O Ministério das Relações Exteriores (Chancelaria) do México acusou o Secretário-Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, de intervir nos assuntos internos dos países membros.
A advertência mexicana veio após a declaração da OEA sobre um suposto abuso de mecanismos judiciais por parte do Governo da Bolívia na prisão dos golpistas , acusados de vários crimes relacionados com a derrubada de Evo Morales.
Em nota à imprensa, o Ministério das Relações Exteriores do México solicitou à Secretaria-Geral da OEA que "aborde o caráter colegiado de seu mandato" e não fale em nome de todos os países membros.
Também exigiu, de acordo com o direito internacional, "não intervir nos assuntos internos dos Estados membros" da organização.
O México emitiu esta posição depois que a Secretaria-Geral da organização acusou a Bolívia de usar os mecanismos judiciais como "instrumentos repressivos do partido no poder".
O Ministério das Relações Exteriores do México instou a Secretaria liderada por Almagro a se abster de fazer "pronunciamentos unilaterais" em nome de toda a organização.
Além disso, o México pediu ao órgão que "evite confrontar um governo eleito democraticamente como o da Bolívia".
Nesse sentido, advertiu que o comunicado da Secretaria-Geral "abre um precedente perigoso" para uma Organização criada com o objetivo de buscar "consensos".
O pronunciamento do México está de acordo com as posições do Governo boliviano, que informou que Luis Almagro meios pela sua responsabilidade no golpe contra Evo Morales.
Na mesma linha, o presidente da Argentina, Alberto Fernández, considerou que se o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, "tivesse um mínimo de dignidade, se afastaria".
Também o Grupo Puebla, formado por presidentes, ex-presidentes e lideranças progressistas da América Latina, destacou que Almagro carece de "autoridade moral" depois do papel que desempenhou em 2019.
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