Nas últimas horas, as forças ucranianas têm intensificado os ataques com drones contra Moscovo. As anti-aéreas têm sido eficazes a detectar e a eliminar boa parte destes aparelhos, mas seria um grave erro se Kiev tentasse atacar a capital russa durante as celebrações do Dia da Vitória. Com a presença de vários chefes de Estado que vão celebrar ao lado de Vladimir Putin a derrota do nazi-fascismo a Ucrânia devia preocupar-se antes em extirpar das suas fileiras aqueles que continuam a idolatrar Adolf Hitler.
Durante
vários anos, o novo regime ucraniano proibiu a celebração do Dia da
Vitória em todo o país, numa clara ofensa à memória dos milhões de
ucranianos soviéticos que combateram as hordas hitlerianas. Depois,
Zelensky decidiu mudar o Dia da Vitória de 9 para 8 de Maio com o
objectivo de coincidir com as celebrações ocidentais. Um absurdo que só
espelha uma subserviência provinciana a tudo o que vem do Ocidente.
Recordo
que depois do Massacre de Odessa, a 2 de Maio de 2014, as forças
ucranianas esmagaram pela força a revolta dos polícias de Mariupol que
se recusaram a cumprir as ordens de impedir as celebrações do Dia da
Vitória na cidade. Mais de uma dezena de agentes morreram a defender o
direito da população de Mariupol a lembrar os seus pais, avós e bisavós.
Eu estive no primeiro Dia da Vitória que foi possível comemorar em
liberdade depois da entrada das tropas russas na cidade. Falei com uma
mulher com 90 anos, sentada num banco de jardim, que de lágrimas nos
olhos recordou o pai, soldado do Exército Vermelho, caído em combate
contra os nazis.
Em
Abril de 1942, as tropas nazis assassinaram 15 mil judeus atirando-os
vivos para os poços de uma mina em Donetsk. Também durante a ocupação
nazi, vários grupos fascistas ucranianos colaboraram com as forças de
Hitler no extermínio de civis polacos, sobretudo o movimento liderado
por Stepan Bandera, que acabaria executado pelo KGB. Hoje, o filo-nazi
Stepan Bandera é uma referência para os nacionalistas ucranianos,
integrados nas forças armadas ucranianas. Entre os admiradores do antigo
cabecilha do fascismo ucraniano está o líder da Associação de
Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, com relações muito próximas com a
Embaixada da Ucrânia em Portugal. Bruno Carvalho jornalista . Foicebook
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