E não admira. Vai para a Ucrânia mais que para o Havai. Biden pede ao Congresso mais 25 mil milhões para Kiev: "Não há planos para definir como será a vitória. Os americanos estão fartos de Washington entrar de cabeça em guerras sem fim" – congressista Dan Bishop, na Fox News Digital.
O Washington Post escreve: "Dois meses após a contraofensiva, a imagem de unidade e perseverança sem fim começou a ruir. Milhões de pessoas foram expulsas de suas casas. Eles não veem hipótese de voltar". “O número de mortos aumenta cada dia.”
O ultra reacionário e belicista Bolton, ex-conselheiro de Segurança Nacional de Trump, declara no Wall Street Journal (13/08). "A contraofensiva ucraniana estagnou. As ações indecisas de Biden devem ser culpadas por isso. A dificuldade dos ucranianos em fazer progressos significativos é o resultado da estratégia do governo dos EUA que só atrasa a vitória da Rússia."
A ajuda a Kiev custa 900 dólares a cada família americana, segundo a Heritage Foundation num seu estudo. Robert Kennedy Jr., candidato Democrata, disse em entrevista a Tucker Carlson: “A ajuda dos EUA à Ucrânia já chegou a 130 mil milhões de dólares, mesmo com milhões de americanos permanecendo sem seguro de saúde ou vale-alimentação.” "Cometemos o pior erro geopolítico que podíamos imaginar, empurrando os russos para os braços da China. Como resultado, 40 nações ameaçam sair do dólar como moeda de reserva."
Recorde-se que após o golpe de 2014 em Kiev, Nuland vangloriou-se de ter saído barato: 5 mil milhões. Eis como dada a má qualidade, o barato sai caro. Prevê-se que até ao fim do ano a “ajuda” possa atingir 200 mil milhões.
Edward Luttwak. consultor do Departamento de Estado e Defesa: "A infraestrutura da Ucrânia está sendo destruída diariamente, esta é uma boa razão pela qual a Ucrânia precisa acabar com o conflito. (1)
Escreve Moon of AlabamaOs media finalmente mudam de rumo. Agora admitem que a tão propalada contraofensiva ucraniana fracassou e reconhecem mesmo que nunca teve a menor hipótese de sucesso. (NOTA – O autor fala do seu país, os EUA, tal ainda não chegou aos vassalos de Washington deste lado do Atlântico, compare-se com a doentia propaganda mediática)
The Hill , Washington Post e CNN concordam agora que os militares ucranianos nunca alcançarão seus objetivos. Isso torna difícil Biden conseguir que o Congresso aprove mais 24 mil milhões de dólares em "ajuda" à Ucrânia. Não faz sentido gastar dinheiro numa causa que está claramente perdida.
Apesar da avalanche de más notícias, o exército ucraniano ainda tenta tomar posições russas no sul e no leste da Ucrânia. Mas simplesmente não tem homens e equipamentos suficientes para romper as linhas.
Mesmo que fosse capaz de fazer um avanço localizado, não teria reservas suficientes para garantir o acompanhamento necessário. Apenas uma das brigadas treinadas pela NATO ainda está na retaguarda. Todas as outras foram massacradas nas suas diversas áreas de atuação.
No nordeste, em torno de Kupyansk, os russos lançaram sua própria ofensiva que colocou os ucranianos em fuga. A Ucrânia ordenou a evacuação da área : Uma evacuação obrigatória foi ordenada para a cidade ucraniana de Kupyansk e seus arredores, enquanto a Rússia intensifica os bombardeamentos na região de Kharkiv, no nordeste da Ucrânia, e afirma nesta quinta-feira ter capturado posições ucranianas perto da cidade. (CNN)
A campanha russa está acelerando lentamente. Conforme relatado pelo site ucraniano Strana.news: Também na Ucrânia, de Kupyansk a Bakhmut, a Rússia aumentou o número de ataques. A Federação Russa não tem "escassez de projéteis". A aviação também é usada ativamente e, nas últimas semanas, mais de 50 ataques aéreos ocorreram todos os dias e, às vezes, mais de 80.
Esta é uma má notícia para o lado ucraniano, que carece de reservas para combater o ataque russo. Há também menos armas do Ocidente. A entrega dos caças F-16 será adiada por mais nove meses devido a problemas de treino. Tanques e outros equipamentos estão em falta.
Em Strana.news também se relata uma entrevista com um experiente soldado ucraniano: apresentado como Konstantin Proshinsky (pseudónimo). O combatente explicou a sua visão da situação das FAU e do Exército russo:
1 – Mobilização: Recrutas que nunca foram treinados são enviados para o front, que muitas vezes têm mais de 50 anos e que têm um monte de doenças.
2 - Sem rotação: as mesmas brigadas ficam na linha de frente por seis meses ou mais. Embora para os padrões ocidentais, eles não devem ficar mais de três meses em numa zona de guerra.
3 - Comandantes de nível médio e superior, muitos deles forçam lançar ataques frontais contra posições russas bem fortificadas.
4 - O exército russo está começando a lutar melhor.
5 - Proshinsky acredita que a Rússia ainda não usou muito do que possui contra a Ucrânia.
O soldado acha que os russos não sairão de suas posições e que acabaremos com um impasse como na Coreia. Não, o objetivo da Rússia é libertar pelo menos as quatro regiões que reivindica. Por razões políticas, não pode parar até que este objetivo seja alcançado. Se a Ucrânia continuar a lutar apesar disso, a Rússia provavelmente estabelecerá novos alvos e tomará mais território. (https://lesakerfrancophone.fr/ukraine-sitrep-la-fin-de-la-contre-offensive )
1 - Ukraine Watch – Telegram (10 a 15/08)
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