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19 de outubro de 2025

Um vídeo a ver e um texto que vale a pena ser lido

1 Quanto milhares de mulheres enfrentam dificuldades reais, o Chega prefere inventar inimigos e semear o ódio."

Paula Santos
 Vê aqui a intervenção completa de Paula Santos:
 https://pcp.pt/nao-cabe-ao-estado-estabelecer-que-mulheres-podem-ou-nao-vestir

2 No véu ,no sexo ,na religião e costumes.

1. A Defesa e Exigência do Véu: Uma Perspectiva Histórica e Teológica tendo por pano de fundo o sexo

A prática do véu (também chamado de mantilha, chapéu ou, mais tecnicamente, "véu de cabeça") na Igreja Católica tem raízes bíblicas e tradicionais.

a) Base Bíblica:
O texto fundamental é daPrimeira Epístola de São Paulo aos Coríntios, capítulo 11, versículos 2-16. Nesta passagem, Paulo estabelece uma ordem simbólica para a oração e a profecia:

· Cabeça de todo homem: Cristo.
· Cabeça da mulher: o homem.
· Cabeça de Cristo: Deus (Pai).

Paulo argumenta que um homem que ora ou profetiza com a cabeça coberta "desonra a sua cabeça" (Cristo). Por outro lado, "toda mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça" (o homem/marido).

Aqui, o véu é um sinal de autoridade sobre a cabeça da mulher, "
 O véu era uma prática comum para mulheres cristãs, tanto dentro como fora da igreja, refletindo também os costumes sociais da época no Mediterrâneo Oriental.
· Idade Média e Moderna: Tornou-se uma regra universal e obrigatória na Igreja Latina. Foi depois justificado como um sinal de modéstia, piedade e distinção das mulheres cristãs mas no fundo estava o sexo
· Século XX - Concílio Vaticano II (1962-1965): Este foi o ponto de viragem. O Código de Direito Canônico de 1917 ainda obrigava o véu. No entanto, após o Concílio, houve uma grande reforma litúrgica e uma revisão das disciplinas eclesiásticas. O novo Código de Direito Canônico de 1983 não menciona mais a obrigatoriedade do véu para as mulheres.
· Situação Atual: Na maior parte do mundo, o uso do véu não é mais obrigatório pela lei universal da Igreja. A decisão de usá-lo ou não é geralmente deixada aos costumes locais, à sensibilidade pessoal e aos regulamentos específicos de cada diocese ou paróquia. No entanto, em comunidades católicas mais tradicionais (como aquelas que seguem a Forma Extraordinária do Rito Romano, o "Missal de 1962"), a obrigatoriedade do véu ainda é mantida e observada.
2. Os Cabelos, o Sexo e a Religião: A Dimensão Simbólica

 O simbolismo por trás do véu é profundamente antropológico.

a) O Cabelo como Símbolo de Vitalidade, Beleza e Sexualidade:
Em muitas culturas,o cabelo (especialmente o feminino) é visto como uma das características mais marcantes da beleza e vitalidade de uma pessoa. É um atributo físico poderoso e, em muitos contextos, está intimamente ligado à atração sexual. Cobrir o cabelo, era visto no sentido fe "reservar" essa beleza e força, tornando-as não um objeto de distração pública, mas algo íntimo e sagrado, partilhado principalmente com Deus e, no contexto do matrimónio, com o marido.A defesa da virgindade.
Mais tarde perante a contratação as críticas e o movimento feminista a igreja argumentou que defendia o véu porque era um sinal de modéstia 
 

Resumo e Conclusão

1. Exigência: A Igreja Católica não exige mais universalmente o uso do véu, embora o recomende justificando não  com o sexo mas como uma prática piedosa enraizada na tradição. A obrigatoriedade persiste apenas em contextos litúrgicos tradicionais específicos.

  A ligação entre cabelos, sexo e religião é, portanto, central para compreender o simbolismo. O véu não é simplesmente um pedaço de pano, mas um símbolo rico que procura integrar a sexualidade humana a dominação masculina a repressão  sexual a exclusividade do sexo da mulher com o seu marido .
As mulheres com a sua luta têm derrubado estes anacronismos mas não é por decreto que as questões se alteram . Não á polícia dos costumes dos que querem impor o véu e as burcas não á polícia de costumes que proíbe o uso das burcas 
Nestas questões estou com o maio de 68: "é proibido proibir."
E viva a luta de massas das mulheres contra os preconceitos  e reaccionarismos .As mulheres afegãs e não só ' também farão o seu caminho como já o fizeram quando tiveram um governo que defendia o socialismo e o caminho para o comunismo e que foi derrubado pela CIA e EUA com os sectores mais retrógrados da sociedade afegã 
Ana Sousa Foicebook

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