Ontem quer o Negócios, quer o Diário Económico publicavam dois suplementos, sem o título de publicidade paga, em que se procurava quer num, quer noutro, lançar a dúvida e o receio das aplicações nos certificados de aforro e Títulos do Tesouro ao mesmo tempo que se fazia a apologia dos depósitos a prazo na banca.
Segundo esta publicidade mal disfarçada a renegociação da dívida portuguesa – e davam como exemplo o caso da Grécia -, poderia ter lugar.
Reparem que quando se trata de lançar o pânico e levar a água ao seu moinho os banqueiros já acenam com o papão da renegociação da dívida.
Segundo estes uma renegociação ou reestruturação também atinge as poupanças colocadas no Estado, pois segundo doutos (!) juristas ouvidos para o efeito os credores teriam de ser taxados da mesma maneira “. Todos deveriam sofrer uma “perda semelhante” e concluíam doutamente que “Tal acção como os restantes instrumentos da dívida pública, também os certificados poderiam ver o capital, a taxa de juro e a maturidade alteradas”. Fantástico!
A dívida pública é interna e externa e o que se pretende renegociar é a dívida pública externa.
No caso da interna a renegociação poderia fazer-se com os bancos que andaram e andam a receber do Estado taxas de juro de 6 e 7% e que se serviram desses títulos como garantia para irem buscar dinheiro ao BCE a 1%.! .Basta de vigarice. Basta de hipocrisia. Mas sobre isto o governo nada diz,não quer enfrentar a banca e assim, por omissão ,colabora com esta manobra de descredito dos títulos de poupança do Estado
A Banca não olha a meios para atingir os seus fins . Querem mais lucros à custa do povo e do país. E o governo diz amen.
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