomada em consideração: a produtividade. Em termos sociais e de futuro importa saber como este acréscimo de produção vai fazer variar a produtividade média do ramo em causa e em segunda análise do país. É isto que pode fazer ou não em última instância decidir pela produção do bem em causa.
Note-se ainda que estas questões nunca são puramente definidas na economia
É uma questão política, pois a decisão entre as múltiplas opções obedece a critérios tendo em conta a o que podemos chamar de visão (isto é, o que queremos ser no futuro) e estratégias (qual o caminho a seguir perante a situação actual). Assim, do ponto de vista político a decisão deverá ser suportada e basear-se em:
- Um conhecimento adequado da estrutura tecnológica e produtiva nacional
- Uma consistente visão e previsão do futuro
__________
A seguir: 5 – Acerca da vantagem comparada
21 de março de 2011
Islândia-um exemplo a seguir
Islandia, el país que castiga a los banqueros culpables de la crisis
Notícias muito pouco divulgadas...sabe-se lá qual a razão....
Alejandra Abad
El Confidencial
La gran mayoría de la población occidental sueña desde 2008 con decir “no” a los bancos, pero nadie se ha atrevido a hacerlo. Nadie, salvo los islandeses, que han llevado a cabo una revolución pacífica que ha conseguido no sólo tumbar un gobierno y redactar una nueva constitución, si no encarcelar a los responsables de la debacle económica del país.
La semana pasada fueron detenidas 9 personas en Londres y en Reikjiavik (capital de Islandia) por sus responsabilidad en el colapso financiero de Islandia en 2008, una profunda crisis que devino en una reacción ciudadana sin precedentes que cambió el rumbo del país.
Ha sido la revolución sin armas de Islandia, el país que acoge a la democracia más antigua del mundo (desde el año 930), y cuyos ciudadanos han logrado cambiar a base de manifestaciones y caceroladas. ¿Y por qué el resto de los países occidentales ni siquiera se ha enterado?
La presión ciudadana islandesa ha conseguido no sólo tumbar un gobierno, si no redactar una nueva constitución (en proceso) y meter en la cárcel a los banqueros responsables de la crisis del país. Como se suele decir, si se piden las cosas con educación es mucho más fácil conseguirlas.
Este silencioso proceso revolucionario tiene su origen en 2008, cuando el gobierno islandés decidió nacionalizar los tres principales bancos, el Landsbanki el Kaupthing y el Glitnir, cuyos clientes eran principalmente ingleses, estadounidenses y americanos.
Tras la entrada del Estado en el capital la moneda oficial (krona), se desplomaba y la bolsa suspendía su actividad tras un hundimiento del 76%. Islandia entraba en bancarrota y para salvar la situación, el Fondo Monetario Internacional (FMI) inyectaba 2.100 millones de dólares y los países nórdicos ayudaban con otros 2.500 millones.
Las grandes pequeñas victorias de la gente de a pie
Mientras bancos y autoridades locales y extranjeras buscaban a la desesperada soluciones económicas, el pueblo islandés se echó a la calle y con sus insistentes manifestaciones diarias frente al parlamento de Riekjavik provocó la dimisión del primer ministro, el conservador Geir H. Haarden, y de todo su gobierno en bloque.
Los ciudadanos exigían, además, que se convocaran elecciones anticipadas, y lo consiguieron. En abril salió elegido por votación un gobierno de coalición formado por la Alianza Social-demócrata y el Movimiento de Izquierda Verde, encabezado por una nueva Primera Ministra, Jóhanna Sigurðardóttir.
Durante todo el 2009 la economía islandesa continuó en situación precaria (cerraría el año con una caída del 7% del PIB) pero, pese a ello, el Parlamento propuso la devolución de la deuda a Gran Bretaña y Holanda mediante el pago de 3.500 millones de euros, una suma que debían pagar todas las familias islandesas mensualmente durante 15 años al 5,5% de interés.
La medida provocó de nuevo la ira de los islandeses, que volvieron a tomar las calles exigiendo que, al menos, esa decisión fuera sometida a referéndum. Otra nueva pequeña gran victoria de las protestas callejeras: en marzo de 2010 se celebraba esa votación y un aplastante 93% de la población se negaba a devolver la deuda, al menos en esas condiciones.
Con ello consiguieron que los acreedores se repensaran el acuerdo y lo mejorara, ofreciendo los intereses al 3% y el pago a 37 años. Ni siquiera eso ha sido suficiente, el presidente actual, al ver que el Parlamento aprobaba este acuerdo por un margen muy estrecho, decidió el mes pasado no sancionarlo y llamar de nuevo a los islandeses a votar en referéndum para que sean ellos los que tengan la última palabra.
Los banqueros huyen atemorizados
Volviendo a la tensa situación de 2010, mientras los islandeses se negaban a pagar una deuda que habían contraído los tiburones financieros sin preguntarles, el Gobierno de coalición había iniciado una investigación para dirimir jurídicamente las responsabilidades de la fatal crisis económica y ya se había detenido a varios banqueros y altos ejecutivos estrechamente relacionados con las operaciones de riesgo.
La Interpol, por su lado, había dictado una orden internacional de arresto contra el expresidente del Parlamento, Sigurdur Einarsson. Esta situación hizo que banqueros y ejecutivos, atemorizados, abandonaran el país en masa.
En este contexto de crisis, se eligió una asamblea para redactar una nueva constitución que recogiera las lecciones aprendidas y que sustituyera a la actual, inspirada en la constitución danesa.
Para ello, en vez de llamar a expertos y políticos, Islandia ha decidido recurrir directamente al pueblo, soberano, al fin y al cabo, de las leyes. Más de 500 islandeses se presentaron candidatos para participar en este ejercicio de democracia directa y redactar la constitución, de los cuales fueron elegidos 25 ciudadanos sin filiación política entre los que hay abogados, estudiantes, periodistas, granjeros, representantes sindicales…
Entre otras novedades, esta constitución está llamada a proteger como ninguna otra las libertades de información y de expresión con la llamada Iniciativa Islandesa Moderna para Medios de Comunicación, un proyecto de ley que pretende hacer del país un refugio seguro para el periodismo de investigación y la libertad de información donde se protejan fuentes, periodistas y proveedores de Internet que alojen información periodística.
Será el pueblo, por una vez, el que decida sobre el futuro del país mientras banqueros y políticos asistan (algunos desde la cárcel) a la transformación de una nación, pero desde la barrera.
http://www.elconfidencial.com/mundo/2011/islandia-castiga-banqueros-culpables-crisis-20110319-76299.html
Notícias muito pouco divulgadas...sabe-se lá qual a razão....
Alejandra Abad
El Confidencial
La gran mayoría de la población occidental sueña desde 2008 con decir “no” a los bancos, pero nadie se ha atrevido a hacerlo. Nadie, salvo los islandeses, que han llevado a cabo una revolución pacífica que ha conseguido no sólo tumbar un gobierno y redactar una nueva constitución, si no encarcelar a los responsables de la debacle económica del país.
La semana pasada fueron detenidas 9 personas en Londres y en Reikjiavik (capital de Islandia) por sus responsabilidad en el colapso financiero de Islandia en 2008, una profunda crisis que devino en una reacción ciudadana sin precedentes que cambió el rumbo del país.
Ha sido la revolución sin armas de Islandia, el país que acoge a la democracia más antigua del mundo (desde el año 930), y cuyos ciudadanos han logrado cambiar a base de manifestaciones y caceroladas. ¿Y por qué el resto de los países occidentales ni siquiera se ha enterado?
La presión ciudadana islandesa ha conseguido no sólo tumbar un gobierno, si no redactar una nueva constitución (en proceso) y meter en la cárcel a los banqueros responsables de la crisis del país. Como se suele decir, si se piden las cosas con educación es mucho más fácil conseguirlas.
Este silencioso proceso revolucionario tiene su origen en 2008, cuando el gobierno islandés decidió nacionalizar los tres principales bancos, el Landsbanki el Kaupthing y el Glitnir, cuyos clientes eran principalmente ingleses, estadounidenses y americanos.
Tras la entrada del Estado en el capital la moneda oficial (krona), se desplomaba y la bolsa suspendía su actividad tras un hundimiento del 76%. Islandia entraba en bancarrota y para salvar la situación, el Fondo Monetario Internacional (FMI) inyectaba 2.100 millones de dólares y los países nórdicos ayudaban con otros 2.500 millones.
Las grandes pequeñas victorias de la gente de a pie
Mientras bancos y autoridades locales y extranjeras buscaban a la desesperada soluciones económicas, el pueblo islandés se echó a la calle y con sus insistentes manifestaciones diarias frente al parlamento de Riekjavik provocó la dimisión del primer ministro, el conservador Geir H. Haarden, y de todo su gobierno en bloque.
Los ciudadanos exigían, además, que se convocaran elecciones anticipadas, y lo consiguieron. En abril salió elegido por votación un gobierno de coalición formado por la Alianza Social-demócrata y el Movimiento de Izquierda Verde, encabezado por una nueva Primera Ministra, Jóhanna Sigurðardóttir.
Durante todo el 2009 la economía islandesa continuó en situación precaria (cerraría el año con una caída del 7% del PIB) pero, pese a ello, el Parlamento propuso la devolución de la deuda a Gran Bretaña y Holanda mediante el pago de 3.500 millones de euros, una suma que debían pagar todas las familias islandesas mensualmente durante 15 años al 5,5% de interés.
La medida provocó de nuevo la ira de los islandeses, que volvieron a tomar las calles exigiendo que, al menos, esa decisión fuera sometida a referéndum. Otra nueva pequeña gran victoria de las protestas callejeras: en marzo de 2010 se celebraba esa votación y un aplastante 93% de la población se negaba a devolver la deuda, al menos en esas condiciones.
Con ello consiguieron que los acreedores se repensaran el acuerdo y lo mejorara, ofreciendo los intereses al 3% y el pago a 37 años. Ni siquiera eso ha sido suficiente, el presidente actual, al ver que el Parlamento aprobaba este acuerdo por un margen muy estrecho, decidió el mes pasado no sancionarlo y llamar de nuevo a los islandeses a votar en referéndum para que sean ellos los que tengan la última palabra.
Los banqueros huyen atemorizados
Volviendo a la tensa situación de 2010, mientras los islandeses se negaban a pagar una deuda que habían contraído los tiburones financieros sin preguntarles, el Gobierno de coalición había iniciado una investigación para dirimir jurídicamente las responsabilidades de la fatal crisis económica y ya se había detenido a varios banqueros y altos ejecutivos estrechamente relacionados con las operaciones de riesgo.
La Interpol, por su lado, había dictado una orden internacional de arresto contra el expresidente del Parlamento, Sigurdur Einarsson. Esta situación hizo que banqueros y ejecutivos, atemorizados, abandonaran el país en masa.
En este contexto de crisis, se eligió una asamblea para redactar una nueva constitución que recogiera las lecciones aprendidas y que sustituyera a la actual, inspirada en la constitución danesa.
Para ello, en vez de llamar a expertos y políticos, Islandia ha decidido recurrir directamente al pueblo, soberano, al fin y al cabo, de las leyes. Más de 500 islandeses se presentaron candidatos para participar en este ejercicio de democracia directa y redactar la constitución, de los cuales fueron elegidos 25 ciudadanos sin filiación política entre los que hay abogados, estudiantes, periodistas, granjeros, representantes sindicales…
Entre otras novedades, esta constitución está llamada a proteger como ninguna otra las libertades de información y de expresión con la llamada Iniciativa Islandesa Moderna para Medios de Comunicación, un proyecto de ley que pretende hacer del país un refugio seguro para el periodismo de investigación y la libertad de información donde se protejan fuentes, periodistas y proveedores de Internet que alojen información periodística.
Será el pueblo, por una vez, el que decida sobre el futuro del país mientras banqueros y políticos asistan (algunos desde la cárcel) a la transformación de una nación, pero desde la barrera.
http://www.elconfidencial.com/mundo/2011/islandia-castiga-banqueros-culpables-crisis-20110319-76299.html
A cereja no cimo do bolo
Quer Marcelo Rebelo de Sousa, quer Bagão Félix, certamente que exprimindo o pensamento de muita gente do centro/direita no nosso país, vêm agora defender que talvez haja uma solução alternativa melhor do que o chumbo do PEC4, na próxima 4ª feira, na Assembleia da República.
Dizem eles que na defesa dos superiores interesses do país a solução alternativa passaria pela aprovação deste PEC4 e Sócrates se comprometer de seguida, com a sua demissão e o pedido de marcação de eleições, tal como aconteceu na Irlanda.
Desta forma aprovava-se mais este pacote de medidas, que a direita ao ir para o poder com mais ou menos molho vai ter de implementar e, de seguida em eleições varria-se o PS do poder, não tendo de assumir então o ónus da implementação dessas medidas.
Seria a cereja no cimo do bolo.
Dizem eles que na defesa dos superiores interesses do país a solução alternativa passaria pela aprovação deste PEC4 e Sócrates se comprometer de seguida, com a sua demissão e o pedido de marcação de eleições, tal como aconteceu na Irlanda.
Desta forma aprovava-se mais este pacote de medidas, que a direita ao ir para o poder com mais ou menos molho vai ter de implementar e, de seguida em eleições varria-se o PS do poder, não tendo de assumir então o ónus da implementação dessas medidas.
Seria a cereja no cimo do bolo.
19 de março de 2011
Líbia:kadafi ou o petróleo?
Com as posições de Pilatos da China ,Rússia ,Brasil Alemanha e a postura de canish do governo português a Onu deu luz verde ao saque do petróleo Líbio em nome da defesa do povo Líbio....,
O prémio Nobel da paz Obama,encontrou o pretexto para os bombardeamentos humanitários com o auxilio de Sarkozi e Decameron.Voltámos à política de canhoneira.
Indicamos alguns sítios com artigos interessantes: Libya, Hypocrisy and Betrayal by the United Nations
By Felicity Arbuthnot
Shame on France, shame on Britain and the US and a UN avowed: "... to save succeeding
generations from the scourge of war. Every shattered body, every child maimed or
blown to bits, every widow, widower, orphan, will have their name of those countries,
and the UN., written in their blood in their place of death. http://www.informationclearinghouse.info/article27727.htm
Libya, Hypocrisy and Betrayal by the United Nations]omo estaba previsto, la coalición imperial EEUU-Gran Bretaña-Francia anunció que inició sus operaciones contra Libia bombardeando "objetivos militares" bajo el argumento de "proteger a civiles" de las tropas de Kadafi. La televisión Libia, por su parte informa que sectores civiles de Trípoli están siendo bombardeados por aviones de los "cruzados enemigos". La agencia oficial libia afirma que zonas residenciales fueron atacados con misiles que han dejado cuantiosos daños y victimas civiles. La operación militar se desencadenó tras una cumbre en París en la que EEUU y las potencias europeas -con Francia, Gran Bretaña como impulsores del ataque- con países de la Liga Árabe colaboracionista, definieron las modalidades de la intervención militar.
By Felicity Arbuthnot
Shame on France, shame on Britain and the US and a UN avowed: "... to save succeeding
generations from the scourge of war. Every shattered body, every child maimed or
blown to bits, every widow, widower, orphan, will have their name of those countries,
and the UN., written in their blood in their place of death. http://www.informationclearinghouse.info/article27727.htm
Libya, Hypocrisy and Betrayal by the United Nations]omo estaba previsto, la coalición imperial EEUU-Gran Bretaña-Francia anunció que inició sus operaciones contra Libia bombardeando "objetivos militares" bajo el argumento de "proteger a civiles" de las tropas de Kadafi. La televisión Libia, por su parte informa que sectores civiles de Trípoli están siendo bombardeados por aviones de los "cruzados enemigos". La agencia oficial libia afirma que zonas residenciales fueron atacados con misiles que han dejado cuantiosos daños y victimas civiles. La operación militar se desencadenó tras una cumbre en París en la que EEUU y las potencias europeas -con Francia, Gran Bretaña como impulsores del ataque- con países de la Liga Árabe colaboracionista, definieron las modalidades de la intervención militar.
Informe
IAR Noticias/
Agencias
La aviación francesa bombardeó el sábado territorio libio, en nombre de una coalición internacional encargada de aplicar una resolución de la ONU que ordena frenar la ofensiva del coronel Muamar Kadafi contra posiciones de rebeldes acorralados en Bengazi.
EEUU y Gran Bretaña se han incorporado a la operación militar contra Libia que este sábado iniciara Francia a las 17.45 horas. Se trata de la primera fase de la intervención militar denominada "Odisea al amanecer".
El Gobierno francés confirmó a las 18 horas el comienzo de las operaciones militares en aplicación de la resolución del Consejo de Seguridad de la ONU sobre el territorio de Libia. El primer ataque fue lanzado por aviones franceses que destrozaron cuatro tanques libios en el suroeste de la ciudad de Bengasi.
Tras la primera embestida aérea francesa, EEUU y Reino Unido han atacado desde el mar. Barcos de guerra y submarinos han lanzado 112 misiles de crucero contra los sistemas antimisiles libios y han alcanzado alrededor de 20 objetivos. Según ha informado el Pentágono, Canadá e Italia también se han unido al combate.
Un buque estadounidense lanzó misiles de crucero contra objetivos en territorio libio, según la cadena de televisión estadounidense CNN.
Anteriormente, el Pentágono había informado de que contaba con tres submarinos equipados con misiles Tomahawk en el Mediterráneo preparados para participar en las operaciones.
La fuente explicó en declaraciones bajo condición de anonimato que entre estas naves están los submarinos de ataque 'Newport News' y 'Providence' y que están acompañados por dos buques de la Armada.
Los misiles Tomahawk tienen capacidad para derribar aeronaves y para atacar objetivos en tierra como las defensas antiaéreas, señaló la fuente a la CNN.
Poco antes, la televisión libia indicó que centenares de libios se habían congregado en torno al cuartel general de Kadafi en Trípoli y a otros "blancos señalados por Francia", para protegerlos.
Anteriormente, el Pentágono había informado de que contaba con tres submarinos equipados con misiles Tomahawk en el Mediterráneo preparados para participar en las operaciones.
La fuente explicó en declaraciones bajo condición de anonimato que entre estas naves están los submarinos de ataque 'Newport News' y 'Providence' y que están acompañados por dos buques de la Armada.
Los misiles Tomahawk tienen capacidad para derribar aeronaves y para atacar objetivos en tierra como las defensas antiaéreas, señaló la fuente a la CNN.
Poco antes, la televisión libia indicó que centenares de libios se habían congregado en torno al cuartel general de Kadafi en Trípoli y a otros "blancos señalados por Francia", para protegerlos.
Un alto responsable libio calificó -según la CNN- la operación militaar occidental de "agresión bárbara" asegurando que los objetivos han sido civiles y militares. La misma fuente afirmó que hay "numerosas víctimas"y "graves daños materiales".
Por su parte la agencia oficial Jana informó que el ataque ha tenido lugar y que ambulancias han sido enviadas a la zona para evacuar a eventuales víctimas.
El almirante estadounidense Bill Gortney, anunció que la operación que acaba de arrancar tendrá "varias fases" y podría prolongarse durante "horas o días".
El primer ministro británico, David Cameron,afirmó que el despliegue militar inglés involucra además a jets de combate. La acción militar es "necesaria, legal y correcta", señaló.
La televisión CNN informó que los misiles han alcanzado la parte occidental del país, en objetivos situados cerca de Trípoli y Misrata, la tercera mayor ciudad del país. Los proyectiles se lanzaron desde navíos de la Marina estadounidenses situados en el Mediterráneo.
El presidente de EEUU, Barack Obama indicó desde Brasil que su país estaba preparado para "actuar con urgencia" a fin de proteger a la población libia de los ataques del régimen de Kadafi.Por su parte, el Ministerio libio de Exteriores amenazó con una respuesta militar contra las fuerzas occidentales en el Mediterráneo. Además, solicitó observadores internacionales en el conflicto.
La televisión oficial libia informó que un avión francés fue derribado por la defensa antiaérea libia en la región de Trípoli.
La misma cadena anunció, a última hora de la tarde, que zonas residenciales de Trípoli fueron blanco de ataques aéreos llevados a cabo por aviones "del enemigo cruzado".
La televisión CNN informó que los misiles han alcanzado la parte occidental del país, en objetivos situados cerca de Trípoli y Misrata, la tercera mayor ciudad del país. Los proyectiles se lanzaron desde navíos de la Marina estadounidenses situados en el Mediterráneo.
El presidente de EEUU, Barack Obama indicó desde Brasil que su país estaba preparado para "actuar con urgencia" a fin de proteger a la población libia de los ataques del régimen de Kadafi.Por su parte, el Ministerio libio de Exteriores amenazó con una respuesta militar contra las fuerzas occidentales en el Mediterráneo. Además, solicitó observadores internacionales en el conflicto.
La televisión oficial libia informó que un avión francés fue derribado por la defensa antiaérea libia en la región de Trípoli.
La misma cadena anunció, a última hora de la tarde, que zonas residenciales de Trípoli fueron blanco de ataques aéreos llevados a cabo por aviones "del enemigo cruzado".
Tras la cumbre de París, el presidente francés, Nicolas Sarkozy, anunció: "En acuerdo con nuestros socios, nuestras fuerzas aéreas se opondrán a cualquier agresión de los aviones del coronel Kadafi contra la población de Bengasi. Desde ahora nuestros aviones impiden ataques aéreos contra esa ciudad".
"Otros aviones franceses están ya preparados para intervenir contra blindados que amenacen a civiles desarmados", agregó el mandatario anfitrión del cónclave en el que participaron entre otros el secretario de la ONU, Ban Ki-moon, la secretaria de Estado estadounidense, Hillary Clinton, al primer ministro británico David Cameron, su par alemana, Angela Merkel y al presidente del Gobierno español, José Luis Rodríguez Zapatero.
"Nuestra coalición está lista para actuar", anunció el presidente estadounidense, Barack Obama, en declaraciones desde Brasilia, donde realiza una visita oficial.
La colaboracionista Liga Árabe, por su parte ya había aprobado la imposición de una zona de exclusión aérea sobre Libia; Qatar, miembro de esa entidad, confirmó que participará en el operativo militar, suministrando aviones.
El inicio de la ofensiva internacional provocó disparos de celebración en la ciudad rebelde de Al Marj, a 100 km de Bengasi, la capital de los insurgentes, indicaron periodistas de la AFP.
"Otros aviones franceses están ya preparados para intervenir contra blindados que amenacen a civiles desarmados", agregó el mandatario anfitrión del cónclave en el que participaron entre otros el secretario de la ONU, Ban Ki-moon, la secretaria de Estado estadounidense, Hillary Clinton, al primer ministro británico David Cameron, su par alemana, Angela Merkel y al presidente del Gobierno español, José Luis Rodríguez Zapatero.
"Nuestra coalición está lista para actuar", anunció el presidente estadounidense, Barack Obama, en declaraciones desde Brasilia, donde realiza una visita oficial.
La colaboracionista Liga Árabe, por su parte ya había aprobado la imposición de una zona de exclusión aérea sobre Libia; Qatar, miembro de esa entidad, confirmó que participará en el operativo militar, suministrando aviones.
El inicio de la ofensiva internacional provocó disparos de celebración en la ciudad rebelde de Al Marj, a 100 km de Bengasi, la capital de los insurgentes, indicaron periodistas de la AFP.
Venezuela, Rusia y Cuba condenaron la decisión de la coalición internacional de atacar Libia para poner fin al régimen de Muamar Gadafi. Criticaron el poderío militar de la OTAN y exigieron el cese inmediato del fuego.
El presidente venezolano, Hugo Chávez, exigió el cese el fuego "en el norte de África" al referirse al inicio de las operaciones militares en aplicación de la resolución del Consejo de Seguridad de la ONU sobre el territorio de Libia.
"Ya me informaron que se inició la acción militar contra Libia, más muertes, más guerra, los señores de la guerra, qué irresponsabilidad", dijo Chávez y agregó: "exigimos un cese al fuego de verdad y que se retome el camino de la paz en el norte de África".
"Que se acabe la imposición de los señores de la guerra detrás de esto están EEUU y sus aliados europeos", dijo el mandatario venezolano y subrayó que Venezuela había hecho esfuerzos para lograr que este conflicto se resolviera pacíficamente.
Por su parte, el ex presidente de Cuba Fidel Castro consideró que el "poderío" militar de la OTAN sobra y es "estúpido", en un nuevo artículo publicado hoy en medios locales donde también se pregunta para qué existe el Consejo de Seguridad de la ONU e ironiza sobre sus funciones.
En la última de sus "Reflexiones", titulada "Certificado de buena conducta", Fidel Castro cuestiona el papel de la OTAN y dice que su "poderío estúpido sobra" porque "no se usaría, ni puede usarse: harían falta decenas de planetas como la tierra. Solo sirve para demostrar el derroche y el caos engendrados por el capitalismo".
Por último, Rusia lamentó y condenó la intervención militar extranjera en Libia, según afirmó Alexandre Lukashevich, portavoz del ministerio ruso de Relaciones Exteriores en un comunicado.
El presidente venezolano, Hugo Chávez, exigió el cese el fuego "en el norte de África" al referirse al inicio de las operaciones militares en aplicación de la resolución del Consejo de Seguridad de la ONU sobre el territorio de Libia.
"Ya me informaron que se inició la acción militar contra Libia, más muertes, más guerra, los señores de la guerra, qué irresponsabilidad", dijo Chávez y agregó: "exigimos un cese al fuego de verdad y que se retome el camino de la paz en el norte de África".
"Que se acabe la imposición de los señores de la guerra detrás de esto están EEUU y sus aliados europeos", dijo el mandatario venezolano y subrayó que Venezuela había hecho esfuerzos para lograr que este conflicto se resolviera pacíficamente.
Por su parte, el ex presidente de Cuba Fidel Castro consideró que el "poderío" militar de la OTAN sobra y es "estúpido", en un nuevo artículo publicado hoy en medios locales donde también se pregunta para qué existe el Consejo de Seguridad de la ONU e ironiza sobre sus funciones.
En la última de sus "Reflexiones", titulada "Certificado de buena conducta", Fidel Castro cuestiona el papel de la OTAN y dice que su "poderío estúpido sobra" porque "no se usaría, ni puede usarse: harían falta decenas de planetas como la tierra. Solo sirve para demostrar el derroche y el caos engendrados por el capitalismo".
Por último, Rusia lamentó y condenó la intervención militar extranjera en Libia, según afirmó Alexandre Lukashevich, portavoz del ministerio ruso de Relaciones Exteriores en un comunicado.
18 de março de 2011
O PEQUENO DICIONÁRIO CRÍTICO – 3
3 - É MAIS BARATO IMPORTAR DO QUE PRODUZIR? –I (*)
Consideremos uma produção importada que custa 100, e que uma produção nacional equivalente tem o preço de mercado, de 120. Portanto mais 20%.
Consideremos que a produção nacional pode decompor-se assim:
C (capital fixo) – 60, dos quais: | |
C importado | 30 |
C produção nacional | 30 |
V (salários) | 30 |
M (mais-valia) | 30 |
TOTAL | 120 |
Vejamos as coisas tendo em consideração, o lado macroeconómico e social da economia.
ANÁLISE DO PONTO DE VISTA DOS CUSTOS
Considerando que existe uma divida externa que é paga com 7% de juros, as importações terão de ser valorizadas com um factor de 1,07.
Portanto o custo macroeconómico e social das importações será:
30X1,07 = 32,1.
- Ora a componente de produção nacional tem também uma parte importada que vou considerar na mesma proporção (0,25%) do preço total. Assim a componente importada na parte C da produção nacional corresponde a:
30X0,25X1,07 = 8,03
- Os restantes 30X0,75 repartem-se na sociedade por salários e mais-valia.
Havendo desemprego, estagnação económica, baixo nível de poupança e investimento, o acréscimo de produção permite reduzir o desemprego, o Estado deixa de pagar subsídios (como deveria pagar…), passa a receber mais impostos, além de outros factores estratégicos, mais adiante discriminados, mas que não fazemos intervir aqui. Assim o valor social atribuído ao rendimento distribuído pela produção nacional será – vou admitir – 0,5 do seu custo empresarial. Por outras palavras, valorizo em 50% o benefício social e macroeconómico do rendimento distribuído. Assim, em termos de custo social devo contabilizar:
30X0,75X0,5=11,25
Logo, do ponto de vista social o valor de C será
C = 32,1 + 8,03 + 11,25 = 51,38
Salários
Pelas razões apontadas quanto à redução do desemprego, melhoria da distribuição do rendimento, etc., o seu custo/benefício social é de 0,5.
S = 30 X 0,5 = 15
Mais valia
M incorpora o lucro empresarial, os impostos e os juros necessários ao financiamento da produção. Note-se ainda que no nosso país estamos actualmente numa situação de subaproveitamento das capacidades produtivas e desemprego, pelo que regra geral não seriam necessários novos investimentos de raiz.
Se tal for necessário o cálculo passaria a ter como análise prévia a avaliação da eficiência social dos investimentos, que é no fundamental uma escolha entre várias opções de aplicação dos fundos disponíveis
Assim, vou considerar que o custo social de M, terá um coeficiente de 0,5. O que nas condições de justa tributação e correctas políticas de crédito, adequada defesa da produção nacional, controlo da transferência de capitais para o exterior, será adequado e sobretudo válido no caso de PME’s.
M = 30 X 0,5 = 15
O custo social total da minha produção nacional será portanto:
32,1 + 8,03 + 11,25 + 15 + 15 = 81,38
Ou seja, a produção nacional era mais cara 20%, porém na realidade do ponto de vista social, macroeconómico, será de 107 / 81,38 = 1,31, ou seja, 31 % mais cara.
Outros factores de natureza social podiam ter sido introduzidos, melhorando a avaliação a favor da produção nacional, aspectos que na teoria das “vantagens comparadas” não existem, como:
- Redução dos desequilíbrios regionais
- Redução das desigualdades sociais (redistribuição do rendimento)
- Melhoria da estrutura produtiva
- Aproveitamento de recursos nacionais
- Desenvolvimento tecnológico
- Potencial de aumento das exportações
- Redução das dependências
São factores de natureza estratégica que devem ser considerados muito especialmente nas decisão de investimento público ou nos apoios a conceder ao investimento privado.
(*) – O problema da dívida radica em algo muito mais simples e evidente: nos défices da Balança Comercial. Não dizemos que seja a única causa, mas é a fundamental: a tal condição “sine qua non").
__________
A seguir: 4 - É mais barato importar do que produzir? –II
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