As encíclicas do Papa Francisco foram em geral apagadas , silenciadas ou de leitura seleccinada .
Por isso Lembrar :
1) https://expresso.pt/internacional/2016-11-11-Sao-os-comunistas-que-pensam-como-os-cristaos-diz-o-papa
" O papa Francisco disse que os comunistas "pensam como os cristãos",
numa entrevista publicada esta sexta-feira pelo jornal italiano "La
Repubblica".
"São os comunistas que pensam como os cristãos.
Cristo falou de uma sociedade em que os pobres, os débeis e os excluídos
é que decidem. Não os demagogos, os Barrabás, mas o povo, os pobres,
tenham fé em Deus ou não, mas são eles que temos de ajudar a obter a
igualdade e a liberdade", afirmou o papa, na entrevista.
Francisco disse esperar, por isso, que os movimentos cívicos entrem na política.
"Não
na politiquice, nas lutas de poder, no egoísmo, na demagogia, no
dinheiro, mas na alta política, criativa e de grandes visões",
salientou."
2) https://www.omilitante.pcp.pt/pt/381/Tema/1928/?tpl=142
Nov/Dez 2022
A Encíclica Fratelli Tutti - Considerações e notas para uma leitura
por Carlos Gonçalves
As considerações e notas que aqui se deixam a propósito da
Carta Encíclica Fratelli Tutti do Papa Francisco, tornada pública em
Assis em Outubro de 2020, visam contribuir para a reflexão sobre o seu
contexto e conteúdo – social, político, ideológico –, e suas
consequências na Igreja Católica (IC) e no Mundo, numa perspectiva de
contributo para a emancipação da...
4) : “a necessidade de resolver as causas estruturais da pobreza não pode
esperar” (nº 202). E não pode esperar, segundo Francisco, porque
“enquanto não se resolverem radicalmente os problemas dos pobres,
renunciando à autonomia absoluta dos mercados e da especulação
financeira e atacando as causas estruturais da iniquidade, não se
resolverão os problemas do mundo e, em definitivo, nenhum problema.”
(idem). É que, na sua perspetiva, a “raiz dos males sociais” está nesta
“iniquidade” e, nas suas palavras, “já não podemos confiar nas forças
cegas e na mão invisível do mercado” (nº 204). Em suma: “a economia já
não pode recorrer a remédios que são um novo veneno, como quando se
pretende aumentar a rentabilidade reduzindo o mercado laboral e criando,
assim, novos excluídos” (idem). Uma reforma estrutural da economia
deverá passar, segundo o Papa, pelo reconhecimento da dignidade humana e
do bem comum como os fundamentos para a política económica (cf. nº
203). E estas não devem ser meras palavras para embelezar programas
políticos. Por isso, Francisco apela aos políticos para que perspetivem a
economia como “a arte de alcançar uma adequada administração da casa
comum que é o mundo inteiro” (nº 206). O Papa está ciente das
implicações locais de uma economia global, mais, afirma que “cada vez se
torna mais difícil encontrar soluções locais para as enormes
contradições globais” (idem). Por isso, é preciso pensar em soluções e
alterações globais, já que “todo o ato económico de envergadura
realizado numa parte do planeta repercute no outro” (idem).
Ora, segundo Francisco, o crescimento em equidade, portanto,
respeitador da dignidade e do bem comum, exige “decisões, programas,
mecanismos e processos especificamente orientados para uma melhor
distribuição do acesso, uma criação de fontes de trabalho, uma promoção
integral dos pobres que supere o mero assistencialismo” (nº 204).
5)
“Lembrai-vos de que o salário, do qual privastes os trabalhadores
que ceifaram os vossos campos, clama, e os gritos dos ceifeiros chegaram
aos ouvidos do Senhor dos exércitos” (Tiago, 5, 4)
6)“Esta economia mata”. Com essa frase o Papa Francisco praticamente
chegou ao ápice de demonstração do seu descontamento com o sistema
capitalista global, o qual ele ainda acusa de ter perpetuado uma
“cultura do descarte”. No que deve ser um reforço para dar mais peso
teológico às frequentes críticas de Francisco, neste próximo dia 17 de
maio, segundo o jornalista americano Joshua McElwe, correspondente em
Roma do National Catholic Reporter, dois importantes organismos do
Vaticano lançarão um documento que avalia a moralidade do sistema de
mercado global.
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