- A ideologia dos khmers vermelhos nada tinha de comunista, embora se apelidassem de vermelhos;
- O genocídio praticado pelos khmers vermelhos, que roubou a vida a mais de dois milhões de pessoas, foi antecedido pelo genocídio praticado pelos americanos que roubou a vida a entre 500 mil a 750 mil pessoasno Camboja e que atirou milhares de cambojanos para os braços dos Kmers De facto, este último foi causa próxima do primeiro;
- O fim do genocídio, a libertação do Camboja do pesadelo dos khmers vermelhos, deveu-se, essencialmente, à intervenção dos comunistas vietnamitas;
- Após a libertação do Camboja os governos dos EUA e do Reino Unido foram, juntamente com a China maoista, os grandes apoiantes dos khmers vermelhos. Apoiantes dos assassinos em todos os planos: militar, económico e diplomático.
A força dos khmers vermelhos até 1974 foi sempre muito reduzida. Num recontro dos guerrilheiros contra forças governamentais de Sihanouk, em 1969, Pol Pot afirmou na altura que as suas forças eram de 150 homens mas que só menos de metade podiam lutar porque os outros não tinham armas
A postura dúbia de Sihanouk face à guerra movida pelo imperialismo ianque contra as forças patrióticas dos comunistas vietnamitas, valeu-lhe a remoção do poder num golpe de estado orquestrado pela CIA em Março de 1970 ([10]). Foi substituído pelo reaccionário general Lon Nol, uma marionete da administração americana.
Em menos de dois meses o Camboja foi invadido por uma força de 30.000 soldados americanos e 40.000 sul-vietnamitas. Depois de alguns ataques a bases guerrilheiras efectuados pelos americanos com helicópteros, os conselheiros militares americanos pressionaram Lon Nol a retirar todas as forças militares das províncias nordestinas ([6]). Os americanos desejavam flagelar com bombardeamentos as rotas cambojanas de abastecimento do vietcong procurando fazer de Phnom Penh um baluarte militar com essa finalidade. Eram as vias de abastecimento do vietcong que preocupavam os EUA; não as diminutas forças dos khmers vermelhos.
A retirada das forças governamentais (9.000 soldados) das províncias nordestinas beneficiou os khmers vermelhos, cujos dirigentes se apressaram a declarar as quatro províncias como «zona libertada». Por outro lado, Sihanouk e seus seguidores, na sua oposição a Lon Nol, aliaram-se aos khmers vermelhos (!) o que aumentou a projecção internacional destes.
Segundo um artigo da Newsweek de 1983 «Através da CIA a China está a apoiar as forças estacionadas na floresta do assassino Pol Pot». China e CIA de braço dado.
- Depois do "Irangate" os ingleses passaram em 1989 a apoiar militarmente os khmers vermelhos, num arranjo entre Reagan e Thatcher. Conforme revelou um elemento do SAS (Special Air Service; forças militares especiais) em 1991: «Nós treinámos os khmers vermelhos em muitas questões técnicas – muito sobre minas. [...] Até treino psicológico lhes demos. Primeiro eles queriam ir aos povoados e simplesmente cortar as pessoas aos bocados. Dissemos-lhes como avançar com calma...» De início as autoridades inglesas mentiram sobre o seu envolvimento no Camboja. Só em Junho de 1991, depois de dois anos de mentiras, o governo inglês reconheceu finalmente que o SAS tinha estado secretamente a treinar os khmers vermelhos. Disse assim Rae McGrath que compartilhou o Prémio Nobel pela campanha contra as minas terrestres e estudou a fundo o envolvimento do SAS no Camboja: «O treino do SAS foi uma política ciminosamente irresponsável e cínica».
- Em 1989 Sihanouk recebeu relatórios dos serviços secretos referindo «Conselheiros dos EUA nos campos dos khmers vermelhos na Tailândia,... Os homens da CIA estão a ensinar direitos humanos aos khmers vermelhos!».
- A aliança EUA-China maoista era profunda . Segundo um artigo da Newsweek de 1983 «Através da CIA a China está a apoiar as forças estacionadas na floresta do assassino Pol Pot». China e CIA de braço dado.
- Depois do "Irangate" os ingleses passaram em 1989 a apoiar militarmente os khmers vermelhos, num arranjo entre Reagan e Thatcher. Conforme revelou um elemento do SAS (Special Air Service; forças militares especiais) em 1991: «Nós treinámos os khmers vermelhos em muitas questões técnicas – muito sobre minas. [...] Até treino psicológico lhes demos. Primeiro eles queriam ir aos povoados e simplesmente cortar as pessoas aos bocados. Dissemos-lhes como avançar com calma...» De início as autoridades inglesas mentiram sobre o seu envolvimento no Camboja. Só em Junho de 1991, depois de dois anos de mentiras, o governo inglês reconheceu finalmente que o SAS tinha estado secretamente a treinar os khmers vermelhos. Disse assim Rae McGrath que compartilhou o Prémio Nobel pela campanha contra as minas terrestres e estudou a fundo o envolvimento do SAS no Camboja: «O treino do SAS foi uma política ciminosamente irresponsável e cínica».
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