(...) embora o surto do Covid-19 tenha sido identificado mais cedo na China do que em qualquer outro país do mundo, somos alertados agora que casos semelhantes tratados meses atrás como condições virais atípicas em países como Espanha, Itália ou Estados Unidos poderiam correspondem, de fato, a outras variantes do novo coronavírus. O responsável e o racional é aguardar as conclusões científicas e, entretanto, se concentrar em alcançar a máxima eficiência na luta contra a pandemia.
A tentativa de estigmatizar uma sociedade ou um país por essa causa só pode ser devido a motivações políticas. Além de apelar para criar comissões internacionais de inquérito ou pedidos de indemnização financeira à China por suposta má-fé em sua gestão da crise. Aqueles que patrocinam essas abordagens naturalmente não querem saber sobre a responsabilidade dos Estados Unidos na crise de 2008 ou sobre a compensação que deve pagar pelos enormes danos causados, por exemplo, no Iraque (também, aliás, recorrendo à invenção com aquelas armas de destruição em massa que nunca apareceram) e em tantos outros lugares. A lista é longa. E objetivo. E comprovado.
(...) Aqueles de nós que têm memória do surto de SARS em 2002 e 2003, notam diferenças notáveis tanto na velocidade adoptada quanto na força, e também na transparência e colaboração internacional. As lições da época já estavam presentes e explicam, por exemplo, até o sucesso de países como o Vietname ou a Coréia do Sul e outros da região. Todos os sistemas de saúde da Ásia receberam um tremendo alerta, como o nosso está recebendo agora.
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