Sites são bloqueados, informação alternativa desaparece, nos media comentários não alinhados com a NATO são como raros oásis no deserto – da desinformação corrente.
Conforme Manuel Gouveia escreve a UE reforça os mecanismos de censura, com uma proposta de censura cerceando a liberdade de informação, através de legislação federal – chamam-lhe comunitária - para poder impor mecanismos de controlo das redes digitais, em que diretivas são substituídas por Regulamentos (aplicação obrigatória nos Estados Membros), como o Digital Market Act e o Digital Services Act, aprovados em setembro e outubro de 2022, em implementação gradual até 2025.
Tudo vem embrulhado em combater a “desinformação”, “conteúdos ilegais” e “proteção contra a interferência governamental na liberdade de expressão e de informação”, além da desculpa de uniformizar as condições de mercado, para ter uma dimensão europeia e eliminar as distorções da concorrência.
Na realidade, trata-se de tornar legal a limitação à liberdade de expressão – como está a acontecer com a proibição dos médias russos e da informação que denuncie os crimes da NATO – a ser imposta por este gigantesco mecanismo. A UE afasta os Estados do controlo do grandes “controladores de acesso”. Até Fevereiro de 2024 os controladores de acesso designados pela Comissão (17 plataformas de muito grande dimensão e 2 motores de pesquisa de muito grande dimensão com, pelo menos, 45 milhões de utilizadores ativos mensais): Alibaba AliExpress; Amazon Store; Apple AppStore; Booking.com; Facebook; Google Play; Google Maps; Google Shopping; Instagram; LinkedIn; Pinterest; Snapchat; TikTok; Twitter; Wikipédia; YouTube; Zalando, Bing; Google Search, devem estar em coordenação com Autoridades Reguladoras dos Serviços Digitais, de Sinalizadores de Confiança e de um Coordenador Nacional dos Serviços digitais, todos independentes dos Estados nacionais e subordinados à Comissão Europeia. (A UE reforça os mecanismos de censura – A Voz do Operário (vozoperario.pt)
Claro que nada disto nos deve admirar vindo da parte de quem defende tão intensamente os neonazis ucranianos. Vem a propósito referir uma carta aberta ao diretor de informação da televisão belga (RTBF), e editores chefes de dois grande jornais belgas Le Soir e La Libre Belgique, em que se diz ser “difícil entender por que veículos de comunicação como os vossos têm tão pouco espaço para toda uma escola de pensamento que não compartilha da narrativa ocidental sobre a guerra na Ucrânia. Como é que difícil escutar, até para criticá-los, os pontos de vista dos autores seguintes”. Segue uma lista “não exaustiva” de 140 nomes de jornalistas, diplomatas, filósofos, escritores e ensaístas, militares reformados, historiadores, economistas, ex-quadros da CIA, juristas, etc., a esmagadora maioria de países da NATO, nenhum sendo russo.
A censura aplicada a estes autores, pessoas prestigiadas, mesmo internacionalmente, pelos seus desempenhos, aplica-se por cá como à generalidade dos países da “democracia liberal”, tão venerada pelos partidos socialistas. Os media corporativos votaram estes intelectuais ao ostracismo o que representa obviamente um atentado à cultura, cidadania, em suma à liberdade. Podemos pois ter a certeza que com a sua bajulice, “pro-lixos” comentadores, têm a vidinha assegurada.
Batiuska, sacerdote ortodoxo russo, faz num seu texto a seguinte citação, que nos leva a compreender o atual frenesim censório: “É importante não permitir que a nossa história imperial seja denegrida, porque se a nossa história imperial foi tudo o que dizem, ou seja, uma ladainha de atrocidades, então a autoridade moral do Ocidente será corroída.” (Nigel Biggar, professor de teologia em Oxford, entrevistado no site Conservativehome, 16/09/2020).
Um texto em que elenca todo um conjunto de crimes cometidos pelo ocidente terminando: “a França independente, existiu até a CIA encenar a sua revolução colorida contra De Gaulle em 1968, agora é governada pelo banqueiro afeminado "Micron", como muitos o chamam. Quanto à Europa, o único sentido que tem hoje é, como Zelensky, render-se e assumir a responsabilidade pelos crimes de suas elites milenares aos quais a maioria dos europeus obedeceu. Mas a Europa deve, em primeiro lugar, rejeitar a sua aberrante história imperial de orgulho e regressar às suas raízes de humildade.”
O
tenente-coronel reformado da Aeronáutica, William Astore, de origem operária que
serviu
mais de quatro décadas, diz:
“As
poucas
exceções dentro do complexo militar-industrial-congressional
que defenderam a prestação de contas, pessoas de princípios como
Daniel
Hale, Chelsea Manning, e Edward Snowden,
foram presos ou exilados.
Na verdade, o governo dos EUA até conspirou para prender um
estrangeiro editor e ativista da transparência, Julian
Assange,
que publicou a verdade sobre o Guerra americana ao terror, usando uma
cláusula
de espionagem da 1ª Guerra
Mundial que só se aplica a Cidadãos americanos. ” An Exceptional Military for the Exceptional Nation
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