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14 de novembro de 2018

A escravatura da dívida

Até para se reduzir a dívida ao FMI precisamos da aprovação dos credores. Grande soberania a nossa !
O IGCP encaixou 1.250 milhões de euros com a emissão de obrigações com maturidade a 5 e 10 anos. O dinheiro servirá para efectuar mais um reembolso ao FMI, cuja aprovação ainda está pendente junto dos credores europeus.
omo explicou o IGCP na semana passada, o encaixe desta operação de financiamento servirá para "pagar antecipadamente parte do empréstimo do FMI". De acordo com o Conselho das Finanças Públicas, o reembolso será de dois mil milhões de euros: haverá "um pagamento antecipado de dois mil milhões de euros a realizar até ao final do ano corrente", lia-se na análise ao OE 2019 divulgada ontem. 

Contudo, antes de se concretizar, o processo tem ainda de passar pelas instituições. O Negócios sabe que o Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE) já recebeu o pedido das autoridades portuguesas, mas o processo ainda não chegou ao fim. Ou seja, Portugal ainda não tem o 'sim' dos credores europeus para poder fazer um reembolso antecipado ao FMI sem pagar também os empréstimos do MEE (ESFM/EFSF).

Questionado pelo Negócios, o Ministério das Finanças diz apenas que "o Governo está a prosseguir o trabalho com os parceiros europeus para concluir o processo de autorização de amortização do montante em dívida ao FMI". Para já, o Fundo ainda não foi contactado. 

Um porta-voz da entidade liderada por Christine Lagarde refere que "o FMI sabe que a intenção geral das autoridades portuguesas é fazer mais pagamentos antecipados". Contudo, para já, o Fundo diz não ter sido "informação dos detalhes de uma operação" que possa ocorrer em breve. 


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