A Ucrânia é o país 404, sitio não existente. De facto, comparando com o que era esta republica soviética, altamente industrializada, elevado nível de vida e o que se tornou após 1991 e sobretudo após 2014, nada tem que ver com o país de 50 milhões de habitantes em que 70% votou pela permanência na URSS. Claro que aos perestroikos os interesses do ocidente eram mais importantes que a vontade popular...
Agora, com metade da população, um país falido muito antes de 2022, vive de esmolas do ocidente, repressão fascista e corrupção. Em Washington os republicanos no Congresso acederam finalmente a fornecer à Ucrânia 60,84 mil milhões de dólares, incluindo 23,2 mil milhões de dólares para armas, incluindo mísseis ATACMS. Dizem ser sob a forma de “empréstimo”… Pouco deve restar que seja ucraniano quando a guerra terminar.
Como o país vai funcionar não se sabe. Os inteligentes conselheiros da NATO e suas armas atacaram refinarias russas. A resposta foi decisiva, o sistema elétrico, no essencial poupado anteriormente, está agora destruído com reparações que poderão levar anos e extremamente caras. A Ucrânia dispõe apenas de energia elétrica de intocadas centrais nucleares e do que importar… sem dinheiro para pagar. Sem energia elétrica disponível, dificilmente transportes, industrias, conservação de alimentos vão poder funcionar adequadamente.
Com a situação na linha de frente a deteriorar-se, Zelensky e o Stoltenberg fazem apelos patéticos de dinheiro e armas. É caso para perguntar o que fizeram aos Patriot, HIMARS, etc., etc. Não há ninguém nos media que faça esta pergunta?
Outro problema do clã de Kiev, são os neonazis. Os gangues de rua e arruaceiros dos grupos fascistas Setor Direita, Azov etc., foram importantes durante a “revolução colorida” Maidan, desempenhando depois um papel repressivo e nos ataques à população do Donbass desde 2014, uma espécie de SA e wafen SS hitlerianas. Em 2023 foram divididos, uma parte juntou-se às Forças de Operações Especiais e outra formou a 67ª Brigada Mecanizada Separada. Porém, não querem ser soldados de verdade. Os líderes não têm conhecimentos necessários para comandar tropas, além disto colocam os soldados menos experientes na linha de frente e mantêm os correligionários na retaguarda.
Kiev desespera, precisa desesperadamente de soldados de verdade, não de terroristas. Agora não se trata de aterrorizar as populações do Donbass, lançar fogo à casa dos Sindicatos de Odessa, etc., mas lutar contra um exército organizado.
Outra questão é a generalizada corrupção. De acordo com a lei, os funcionários devem declarar seus bens à Agência Nacional para a Prevenção da Corrupção que seleciona aleatoriamente declarações de 2 200 funcionários para ver como suas fortunas mudaram entre 2022 e 2023. Constatou-se que um em cada seis funcionários tinha comprado um apartamento ou casa, um em cada três tinha comprado um carro e apesar destas compras descobriu-se que o dinheiro e os depósitos bancários dos declarantes de impostos tinha aumentado cerca de um quarto nos dois anos da guerra. Foram registadas vendas recordes de relógios e carros de luxo, por exemplo, quase 10 vezes mais Tesla em comparação com 2021.
São principalmente as forças de segurança que melhoraram massivamente. Toda uma camada ficou muito rica durante a guerra com esquemas de suborno e de abastecimentos ao exército. Fonte: Moon of Alabama
Enquanto isto, Zelensky implora por mais dinheiro e armas, até Portugal deu recentemente 100 milhões de euros para estes “pobrezinhos”, enquanto a juventude ucraniana morre porque o ocidente não pode “perder a face” depois das trafulhices que andou a fazer. É isto que o ocidente defende acima das necessidades sociais das suas populações.
Quanto ao país 007, Israel pode matar mais de 33 500 civis, deixa-los definharem pela fome, que nem uma sanção. Pepe Escobar refere-se ao direito “moral” de Israel à defesa, permitindo que o seu exército mate mulheres, crianças e idosos, bombardeie hospitais, mesquitas, escolas, universidades e comboios humanitários. O ataque iraniano teve como alvo importantes locais militares israelitas, como as bases aéreas de Nevatim e Ramon, no Negev, e um centro de inteligência nas colinas ocupadas de Golã, não populações civis, em resposta a um crime de Israel inédito em termos diplomáticos.
A espantosa amoralidade do ocidente é que o país 007, sob as ordens de Netanyahu e Gallant, pode matar onde e como quiser, até mesmo liquidar pela fome a população de Gaza, sem lhe ser aplicada uma única sanção. Ao Irão, que não violou nenhuma regra da Convenção de Genebra, os EUA e a UE/NATO apressaram-se a a reforçar as sanções que lhe aplicam. Mais um exemplo da degradação política, moral e impotência geopolítica que ocidente atingiu.
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