Linha de separação


30 de junho de 2024

 Maj General Raul Luís Cunha

Dez razões pelas quais será mais um enorme erro confirmar Kaja Kallas como Alta Representante da UE para os Negócios Estrangeiros:
1. A sua mãe e a sua avó foram deportadas pelos soviéticos em 1941, para a Sibéria. Kallas está, portanto, emocionalmente envolvida em qualquer situação referente à Rússia. Não é aceitável que a gestão de um conflito, que corre o risco de se alastrar, seja confiada a uma pessoa cujo principal objectivo é a vingança pessoal.
2. Kallas não tem intenção de encontrar uma solução diplomática para o conflito. Recentemente declarou que: “A Ucrânia deve vencer a guerra contra a Rússia e a Rússia deve compreender que irá perder. Este é o nosso plano A, B e C.” O que será que, para esta pessoa, significa derrotar militarmente uma potência nuclear.
3. Kaja Kallas não tem experiência diplomática. Formou-se em direito, especializou-se em economia e tem estado envolvida na política. No momento mais delicado para o futuro da Europa, desde a Segunda Guerra Mundial, é necessário encontrar uma figura preparada e profissional para ocupar o cargo de Ministro dos Negócios Estrangeiros.
4. Com todo o possível respeito pela Estónia, num momento tão delicado como o que se vive, não é aceitável que um país de apenas 1,3 milhões de habitantes nomeie o Ministro dos Negócios Estrangeiros de uma União que tem 447 M de habitantes. A Estónia terá certamente outras oportunidades para nomear um seu representante, mas este não é o momento certo.
5. Na Estónia, o sentimento russofóbico está generalizado entre a população, o que em termos históricos é justificado pela ocupação soviética (lembre-se que a Estónia apoiou os nazis na Operação Barbarossa na Segunda Guerra Mundial). Kallas, além de dar resposta à sua vingança pessoal, também quer responder aos seus eleitores os quais, no entanto, não representam o sentimento maioritário na Europa.
6. Kaja Kallas acaba de assinar um acordo de cooperação militar com a Ucrânia. Será, portanto, provável que, como Ministro dos Negócios Estrangeiros da UE, queira impor novos fornecimentos de armamento a Kiev, pagos com o dinheiro dos contribuintes europeus.
7. Além da destruição militar da Rússia, Kallas também pretende apagar os vestígios da sua cultura. A partir de 2022, todos os monumentos soviéticos em memória da vitória na Segunda Guerra Mundial estão a ser removidos na Estónia.
8. Mas, enquanto Kallas descarrega o seu ódio contra os russos, o seu marido continuou a fazer negócios com Moscovo através da empresa de transportes Stark Logistics, apesar da lei estónia o proibir.
9. Devido ao parágrafo anterior, Kallas está a registar um declínio acentuado no apoio interno e, portanto, já não é sequer objecto de um consenso generalizado num país que tem uma população equivalente à de Lisboa.
10. Kallas participou na conferência de Bilderberg em Maio passado e foi aí que, quase seguramente, terá sido cooptada como representante dos assuntos externos da UE, com todo o significado que esta situação acarreta.

(traduzido e adaptado de um post visto algures na net) do Facebook de Gen. Raul Luís cunha

Sem comentários: