1 Quanto milhares de mulheres enfrentam dificuldades reais, o Chega prefere inventar inimigos e semear o ódio."
– Paula SantosVê aqui a intervenção completa de Paula Santos:
https://pcp.pt/nao-cabe-ao-
2 No véu ,no sexo ,na religião e costumes.
1. A Defesa e Exigência do Véu: Uma Perspectiva Histórica e Teológica tendo por pano de fundo o sexo
A
prática do véu (também chamado de mantilha, chapéu ou, mais
tecnicamente, "véu de cabeça") na Igreja Católica tem raízes bíblicas e
tradicionais.
a) Base Bíblica:
O
texto fundamental é daPrimeira Epístola de São Paulo aos Coríntios,
capítulo 11, versículos 2-16. Nesta passagem, Paulo estabelece uma ordem
simbólica para a oração e a profecia:
· Cabeça de todo homem: Cristo.
· Cabeça da mulher: o homem.
· Cabeça de Cristo: Deus (Pai).
Paulo
argumenta que um homem que ora ou profetiza com a cabeça coberta
"desonra a sua cabeça" (Cristo). Por outro lado, "toda mulher que ora ou
profetiza com a cabeça descoberta desonra a sua cabeça" (o
homem/marido).
Aqui, o véu é um sinal de autoridade sobre a cabeça da mulher, "
O
véu era uma prática comum para mulheres cristãs, tanto dentro como fora
da igreja, refletindo também os costumes sociais da época no
Mediterrâneo Oriental.
· Idade Média e Moderna:
Tornou-se uma regra universal e obrigatória na Igreja Latina. Foi depois
justificado como um sinal de modéstia, piedade e distinção das mulheres
cristãs mas no fundo estava o sexo
· Século XX -
Concílio Vaticano II (1962-1965): Este foi o ponto de viragem. O Código
de Direito Canônico de 1917 ainda obrigava o véu. No entanto, após o
Concílio, houve uma grande reforma litúrgica e uma revisão das
disciplinas eclesiásticas. O novo Código de Direito Canônico de 1983 não
menciona mais a obrigatoriedade do véu para as mulheres.
·
Situação Atual: Na maior parte do mundo, o uso do véu não é mais
obrigatório pela lei universal da Igreja. A decisão de usá-lo ou não é
geralmente deixada aos costumes locais, à sensibilidade pessoal e aos
regulamentos específicos de cada diocese ou paróquia. No entanto, em
comunidades católicas mais tradicionais (como aquelas que seguem a Forma
Extraordinária do Rito Romano, o "Missal de 1962"), a obrigatoriedade
do véu ainda é mantida e observada.
2. Os Cabelos, o Sexo e a Religião: A Dimensão Simbólica
O simbolismo por trás do véu é profundamente antropológico.
a) O Cabelo como Símbolo de Vitalidade, Beleza e Sexualidade:
Em
muitas culturas,o cabelo (especialmente o feminino) é visto como uma
das características mais marcantes da beleza e vitalidade de uma pessoa.
É um atributo físico poderoso e, em muitos contextos, está intimamente
ligado à atração sexual. Cobrir o cabelo, era visto no sentido fe
"reservar" essa beleza e força, tornando-as não um objeto de distração
pública, mas algo íntimo e sagrado, partilhado principalmente com Deus
e, no contexto do matrimónio, com o marido.A defesa da virgindade.
Mais
tarde perante a contratação as críticas e o movimento feminista a
igreja argumentou que defendia o véu porque era um sinal de modéstia
Resumo e Conclusão
1.
Exigência: A Igreja Católica não exige mais universalmente o uso do
véu, embora o recomende justificando não com o sexo mas como uma
prática piedosa enraizada na tradição. A obrigatoriedade persiste apenas
em contextos litúrgicos tradicionais específicos.
A ligação entre cabelos, sexo e religião é, portanto, central para
compreender o simbolismo. O véu não é simplesmente um pedaço de pano,
mas um símbolo rico que procura integrar a sexualidade humana a
dominação masculina a repressão sexual a exclusividade do sexo da
mulher com o seu marido .
As mulheres com a sua
luta têm derrubado estes anacronismos mas não é por decreto que as
questões se alteram . Não á polícia dos costumes dos que querem impor o
véu e as burcas não á polícia de costumes que proíbe o uso das burcas
Nestas questões estou com o maio de 68: "é proibido proibir."
E
viva a luta de massas das mulheres contra os preconceitos e
reaccionarismos .As mulheres afegãs e não só ' também farão o seu
caminho como já o fizeram quando tiveram um governo que defendia o
socialismo e o caminho para o comunismo e que foi derrubado pela CIA e
EUA com os sectores mais retrógrados da sociedade afegã
Ana Sousa Foicebook
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