Miguel Relvas está a trabalhar com investidores que querem comprar a Altice Portugal (ex-PT), dona da Meo, cuja venda é dada como certa, revela o "Expresso", este sábado.
Contactado pelo semanário, Relvas disse que, para já, "não há nada".
Segundo o "Expresso", o ex-ministro e actual consultor internacional poderá contar nesta operação com o seu amigo e sócio Ricardo Santos Silva, investidor e gestor de fundos a partir da praça financeira de Londres, numa solução que deverá ser alargada a um sindicato de fundos.
Ricardo Santos Silva já esteve com Relvas na Pivot, empresa de que o ex-ministro foi accionista e que tentou, sem sucesso, comprar o banco Efisa. E desde Maio que estão juntos na tecnológica norte-americana Dorae, onde Relvas desempenha funções como director de Política e Sustentabilidade.
Na altura, em comunicado, a Dorae escreveu que "20 anos de experiência [de Miguel Relvas] como político, onde o trabalho muitas vezes passa por encontrar bases comuns entre o interesse público e o interesse privado, e a experiência na construção de redes de contactos que potenciam o crescimento económico" fazem dele um "parceiro de excelência".
Com uma dívida superior a 50 mil milhões de euros, a Altice tem vindo a vender activos no quadro de um forte programa de reestruturação. Em Portugal, ainda há dois meses anunciou a venda das três mil torres de telecomunicações que tinha no nosso país, o que lhe permitiu encaixar 660 milhões de euros.
Os prejuízos da Meo aumentaram bastante em 2017, atingindo os 157 milhões de euros, contra 13,2 milhões no ano anterior. Segundo o diário "Público", este agravamento resulta da factura com juros, da comissão anual da Altice, do aumento dos custos com conteúdos, da redução de efectivos e da queda das receitas.
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