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11 de março de 2011

A vigarice continua

Trichet, Merkel, Agências de Notação.

1-A agência de notação moodys baixou a notação à Espanha,depois de o ter feito na semana passada à Grécia.As agências de notação são uma extensão do capital financeiro anglo- saxónico servindo os seus interesses e os do dólar e da libra inglesa. Por vezes para dar um ar de seriedade e independência estas agências ameaçam os E.U. e o Reino Unido, mas o que é certo e que até agora nunca o fizeram...
Mais uma vez depois da casa assaltada a Comissão europeia disse que ia regular a actividade destas agências na Europa....
2 Depois da vassalagem prestada por Sócrates à Merkel foi afirmado que as declarações desta sobre as medidas do governo iriam contribuir para acalmar os mercados.Os mercados pararam a progressão das taxas de juro por algum tempo,mas logo no dia seguinte O senhor Trichet admitia subir as taxas de juro na próxima reunião do BCE e as taxas de juro para o nosso país , bem como para os restantes países com problemas de dívida pública ,dispararam.E ninguém lhe apresenta a factura!
O sr Trichet argumentou tal aumento em perspectiva com as pressões inflacionistas e o facto de que estas ameaçam desencadear pressões salariais. Clarinho! As "pressões"salariais é que o preocupam e designadamente na Alemanha país que juntamente com a Inglaterra teve a maior progressão inflacionista.O acréscimo na factura que Portugal e os outros países pagaram com as suas declarações é-lhe totalmente indiferente.
Como informou a OCDE a taxa de inflação sem os preços do petróleo está a um nível inferior á verificada em 2008 quando em plena crise o BCE resolveu aumentar as taxas de juro dando mais uma machadada na economia.Na zona euro os preços aumentaram2,3% em Janeiro, contra 2,2 em Dezembro .Nada de significativo em média.Se houver um novo aumento das taxas de juro será uma nova machadada no já frágil crescimento da União Europeia o que ,conjuntamente com os elevados preços de petróleo será se traduzirá em novas e acrescidas dificuldades para muitas empresas para os assalariados em geral, e para os países endividados como Portugal

3-Os juros da nossa dívida pública são incomportáveis e t~em também atingido novos máximos na Grécia e na Irlanda a mostrar que o FMI não lhes resolveu coisa nenhuma,antes pelo contrário.
Portugal ,Irlanda ,Grécia e Espanha tem estado com estas taxas de juro agiotas a contribuir para a recuperação do sistema financeiro Alemão e Francês e a pagar as reformas de franceses e alemães ...Um roubo que conta com a conivência De Merkel e Sarcozi e com a subserviência de Sócrates, Cavaco e passos Coelho...

4-As novas medidas de austeridade agora anunciadas para serem exibidas ao Directório das grandes potências, são uma clara expressão de subserviência e do ciclo vicioso recessivo a que esta política nos conduziu.

5-E tudo isto quando ao mesmo tempo o Primeiro Ministro afirmava na Assembleia da Republica que não ia fazer com que a banca pagasse a sua contribuição para a crise com o descarado argumento de que esta não poderia ficar em inferioridade competitiva.Mas quando se trata das pequenas e médias empresas em relação aos combustíveis á energia eléctrica ,ao Iva,tal argumento já não se aplica...

6-Isto está mesmo a precisar de uma grande vassourada...

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