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14 de maio de 2025

Israel anuncia que vai intensificar o genocídio e não há uma condenação da UE , nem do governo português

"Israel anuncia que nos próximos dias vai entrar na máxima força na Faixa de Gaza e prevê a expulsão da maioria dos seus habitantes. Uma limpeza étnica em toda a linha que nenhuma potência ocidental ousa evitar. Diz o governo de Telavive que o mundo se deve preparar para receber a vaga de palestinianos. Os supremacistas israelitas querem construir o Grande Israel, um conceito bíblico segundo o qual o povo judeu é o povo eleito por Deus e a "Terra Prometida" vai do Egipto ao Eufrates. Neste momento, Israel ocupa o sul do Líbano, o ocidente da Síria e a Palestina. Para tal, matou em menos de três anos mais de 60 mil civis só em Gaza, fora os que massacrou na Cisjordânia, no Líbano e na Síria. É um genocídio em directo.

Dos que reclamam armas para a Ucrânia, não ouvimos nem um pio sobre armas para a resistência palestiniana. Qualquer um que se cale ou qualquer um que não saiba soletrar mais do que "Hamas terrorista" é cúmplice desta hecatombe. Com o Hezbollah debilitado, sem Bashar al Assad e com o Iémen sem condições para ir mais longe, Netanyahu sabe que esta é a oportunidade de ouro de acabar com a Palestina. Longe vão os tempos, quando havia um bloco forte de países socialistas europeus que apoiavam a resistência palestiniana, em que nada disto teria sido permitido. O 7 de Outubro foi uma brincadeira de crianças ao lado do terrorismo de Israel. Chegará o dia em que se fará justiça e, nesse dia, árabes judeus, árabes muçulmanos, árabes cristãos e árabes ateus poderão viver livres numa terra chamada Palestina. Nesse tempo, como fazemos hoje com Auschwitz, hão de perguntar como deixámos acontecer. Facebook de Bruno Carvalho Jornalista

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