Cerca de 300 mil milhões de euros. É o montante que o Governo francês pretende investir na defesa entre 2019 e 2025. O projeto de lei de programação militar apresentado, esta quinta-feira, no Conselho de ministros rompe com a estratégia seguida pelo Eliseu aos longos dos últimos anos.
Aos cerca de 34 mil milhões previstos para este ano no Orçamento do Estado para a Defesa vão somar-se perto de dois mil milhões, por ano, até 2022. No ano seguinte, as tranches, praticamente, duplicam.
"Esta lei de programação militar apresentada, esta quinta-feira, é realista, mas ser realista nos dias de hoje é, de certa forma, ser ambicioso. Para consolidar o sistema é preciso dar resposta a muitas necessidades e para chegar a um determinado nível é preciso ter a ambição de avançar com muito dinheiro. Isso não permite que a França se lance em projetos mirabolantes que mudem o rosto da defesa. Esta lei permite, simplesmente, dar as condições necessárias ao exército depois de anos de dificuldades" refere Jean-Dominique Merchet, especialista em questões militares.
A lei de programação militar prevê, entre outros, a criação de 6 mil postos de trabalho e a modernização do equipamento.
"A criação de postos de trabalho no exército não me parece prioritária. Hoje em dia, o domínio da tecnologia é o mais importante. É essencial preservar o avanço tecnológico e investir na industria, em armamento sofisticado" acrescenta Merchet.
Uma aposta reforçada, a nível europeu, com a adesão à Cooperação Estruturada na Defesa onde participam 25 países, entre eles Portugal. O mecanismo permite, por exemplo “desenvolver capacidades de defesa conjuntas,"
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