Turquia provoca a maior queda da bolsa italiana em dois anosAs bolsas europeias fecharam com quedas acentuadas, com destaque para a praça italiana, que caiu mais de 2% e atingiu mínimos de Julho de 2017. A contribuir para este cenário está o intensificar da tensão geopolítica entre os EUA e a Turquia. Ao mesmo tempo que Recep Tayyip Erdogan apelava aos turcos para trocarem ouro e dólares por liras, de forma a ajudar a sustentar a economia da Turquia, Donald Trump anunciava a duplicação das tarifas impostas às importações de alumínio e aço deste país.
Este contexto provocou fortes quedas nos activos turcos. Mas não só. A exposição, em especial, de bancos à Turquia, causou um efeito dominó nas bolsas europeias. O Stoxx600, que agrega as 600 maiores cotadas europeias, fechou o dia a cair 1,07% para 385,86 pontos.
A bolsa nacional, que estava a subir há quatro dias seguidos, não escapou e o PSI-20 fechou a perder 0,24%, uma queda que foi, ainda assim, a menor entre os principais índices.
Turquia empurra juros italianos para perto de 3%
O efeito turco desta sexta-feira nos mercados também chegou às dívidas soberanas. Os juros da dívida a dez anos de Portugal sobem 1,7 pontos base para 1,784% e os de Espanha aumentam 1,3 pontos base para os 1,407%, mas é a dívida italiana a que mais sofre. Os juros a dez anos da dívida de Itália avançam 10,1 pontos base para os 2,998%, próximos dos 3% em que as "yields" negociaram no pico da crise política em Junho.
Actualmente, o que está em causa é o risco de contágio da Turquia nos países europeus. No caso de Itália o banco Unicredit é dos mais expostos. As acções da cotada estão a sofrer, o que também está a penalizar a bolsa de Milão. Acresce que a resiliência financeira dos próprios bancos - que detêm grande parte da dívida pública de Itália - já está a sofrer com a oscilação do valor da dívida italiana, relata a Bloomberg
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