Linha de separação


26 de março de 2018

O Eurostat de Schauble

"O défice em 2017 foi 0,9%. A contabilização da CGD é um assunto que está em aberto", afirmou o ministro das Finanças, Mário Centeno, numa conferência de imprensa realizada como reacção à divulgação, por parte do INE, do défice de 2017. Ao contrário do que sempre foi defendido pelo Governo português, a recapitalização da Caixa Geral de Depósitos penalizou o défice de 2017. O valor subiu para 3% do PIB, revelou esta segunda-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE). Contudo, o impacto da decisão será limitado.

"O Eurostat preconiza um registo que está errado", defendeu o ministro das Finanças. O responsável salientou que "o valor do défice não é um fim em si mesmo", realçando que este patamar de 0,9% "é o mais adequado às condições económicas caso [o país] enfrente nos próximos anos um quadro menos favorável" a nível de conjuntura económica.  

"Esta é a estratégia adequada, com ritmo adequado. Outros têm vindo a pugnar por ritmos mais acelerados, seguramente não sustentáveis", adiantou.
Depois de um longo debate, que se arrastou durante quase um ano, o ponto de vista defendido pelo Eurostat, o organismo de estatísticas da União Europeia, acabou por vingar. Na primeira notificação sobre o défice de 2017 enviada pelo INE para Bruxelas, a autoridade nacional de estatísticas registou como despesa a injecção de 3.944 milhões de euros de capitais públicos na CGD. Por causa deste efeito, o défice passou de 0,92% do PIB – aquele que teria sido o valor mais baixo da história democrática portuguesa – para 3%. "N.

Sem comentários: