Maj General Raul Luís Cunha
Dez razões pelas quais será mais um enorme erro confirmar
Kaja Kallas como Alta Representante da UE para os Negócios
Estrangeiros:
1. A sua mãe e a sua avó foram
deportadas pelos soviéticos em 1941, para a Sibéria. Kallas está,
portanto, emocionalmente envolvida em qualquer situação referente à
Rússia. Não é aceitável que a gestão de um conflito, que corre o risco
de se alastrar, seja confiada a uma pessoa cujo principal objectivo é a
vingança pessoal.
2. Kallas não tem intenção de
encontrar uma solução diplomática para o conflito. Recentemente declarou
que: “A Ucrânia deve vencer a guerra contra a Rússia e a Rússia deve
compreender que irá perder. Este é o nosso plano A, B e C.” O que será
que, para esta pessoa, significa derrotar militarmente uma potência
nuclear.
3. Kaja Kallas não tem experiência
diplomática. Formou-se em direito, especializou-se em economia e tem
estado envolvida na política. No momento mais delicado para o futuro da
Europa, desde a Segunda Guerra Mundial, é necessário encontrar uma
figura preparada e profissional para ocupar o cargo de Ministro dos
Negócios Estrangeiros.
4. Com todo o possível
respeito pela Estónia, num momento tão delicado como o que se vive, não é
aceitável que um país de apenas 1,3 milhões de habitantes nomeie o
Ministro dos Negócios Estrangeiros de uma União que tem 447 M de
habitantes. A Estónia terá certamente outras oportunidades para nomear
um seu representante, mas este não é o momento certo.
5.
Na Estónia, o sentimento russofóbico está generalizado entre a
população, o que em termos históricos é justificado pela ocupação
soviética (lembre-se que a Estónia apoiou os nazis na Operação
Barbarossa na Segunda Guerra Mundial). Kallas, além de dar resposta à
sua vingança pessoal, também quer responder aos seus eleitores os quais,
no entanto, não representam o sentimento maioritário na Europa.
6.
Kaja Kallas acaba de assinar um acordo de cooperação militar com a
Ucrânia. Será, portanto, provável que, como Ministro dos Negócios
Estrangeiros da UE, queira impor novos fornecimentos de armamento a
Kiev, pagos com o dinheiro dos contribuintes europeus.
7.
Além da destruição militar da Rússia, Kallas também pretende apagar os
vestígios da sua cultura. A partir de 2022, todos os monumentos
soviéticos em memória da vitória na Segunda Guerra Mundial estão a ser
removidos na Estónia.
8. Mas, enquanto Kallas
descarrega o seu ódio contra os russos, o seu marido continuou a fazer
negócios com Moscovo através da empresa de transportes Stark Logistics,
apesar da lei estónia o proibir.
9. Devido ao
parágrafo anterior, Kallas está a registar um declínio acentuado no
apoio interno e, portanto, já não é sequer objecto de um consenso
generalizado num país que tem uma população equivalente à de Lisboa.
10.
Kallas participou na conferência de Bilderberg em Maio passado e foi aí
que, quase seguramente, terá sido cooptada como representante dos
assuntos externos da UE, com todo o significado que esta situação
acarreta.
(traduzido e adaptado de um post visto algures na net) do Facebook de Gen. Raul Luís cunha
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