Linha de separação


31 de março de 2022

E esta ein!?

 Para os imbecis , Biden', director do Público , os pesporrentes do Expresso e todos os Milhazes da nossa praça  :

"O índice de aprovação do presidente da Rússia, Vladimir Putin, disparou desde a invasão da Ucrânia, passando de 71% para 83%, de acordo com o instituto independente russo Levada Center", aponta reportagem da agência estadunidense Dow Jones, destacada pelo Valor Econômico."Brasil 247

A caça as bruxas no reino democrático de Zelensky

Os diversos repórters das televisões portuguesas  desconhecem ? Não fazem perguntas ? O orelhas não guincha ?

O embaixador russo nas Nações Unidas, Vasily Nebenzya, denunciou no Conselho de Segurança da ONU, ontem terça-feira (29), que o governo ucraniano tem "eliminado fisicamente" líderes da opinião pública críticos a Kiev, ​​em meio à operação especial no país.

O representante russo listou uma série de figuras, incluindo cientistas, jornalistas, historiadores e outros, que supostamente foram alvos das autoridades ucranianas.

"Temos sérias preocupações em relação às medidas tomadas por Kiev para eliminar fisicamente líderes indesejáveis ​​da opinião pública", disse Nebenzya, em sessão do Conselho de Segurança da ONU sobre a Ucrânia."

O embaixador russo disse que a Rússia aguarda uma avaliação justa dessa "caça às bruxas" por colegas ocidentais e organizações de direitos humanos. "Brasil 247


Uma importante opinião (2)

Major General Raul Cunha  do seu mural no Facebook e agora no Foicebook!!!

 Acho no mínimo grotesco aquelas pessoas que só "acordaram" para o que se passa na Ucrânia no dia 24 de Fevereiro deste ano e que, do alto da sua ignorante pesporrência decidiram logo quem era o "culpado" por tudo o que se passava.

A estes "iluminados" não interessa saber nadinha do que está por detrás - história, antecedentes, actores internos e externos, política interna e externa, ocorrências específicas relacionadas, etc., etc. Não senhor, eles sabem tudo o que só a eles interessa e que compraram por um tostão furado à propaganda de somente um dos lados - o lado do "popularucho", da lágrima fácil e da falsa solidariedade moral.
Por onde andaram estas "alminhas caridosas" durante os oito anos em que a população civil do Donbass foi atacada, morta (foram "só" 14.000), bombardeada e obrigada a viver nas caves das suas casas...??? 
E saberão porventura que muitas das lágrimas de crocodilo que agora vertem pela população de Mariupol, são de facto por uma maioria de civis russos espezinhados e amordaçados pelos azovs durante 8 anos e agora por eles usados como "escudos humanos"...?
Considero-me amigo do meu amigo e pela maioria estaria disposto a tudo o que fosse preciso para ajudar, mas começo a estar farto de argumentos estafados e sem substância do tipo "a culpa é do Putin" e esse tipo de "boca" sobre os meus 'posts' passará a ser obliterado e o autor perderá a minha consideração. Que não gostem do que eu digo, estarão no seu direito... mas que venham para o meu mural debitar disparates, isso já não aceito. Escrevam-nos no vosso e eu juro que não vou lá comentar seja o que for. 
Fico triste por ver pessoas, que considero boas e sérias, serem arrastadas para a "carneirada" dominante, mas com esse desgosto posso eu bem. Se o que escrevo lhes faz tanta mossa, desamiguem-me, não leiam, chamem-me em pensamento os nomes que quiserem, mas não me arreliem mais com a vossa falta de decência e de respeito.
Passar bem!

Uma importante opinião

 De Major General Raul Cunha.

Segue um texto com a pretensão de contribuir para o esclarecimento de quem o quiser ler:

"A RÚSSIA NÃO QUER DEVASTAR A UCRÂNIA
A conduta da Rússia nesta guerra brutal é bem diferente da visão amplamente aceite de que Vladimir Putin tem a intenção de devastar a Ucrânia e infligir o máximo de danos às estruturas civis e, pelo contrário, revela uma postura de algum equilíbrio estratégico por parte do líder russo. Se a Rússia estivesse a ser intencionalmente mais destruidora, o clamor a pedir uma intervenção dos EUA e da OTAN seria muito maior. E se a Rússia empenhasse ali a totalidade do seu arsenal, Putin poderia ficar sem qualquer tipo de justificação moral. Em vez disso, é de crer que o seu objectivo seja conquistar território suficiente para ter matéria para negociar e, simultaneamente, levar o governo da Ucrânia a uma situação em que tenha de o fazer.
Será muito importante tentar compreender o pensamento que está por detrás dos ataques limitados da Rússia, de forma a poder ajudar a encontrar uma via para a paz. Por mais destruidora que esteja a ser a guerra na Ucrânia, a Rússia está a causar menos danos e a matar muito menos civis do que estaria ao seu alcance fazer.
Num mês, desde o início da invasão pela Rússia, dezenas de cidades e vilas ucranianas caíram, e continua ainda a luta em torno das maiores cidades do país. As Nações Unidas dizem que cerca de 900 civis morreram nos combates. Também cerca de 6,5 milhões de ucranianos são agora deslocados internos (15% de toda a população) e metade desses acabou por deixar o país em busca de segurança.
A destruição é enorme, especialmente quando comparada com o que os europeus estão acostumados a ver (na Europa, claro, onde já passaram 23 anos desde o bombardeamento da Sérvia), mas os danos associados a uma intensa guerra terrestre envolvendo dois oponentes, não devem impedir as pessoas de ver o que realmente está a acontecer – o centro de Kiev mal foi tocado e quase todos os ataques de longo alcance foram direcionados para objectivos militares. Na capital, as autoridades da cidade de Kiev dizem que, desde 24 de fevereiro, cerca de 60 edifícios foram danificados e que cerca de 230 pessoas morreram. Tenhamos presente que se trata de uma cidade com 2,8 milhões de habitantes. 
Se apenas nos convencermos que a Rússia está a bombardear indiscriminadamente, ou que não está a causar mais danos porque o seu pessoal não está à altura da tarefa ou porque é tecnicamente inepto, não estaremos a ver a realidade do conflito. Embora a guerra tenha levado a uma destruição sem precedentes no Sul e no Leste, os militares russos têm mostrado uma grande contenção nos seus ataques de longo alcance.
Durante o primeiro mês de conflito, a Rússia realizou cerca de 1.500 saídas de aeronaves de ataque e lançou cerca de 1.000 mísseis e bombas (em comparação, os Estados Unidos, só no primeiro dia da guerra do Iraque em 2003, realizaram mais saídas e lançaram mais mísseis e bombas). A grande maioria dos ataques aéreos foram sobre o campo de batalha, com as aeronaves russas a garantir “apoio aéreo próximo” às forças terrestres. O restante, menos de 20%, foi destinado a aeródromos militares, quartéis e depósitos de apoio logístico. Uma proporção desses ataques danificou e destruiu estruturas civis e matou e feriu civis inocentes, mas o nível de morte e destruição é baixo comparado com as capacidades da Rússia para esse efeito. De facto, a carnificina e a destruição, podiam ter sido muito piores, o que sugere, pelo menos, que os civis não estão a ser atacados intencionalmente e que talvez se esteja a tentar limitar os danos colaterais.
Em 24 de fevereiro, a Rússia iniciou a sua invasão da Ucrânia com um ataque aéreo e de mísseis contra cerca de 65 aeródromos e instalações militares. Na primeira noite, pelo menos 11 aeródromos foram atingidos. Cerca de 50 instalações militares adicionais e locais de defesa aérea foram atacados, incluindo 18 instalações de radares de alerta prévio.
Nesses ataques iniciais, foram utilizados 166 mísseis lançados do ar, de terra e do mar. Embora tivesse havido um bom número de bombardeiros de longo alcance (voando a partir de solo russo), a maioria dos ataques aéreos foi por aeronaves de curto alcance e a maioria dos mísseis lançados também foram do tipo de curto alcance – o Iskander (designação OTAN SS-26 Stone) e o Tochka (designação OTAN SS-21 Scarab).
A amplitude do ataque – de norte a sul, de leste a oeste – levou muitos comentadores a comparar o bombardeamento inicial com o padrão observado nas guerras dos EUA no Afeganistão e no Iraque, onde as grandes salvas concentradas sobre as defesas aéreas e aeródromos tinham a intenção de estabelecer uma superioridade aérea, um ataque de choque que assim abriria os céus para bombardeamentos subsequentes sem resistência. Neste caso da Ucrânia, muitos observadores pensaram que os objetivos russos correspondiam às práticas dos EUA, mas, quer em dimensão quer em objectivo, essas observações foram prematuras (e incorretas) pois neste conflito não era essa a intenção da Rússia.
Diz essa narrativa que, mesmo antes de as forças terrestres russas chegarem a Kiev e a outras cidades, a força aérea e os mísseis teriam danificado tanto a Ucrânia – incluindo as suas comunicações e outras infraestruturas necessárias para que as defesas continuassem a funcionar – que estaria garantida a vitória no solo.
A Rússia não alcançou nenhum desses objetivos. Embora os contornos da sua primeira noite de ataques sugerissem uma campanha para obter superioridade aérea e uma destruição intensa e centrada nas forças armadas da Ucrânia, após um mês de guerra, a continuidade dos ataques revela uma história diferente. A Rússia ainda não eliminou completamente a força aérea ucraniana, nem estabeleceu superioridade aérea. Alguns aeródromos longe do campo de batalha ainda estão em operação e alguns (nas grandes cidades) não foram sequer bombardeados. O tecido de comunicações no país continua a funcionar intacto. Não houve nenhum ataque metódico russo sobre os itinerários de transporte ou pontes para impedir as defesas ou os abastecimentos terrestres ucranianos. Embora as centrais elétricas tenham sido atingidas, todas se localizam em território palco de combates ou perto de instalações militares. Sendo que nenhuma foi intencionalmente visada.
De facto, não houve nenhuma campanha metódica de bombardeamento para alcançar um qualquer resultado sistémico de natureza estratégica. Os ataques aéreos e de mísseis, que inicialmente pareciam apontar para uma história já conhecida, foram quase exclusivamente em apoio direto às forças terrestres. A Força Aérea russa funcionou como artilharia voadora e não empreendeu nenhuma campanha aérea estratégica como os comentadores militares estavam acostumados pelos últimos 30 anos de guerras americanas. E as defesas aéreas ucranianas, tanto de mísseis fixos como de móveis, provaram ser resistentes e eficazes.
A Rússia não bombardeou as instalações estacionárias de defesa aérea que protegiam as grandes cidades. Na realidade, os generais russos demonstraram uma particular relutância em atacar alvos urbanos, nomeadamente em Kiev. Como resultado, independentemente dos planos do Kremlin – se a Rússia estava realmente a tentar obter a superioridade aérea ou pretendia limitar os danos em Kiev – não há dúvidas de que o estado-maior russo teve que rever o plano de ataque no longo termo.
Durante estas quatro semanas, os mísseis disparados contra Kiev foram escassos. Os media ucranianos relataram que a partir de 24 de fevereiro, houve pouco mais de uma dúzia de incidentes a envolver mísseis balísticos e de cruzeiro russos interceptados sobre a cidade e os seus subúrbios mais próximos.
Ao contrário do que se passou nas guerras dos EUA, esta guerra é diferente: está a ser travada no solo , onde todos os objectivos estratégicos que a Rússia pode destruir nas frentes das suas forças – pontes, vias de comunicação, aeródromos, etc. – também ficarão inutilizáveis para eles à medida que avançarem e, assim, a força aérea russa passou a estar subordinada à manobra das forças terrestres.
Desde o início da guerra, alguns dos ataques aéreos e de mísseis também tiveram alguma lógica. Veja-se, por exemplo, o aeródromo de Hostomel, a noroeste de Kiev. Não foi atacado directamente porque a Rússia o utilizou de início para desembarcar pára-quedistas, com a intenção de avançar para a capital. Em vez disso, o aeródromo e a paisagem circundante tornaram-se no cenário de uma grande batalha, quando as forças ucranianas montaram uma decidida e forte defesa. No Sul, o aeroporto de Kherson também não foi atacado. A razão tornou-se clara: a Rússia está agora a utilizar esse mesmo aeródromo para apoiar as suas próprias forças.
Em Kiev, apenas um dos principais aeroportos, em Boryspil, foi atingido. Os media noticiaram que o aeroporto internacional foi atingido, mas esse mesmo aeródromo de duplo uso civil-militar também abriga a 15ª Ala de Transporte da Força Aérea da Ucrânia, incluindo o jato presidencial Tu-134, que poderia ter sido usado pelo presidente ucraniano Zelensky se ele optasse por evacuar. O outro grande aeroporto civil de Kiev, Zhulyany, nunca foi atacado. Nem os dois aeroportos civis em Kharkiv (a segunda maior cidade da Ucrânia) foram atacados.
A Rússia começou a guerra com cerca de 300 aviões de combate na Bielorrússia e na Rússia ocidental, dentro do alcance da Ucrânia. Essas e outras aeronaves trazidas para a guerra estão a realizar cerca de 80 saídas de ataque (voos individuais) diariamente. A Ucrânia alega que 95 dessas aeronaves russas foram perdidas, abatidas por defensores aéreos ou devido a erro humano e problemas técnicos. (A Rússia transferiu aeronaves adicionais de outras bases para substituir a maioria das suas perdas.)
Os ataques acontecidos dentro das principais cidades (Kyiv, Kharkiv e Odessa) foram sempre limitados, havendo ainda que ressaltar que, mesmo quando a aviação de longo alcance – os bombardeiros russos Tu-95 “Bear” que podem lançar mísseis de cruzeiro e hipersónicos – realizaram ataques no oeste da Ucrânia, longe do campo de batalha, foram direcionados a alvos militares, tendo havido lógica estratégica, pelo menos na visão da Rússia. Os aeródromos ocidentais em Lutsk, L'viv e Ivano-Frankivsk foram atingidos porque eram as bases mais prováveis para aviões de combate eventualmente doados pela Polónia ou por outros países do leste europeu, tendo sido também muito falada a possibilidade de uma zona de exclusão aérea, para a qual esses aeródromos ocidentais poderiam vir a ser essenciais. E o campo de instrução em Yaroviv foi atingido porque era o local onde a ‘legião internacional’ estava a ser treinada e muito do armamento recebido do estrangeiro estava armazenado.
A Rússia também teve o cuidado de não provocar a OTAN. Os ataques no oeste da Ucrânia tiveram o cuidado de evitar o espaço aéreo da OTAN. Por exemplo, a base aérea ucraniana em Lutsk, sede da 204ª Ala de Aviação e a apenas 110 kms ao sul da Bielorrússia, foi atacada em 13 de março por bombardeiros de longo alcance. Os mísseis foram lançados do Sul, desde o Mar Negro.
Nada disto sugere que a Rússia não tenha culpas pela sua invasão, ou que a destruição e as mortes, ferimentos e deslocamentos de civis não sejam devidos à sua agressão. As evidências no campo de batalha, onde tem havido combates por território – em Kharkiv, nas cidades disputadas da linha de frente como Mariupol, Mikolaiiv e Sumy no Leste; e Chernihiv a nordeste de Kiev – indicam que as mortes de civis foram muito maiores onde as forças terrestres estão a operar.
Embora a maioria dos ataques aéreos russos tenha ocorrido nessas áreas, o aumento dos danos em infraestruturas civis deve-se ao uso de artilharia e lança-foguetes múltiplos, não a ataques aéreos russos ou a mísseis de longo alcance.
Muitos comentadores procuram equivaler a destruição de cidades ucranianas à de Grozny na Tchetchénia e à de Aleppo na Síria, mas mesmo no caso das cidades do Sul, onde a artilharia e os lança-foguetes múltiplos estão dentro do alcance de centros povoados, os ataques parecem estar a tentar atingir unidades militares ucranianas, muitas das quais, por necessidade, operam dentro dessas áreas urbanas. 
Não apenas a destruição é apenas uma pequena fração do que é possível, mas também não têm sido enviados mais mísseis de longo alcance para Kiev e outras grandes cidades como Odessa, nem a aviação de longo alcance foi mais utilizada em ataques estratégicos. Talvez Putin tenha decidido consolidar apenas o território já conquistado ao longo da periferia e ligá-lo com as suas conquistas no Sul, para estar em condições de manter um território suficiente de forma a extrair concessões da Ucrânia e do Ocidente – garantias de segurança ou alguma zona desmilitarizada.
Embora obviamente as forças russas continuem a exercer pressão sobre Kiev, as suas posições não têm sido alteradas e continuam a evitar os bombardeamentos na cidade propriamente dita, o que indicia uma tentativa de deixar espaço para um acordo político.
O facto de ambos os lados estarem a conversar indica sobretudo que estão frustrados por não alcançarem os seus objectivos militares. À medida que a Rússia continua as suas acções, está a ficar com mais dificuldades nos reabastecimentos e recompletamentos e as suas forças também estão a começar a ficar esgotadas. À medida que a Ucrânia continua a sua defesa, também está a atingir os limites da resistência, tendo cada vez mais perdas e estando a ficar sem munições, combustível e víveres. Entretanto, ficou claro que Putin e os seus generais sobrestimaram as suas próprias capacidades militares enquanto subestimavam grosseiramente as defesas da Ucrânia.
Mas, a narrativa actual – numa visão distorcida de que a Rússia está intencionalmente a atingir civis, que está a demolir cidades e que Putin não se importa com isso, impede que se encontre um final para esta guerra, antes que esta se alargue para o resto da Europa, ou acabe em grande desastre estrutural e humano.
As imagens comoventes tornam muito mais fácil para os media concentrarem as notícias nos danos da guerra a infraestruturas e vidas. Mas em proporção à intensidade dos combates, ou à capacidade da Rússia, as coisas poderiam factualmente ser muito piores.
Cada guerra é única e terrível, e a que ocorre na Ucrânia não é diferente. Mas a decisão da Rússia de moderar a sua capacidade destrutiva é um elemento importante. Vladimir Putin não pode vencer facilmente, mas também não pode aceitar a perda ou recuar; e, por outro lado, não pode escalar, a não ser que o Ocidente o faça. Terá que manter a destruição e a pressão num nível muito cuidadoso, apenas forte o suficiente para manter alguma vantagem."

30 de março de 2022

Das redes sociais


Do face de C.V.".  " L'es Echos jornal francês de negócios publicou ante ontem uma análise sobre os mísseis supersónicos  concluindo que a velocidade  e precisão dos mísseis russos é  muitas vezes superior aos dos EUA tornando os escudos anti mísseis irrelevantes. Por agora a vantagem da Russia é muito grande

Também  um analista ligado ao Pentágono é  de opinião  que este facto levou os falcões  a moderarem os seus apelos belicistas e a não  avançarem com medidas que levariam a uma terceira guerra mundial que embora não  tivesse vencedores nem vencidos  levaria a que os primeiros disparos destruíram os EUA. 
O aumento sem precedentes do Orçamento militar americano visa tentar diminuir a superioridade que hoje os russos efectivamente têm nesta área decisiva
Atolar a Rússia num novo "atoleiro afegão" fazendo do povo Ucrâniano carne para canhão parece  também não estar a  resultar dado  que a Russia não deu o passo de ocupar a  Ucrãnia e porque  as fissuras  são cada vez maiores dentro do Exército Ucrâniano onde há uma verdadeira caça às bruxas e Zelensquy  é cada vez mais contestado 
Por outro lado o capital financeiro europeu não  está  satisfeito com as as cedências feitas a Biden designamente em relação de gás O gás russo era 1/3 mais barato que o americano e isto coloca a Europa numa grave situação mesmo em termos de competitividade.
Politicamente  há também nos meios dos serviços secretos britânicos  e americanos  preocupações com a imagem de Putin
Junto dos povos do 3 mundo apesar das campanhas de diabolização deste,
Putin   para o mundo não-ocidental aparece  cada vez mais  não como  um ditador, mas aquele que desafiou a hegemonia anglo - saxónica, aquele a quem os atlantistas não conseguem submeter ,nem  conseguem  esmagar,  Ou seja, Putin não será só o líder da Rússia, mas de todos os que sofrem a arrogância e o domínio ocidental - enquanto Biden continua a fingir que isolou a Rússia e pede aos russos que "se livrem do ditador".

Pelo direito à informação - 1

 Uns “comentadores” evidenciavam a ditadura que, segundo os EUA, reina na Rússia com o facto de uma entrevista de Zelinsky a vários jornalistas, entre os quais um russo, não ter sido transmitida na Rússia. Se isto comprova ditadura, então que dizer do facto dos canais russos terem sido bloqueados no “ocidente”? Zelinsky está em todas as TV em todos os noticiários, assim, fugindo à censura informativa, apresentamos alguns trechos de uma extensa entrevista de Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia. A entrevista completa pode ser lida em https://www.legrandsoir.info/interview-de-serguei-lavrov-ministre-des-affaires-etrangeres-de-la-federation-de-russie-a-la-chaine-rbc-moscou-16-mars-2022.html

- A agenda (russa) é bastante conhecida: segurança das pessoas no Donbass; impedir que a Ucrânia se torne uma ameaça permanente à segurança da Federação Russa; evitar que a ideologia nazi banida em todo o mundo, reapareça na Ucrânia.

- Dmitri Kouleba (atual ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia) estava entre aqueles que reduziram os Acordos de Minsk a pedacinhos. Declarou publicamente que não os respeitariam. A aspiração de aderir à NATO está consagrada na atual Constituição ucraniana. Disseram o tempo todo que Kiev realmente quer aderir à NATO. A Declaração de Soberania da (ex) República Socialista Soviética da Ucrânia, afirma claramente que a Ucrânia será um estado não alinhado e militarmente neutro. Em todos os documentos subsequentes sobre o estabelecimento da estrutura estatal ucraniana, esta Declaração sempre foi listada entre os documentos básicos.- Após o golpe inconstitucional de fevereiro de 2014, novas teses começaram a surgir sobre um movimento “ininterrupto” em direção à NATO (além da UE). Isto está longe de ser a única contradição. A Constituição da Ucrânia não mudou o artigo sobre a garantia dos direitos dos falantes de russo e outras minorias nacionais. Apesar disso, foram aprovadas uma série de leis que vão diretamente contra esse termo constitucional, discriminando grosseiramente o idioma russo, contrariando todos os padrões europeus.

- Lembramos que o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, falou recentemente sobre a necessidade de a NATO "fechar" os céus, começar a fazer guerra pela Ucrânia, recrutar mercenários para enviá-los para a frente." A reação da Aliança, onde ainda há pessoas sensatas, amorteceu esse ímpeto.

- A NATO foi proclamada defensiva no início de sua existência. Durante a Guerra Fria ficou claro quem estava defendendo contra quem e onde. Havia o Muro de Berlim – de betão e geopolítico. Todos tinham aceitado essa linha de contacto entre o Pacto de Varsóvia e a NATO. Estava claro qual linha a NATO defenderia. Quando o Pacto de Varsóvia e a União Soviética desapareceram, a NATO começou a expandir-se para leste, sem consultar aqueles que antes faziam parte do equilíbrio de poder no continente.

- Ninguém levou a sério as nossas observações nos últimos vinte anos, cada vez que esta "linha de defesa" se movia para o leste. Lançámos iniciativas sobre a segurança europeia que, também foram ignoradas pelos nossos arrogantes parceiros. 

- (O que está em causa) Não se trata de forma alguma sobre a Ucrânia, mas sobre a ordem mundial. Os Estados Unidos "esmagaram" toda a UE. Os Estados Unidos, sob o presidente George Biden, propuseram-se subjugar a Europa e garantiram sua adesão incondicional ao curso americano. É um momento histórico e fatídico na história moderna, pois reflete a “batalha” no sentido mais amplo da palavra sobre como será a ordem mundial no futuro.

- Há muitos anos, que o Ocidente parou de usar o termo "direito internacional", consagrado na Carta das Nações Unidas, e cunhou o termo "ordem mundial baseada em regras". Essas regras foram escritas num círculo limitado. Quando perguntado quais são os ideais desse multilateralismo, a resposta é: “Esses são os valores da UE”. Esta arrogância, um sentido não compreendido de sua própria superioridade infinita, também prevalece na situação que agora visualizamos: construir um mundo no qual o Ocidente governará com impunidade e sem questionamentos.

- A Rússia é quase que o último obstáculo a superar antes de enfrentarem a China. A Ucrânia só tem sido fundamental para impedir que a Rússia defenda seus direitos legítimos e iguais no cenário mundial. Na década de 1990, todos esfregavam as mãos na expectativa de que a (ex) União Soviética se tornaria doravante um parceiro absolutamente obediente e incondicional do Ocidente. Toda a ideia de interação, de consenso, como principal ferramenta para realizar a tarefa de cooperação e segurança pan-europeia foi substituída por polémica e retórica, que se tornou cada vez mais russofóbica. Usaram a maioria tanto na OSCE como no Conselho da Europa, onde destruíram a cultura do consenso, do compromisso, impondo votação em decisões que refletiam exclusivamente o seu ponto de vista, indicando claramente que não querem considerar nossos interesses.

- Temos garantias constitucionais e existem garantias que derivam de convenções internacionais nas quais a Rússia participa. São convenções universais: o Pacto Internacional sobre Direitos Políticos e Civis; Pacto Internacional de Direitos Socioeconómicos (do qual os Estados Unidos não são parte); A Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança (os Estados Unidos também não participam) e muitos outros atos que já foram amplamente incorporados à legislação.

- Nas condições atuais, é um pouco estranho ouvir propostas de mediação (no conflito com a Ucrânia) daqueles que assinaram as sanções sem precedentes contra a Rússia e estão falando abertamente para levar o povo russo estar contra as autoridades. Propostas de mediação de países que se recusam a este jogo russofóbico, que entendem as causas profundas da crise atual e os interesses nacionais fundamentais e legítimos da Federação Russa, e que não se juntam a esta guerra de sanções, consideramos positivamente.

- Não esqueçamos a desmilitarização. Nenhuma arma na Ucrânia deve representar uma ameaça para a Federação Russa. Estamos prontos para discutir os tipos de armas que não nos ameaçam. Mesmo sem adesão à NATO, os Estados Unidos ou qualquer outro país podem fornecer armas de ataque à Ucrânia de forma bilateral. Como fizeram com as bases de defesa antimísseis na Polónia e na Roménia. Não esqueçamos que (a Ucrânia) é provavelmente o único país da OSCE, que estabelece o direito dos neonazistas de promoverem as suas opiniões e práticas.

- Não me lembro de uma política tão absolutamente frenética como a que Washington adota atualmente. Em grande parte, é gerada no Congresso, onde eles perderam o senso de realidade e rejeitam todas as convenções e o decoro diplomático há muito rejeitado.

29 de março de 2022

Respigando redes sociais

 1 https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=7211723902202888&id=100000960504038

De António Filipe
O esclarecimento que falta no editorial do Público sobre o esclarecimento que falta

Publica hoje o diretor do Público um editorial com o título "o esclarecimento que falta sobre a lei dos sefarditas", onde afirma que em 2020 Constança Urbano de Sousa ficou praticamente sózinha na tentativa de alterar a lei.
Não é verdade. Apesar de no grupo de trabalho que discutiu a lei da nacionalidade ter havido da parte do PSD, BE, CDS e PAN a oposição expressa à alteração da lei, o PCP manifestou a sua intenção de a votar favoravelmente, aprovando-a com o PS, o que só não aconteceu porque o PS a retirou, impedindo a sua aprovação.
Portanto, onde se lê "praticamente" sózinha, devia ler-se, por amor ao rigor e à verdade, "sózinha com o PCP". Mas isso, nos tempos que correm, seria pedir muito.

2 De Guilherme da Fonseca Statter
Uma coisa que eu gosto nos Estados Unidos é o pragmatismo e a pluralidade de pontos de vista, sobre «tudo e mais algumas coisa».
Neste caso é interessante ver como o famoso «Wall Street Journal» retrata a situação em que estamos nestes dias.
A energia, sempre a energia.
E, para o caso, o crepúsculo do império do «petrodollar».
A jovem comentadora do canal «On My Radar», acrescenta que até Israel recusou condenar a Rússia... 
E lembra que Putin é uma personalidade muito popular em Israel «pois representa a memória do Exército Vermelho»...
E acrescenta: «os judeus têm má memória dos ucranianos por causa do genocídio de 1.000.000 de judeus às mãos de nazis ucranianos» (nos primeiros anos da Segunda Guerra).
Como diz um judeu meu amigo, «temos uma memória de milénios».  
Quem dominar bem o Inglês, pode ver aqui.

3 https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=10224188804981679&id=1648385548
De António Olaio
A Zara está...

Notas e Vídeos fora da Caixa

 Mão amiga fez nos chegar este pequeno vídeo .  O ministério do exercito  não vai averiguar  ? E Marcelo vai assobiar para o ar como é costume ?


https://odysee.com/@ActualidadRT:9/azov-ucrania-meinkampf:f




"Estava a ver este pequeno vídeo em que militares russos mostram a propaganda que encontraram na base tomada ao Batalhão Azov e a logo a seguir ao Mein Kampf aparece uma bandeira ucraniana com escritos onde se pode ler, “Instituto dos Pupilos do Exército” e “São muitos e são um só, Ucrânia Portugal irmãos”

https://odysee.com/@ActualidadRT:9/azov-ucrania-meinkampf:f



image.png


28 de março de 2022

Os crimes … de Putin e antecessores

 Nos EUA comparam-se os crimes de Putin na Ucrânia aos de Hitler contra os judeus. A National Geografic emite um programa em que mostra as atrocidades dos russos contra os alemães em 1945, com a propaganda de Gobbels. Um senador dos EUA apela ao assassínio de Putin, como de Kadafi - ou Ceausesco pelos “combatentes pela democracia” na Roménia. O Pentágono diz ter provas certas de crimes de guerra da Rússia, a presidente do PE diz que a prisão de Navalny é um atentado à justiça. O seu desvelo pela justiça ignora a morte lenta a que submetem Julian Assange e a infame farsa do seu julgamento pleno de ilegalidades? Claro que Assange não é como Navalny um racista de extrema-direita, bem pelo contrário…

Eis algumas efemérides de crimes de guerra e da instauração da democracia que o sr. Biden defende:
Coreia 1950 - 4 milhões de mortos para impedir a reunificação como sempre tinha sido e… um país socialista.
Guatemala 1954 - Golpe de Estado contra Jacob Arbenz presidente constitucional que iniciou período de reformas democráticas. A reforma agrária expropriou terras incultas à United Fruit. Golpe militar, repressão e assassinato de democratas.
Irão 1953 - Golpe de Estado contra o governo progressista de Mossadeg. Instauração da ditadura do Xá Pahlevi, com a sua famigerada polícia política Savak

Indonésia 1958 – Instauração da ditadura derrubando o governo apoiado pelo PC da I. O horror que se seguiu atingiu a loucura com entre 750 mil e 1 milhão de mortes.
Cuba 1961 – Frustrado desembarque de mercenários na Baía dos Porcos para derrubar o governo socialista de Fidel.
Vietname 1961 – Na sequência da derrota do colonialismo francês. Início de uma guerra de 15 anos, contra um país socialista e defender a ditadura no Sul. com mais de 1 milhão de mortes e devastação inaudita pelos bombardeamentos e o agente laranja (desflorestação e deformações congénitas nos humanos.)
Laos 1964 – Ligado com a guerra do Vietname, impedindo governo de coligação com comunistas.
Brasil 1964 – Golpe de Estado, contra o governo progressista de Goulart, com o sinistro corteja de prisões, torturas, assassinatos.
Não houve praticamente país algum da América latina que escapasse a estes tenebrosos atentados à democracia e direitos humanos, tendo sido criada uma escola para policia política e torcionários, Escola das Américas e Plano Condor.
Não sendo exaustivos citem-se apenas o Chile (1973) e Argentina (1976) com a conta do carniceiro em dezenas de milhares de mortes e desaparecidos.
Grécia 1967 – Golpe de Estado fascista dos coronéis. Não deixou de ser país da Nato, tal como a ditadura salazarista, ou o criminoso regime fascista de Franco com bases dos EUA para defender o “mundo livre”.
Nicarágua 1981 – Guerra de mercenários “os contra”, massacrando a população rural, visando o derrube do governo progressista sandinista.
Granada 1984 - Invasão para derrubar o governo progressista.
Panamá 1989 – Invasão para derrubar o gen. Noriega que se tinha tornado incómodo.
Filipinas 1989 – Depois da queda do ditador Marcos, tentativa de golpe frustrado contra a presidente Aquino que parecia estar a sair das “regras”.
Iraque 1991 e 2003 – A política internacional copia por vezes os processos das máfias (ou vice-versa…) foi o caso aqui o caso para derrubar Saddam que pensava poder dispor do petróleo do país e arredores como entendesse. Era não contar com os interesses do padrinho. A mortandade com guerra e ocupação atingiu 1 455 590 pessoas (https://www.informationclearinghouse.info/).

Jugoslávia 1998 – Bombardeamentos durante 78 dias contra a Sérvia que pretendia manter a federação, consagram o desmembramento do país. As vítimas civis contam-se por dezenas de milhar. Tal como no Iraque usadas bombas de urânio empobrecido, causadoras de cancro aos sobreviventes. A guerra entre as repúblicas antes federativas levou à morte de, estima-se, 250 mil vidas.

Somália em guerra desde o final dos anos 1970 – No início para eliminar a influência soviética do governo de Sidi Barre. Tal como no Sudão (em guerra há 46 anos) acabou por se transformar em guerra religiosa com o fundamentalismo islâmico e étnica. Países de caos humano e social, dominado por senhores da guerra.
Afeganistão – 2000 Iémen – 2002, Líbia – 2011, Síria – 2011. Países levados ao caos, centenas de milhares de mortes que não são choradas e de refugiados, milhares dos quais morreram e morrem em naufrágios no Mediterrâneo. Ao contrário dos ucranianos, são desprezados, alojados sem condições em autênticos campos de concentração em certos países.
Apenas na Síria o caos pôde ser travado. O Afeganistão é sujeito a sanções o seu ouro e divisas monetárias foram usurpadas (tal como com a Venezuela) comete-se um genocídio. No Iémen como a ONU tem alertado a situação é semelhante.
Refiram-se ainda os crimes do colonialismo da Índia à África de Norte (relembre-se a Argélia) a Sul. Somam-se os crimes do neocolonialismo, de que o assassinato de Lumumba (1961) o golpe contra de Kwame Nkruma são exemplo do tempo de trevas instaurado.
Putin tem de abandonar o poder para que esta democracia prossiga. cqd (Quod erat demonstrandum).


27 de março de 2022

zelenski

 QUEM É REALMENTE O VERDADEIRO VOLODYMYR ZELENSKY? 

– texto de Fabrizio Gillioni (em 22/03/2022)

Quem é verdadeiramente este comediante ucraniano que se tornou «benjamin» da imprensa ocidental, consagrado como um herói nas capas dos jornais diários e semanários, e nos telejornais? Quem é o personagem que, há poucos dias, apareceu, ao vivo e em uniforme militar, na Praça dos Pacifistas em Florença, entre os aplausos e as ovações da multidão que o aguardava?
Sabemos que nasceu em 1978, numa família de ascendência judaica, e que a sua primeira língua não é a ucraniana, mas sim a russa. Escolheu a carreira de actor e comediante, fundou o “Kvartal 95 Studio” e com ela produziu a telenovela "Sluha Narodu" (Servo do Povo) em que ele próprio, Volodymyr Zelensky, interpreta um homem comum cansado da corrupção política desenfreada na Ucrânia - e o intérprete acaba inesperadamente eleito presidente.
Parece que a ideia foi de Igor Kolomoyskyi – poderoso empresário (com passaportes ucraniano, cipriota e israelita), fiel admirador dos EUA e principal oligarca da Ucrânia – ao assistir à popular telenovela. Veio-lhe então a magnífica ideia de transformar a ficção em realidade e de tornar o comediante Zelensky num verdadeiro Presidente, não só em vídeo, mas também concretamente na vida real.
Foi, então, logo a seguir, que Volodymyr Zelensky anunciou a criação dum partido político com o mesmo nome da novela popular: “Servo do Povo”. No auge da sua popularidade na TV, Zelenski anunciou a sua candidatura à eleição presidencial que se seguiria. E, desde então, a sua empresa “Kvartal 95” passou a registar um fluxo anormal de financiamentos - geridos através de empresas “offshore” com sede em paraísos fiscais - no montante de 40 milhões de dólares.
O principal contribuinte para a campanha presidencial de Zelensky foi, evidentemente, o oligarca ucraniano Igor Kolomoyskyi, proprietário do “PrivatBank”, que é só o maior banco da Ucrânia, no entanro envolvido em vários casos de falências fraudulentas e de investimentos ilegais.
Igor Kolomoysky também foi, aliás, um dos principais financiadores de alguns dos grupos paramilitares neonazis e ultranacionalistas que, em 2014, iniciaram o golpe de estado que derrubou o governo legítimo do presidente Janukovic, desencadeando um período de oito anos de instabilidade política e de guerra civil larvar na Ucrânia.
Em Abril de 2019, Zelensky, já recém-eleito presidente, nomeia para o Governo e altos cargos da Administração membros da sua própria empresa, “Kvartal 95”. Ivan Bakanov, CEO da empresa, torna-se chefe dos Serviços Secretos, enquanto o vice-diretor, Serhiy Shefir, passa a ser o porta-voz oficial do presidente.

Venezuela

 

A conspiração gringa contra a Venezuela continua


Brutal, esse é o adjetivo que melhor descreve as ações intervencionistas que a Administração dos Estados Unidos está aplicando contra a Venezuela. Mas a pátria de Bolívar fortaleceu sua dignidade, permanece intacta dentro de seus muros e derrotou todos os cavalos de Tróia que o império enviou direta ou indiretamente para invadi-la.

Noticias e opiniões fora da caixa

1  Notícias do outro lado

 " A China reagiu negativamente às declarações de políticos ocidentais na cimeira da Otan em Bruxelas sobre preocupações com o apoio de Pequim a Moscovo..
"Que direito tem a OTAN , a principal força motriz por trás da crise ucraniana, de apontar o dedo para a China , que tem clamado por paz e negociações todo esse tempo?" - escreve a publicação "Huanqiu shibao".
Os autores apontam que a posição chinesa sobre os acontecimentos na Ucrânia é bastante clara e se baseia no direito internacional e na Carta da ONU , mas as ações da OTAN no fornecimento de armas a Kiev divergem das palavras sobre a paz.

2 ..."Joe Biden também tem outro objetivo que não corresponde ao nosso: o de aproveitar a situação para tornar a Europa e parte do mundo ,dependentes de sua arma alimentar e de suas exportações de petróleo e gás.A pressão contra nossas empresas capitalistas para sair da Rússia, se é que se pode entender, visa sobretudo tornar ainda mais poderoso o capitalismo norte-americano que, com aqueles que agora chama de oligarcas, privatizou a maior parte da economia russa em cumplicidade ativa com Yeltsin e Putin em nome do capitalismo mais selvagem  tendo como pano de fundo a propaganda da eficiência .
 
Hoje vemos acontecer exatamente o oposto. Não  há globalização capitalista feliz, nem um “fim da história”. São os trabalhadores europeus, ucranianos e russos que sofrem com ias sansões e a guerra e,  as populações  mais desmunidas do mundo. Por isso, é urgente alargar a frente da paz através da diplomacia mobilizando como está a acontecer este fim-de-semana em Bruxelas com uma grande manifestação popular para conquistar a paz. Ações europeias comuns e por toda a Europa devem ser imaginadas e promovidas para  se lutar contra a especulação sobre matérias-primas que atualmente enchem os cofres dos trustes capitalistas."...France H.

3.Do facebook
ARITMÉTICAS DO HORROR’ EVOCADAS PELA ESCRITORA INDIANA ARUNDHATI ROY NO JORNAL FRANCÊS ‘LE MONDE’ EM 2001
- texto de Alfredo Barroso

Num texto publicado no jornal 'Le Monde' em Outubro de 2001, a escritora indiana Arundhati Roy conseguiu demonstrar, com uma lucidez brutal, até que ponto a invocação da memória histórica pode ser cruel e em que medida a «delicada álgebra» duma «justiça sem limites» (ou duma «liberdade duradoura» como dizia Bush Jr.) pode dissimular verdadeiras aritméticas do horror.
A autora do tão celebrado romance «O Deus das Pequenas Coisas» («Booker Prize» em 1997) recordou, aliás, uma entrevista concedida à CBS, em 1996, pela então embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Madeleine Albright, a qual, questionada por Leslie Stahl sobre qual a sua reacção perante a morte de cerca de 500 mil crianças iraquianas, em consequência das duras sanções económicas impostas pelos EUA, respondeu que era «uma opção muito difícil» mas que, bem feitas todas as contas, «pensamos que o preço a pagar vale a pena». Até 2001, porém, «o preço» já duplicara...
Aludindo, com ironia, à distinção pouco subtil entre «civilização» e «barbárie», que parecia justificar outra distinção, não menos grosseira, entre o «massacre de inocentes» e os «danos colaterais» provocados pelas guerras, Arundhati Roy perguntava: «Quantos mortos iraquianos serão necessários para melhorar o mundo? E quantos afegãos será preciso matar por cada americano morto? E quantas crianças mortas por cada adulto morto? E quantos cadáveres de ‘mudjahidines’ pelo cadáver de um só banqueiro?». Eis a delicada álgebra.
Desfiando a sua memória de elefante, a escritora indiana recordava ter sido a CIA a financiar e recrutar, a partir de 1979, por intermédio dos poderosos serviços secretos paquistaneses (ISI), dezenas de milhares de ‘mudjahidines’ em cerca de 40 países muçulmanos para os lançar, em nome do «mundo livre», numa autêntica «guerra santa» - ou «jihad» islâmica - contra as tropas soviéticas que tinham invadido o Afeganistão. Quem havia de dizer que a CIA estava assim a financiar, com 20 anos de antecedência, uma «guerra santa» contra os próprios EUA? E quem havia de dizer que a Rússia e os EUA se aliariam para voltar a destruir o Afeganistão?
Mais: Arundhati Roy salientava que fora cerca de dois anos depois da implantação da CIA na região que a zona fronteiriça entre Paquistão e Afeganistão se transformara no maior produtor mundial de heroína e na principal fonte de abastecimento da droga nas cidades americanas. Como os fundos financeiros e o material militar fornecidos pela CIA já não bastavam, os ‘mudjahidines’ criaram um ‘imposto revolucionário’ e deram ordem aos camponeses para plantar ópio em quantidades industriais. A CIA foi fechando os olhos, enquanto os laboratórios de preparação da heroína cresciam como cogumelos sob a protecção dos serviços secretos paquistaneses.
«Criámos um monstro no Afeganistão» - reconheceu Richard Murphy, secretário de Estado adjunto para os Assuntos Asiáticos do presidente Ronald Reagan, num livro intitulado «Os Novos Chacais". Pois claro que criaram! E Osama Bin Laden era precisamente um desses «novos chacais», recrutados, treinados e financiados pelos EUA. Mas, como salientava Arundhati Roy, se não tivesse sido Bin Laden a «assinar» a brutal carnificina causada pelos atentados suicidas de 11 de Setembro, essa «assinatura» bem poderia ser a dos «fantasmas das vítimas das antigas guerras americanas», dos «milhões de mortos» nos conflitos em «países dirigidos por terroristas, ditadores e autores de genocídios que o governo americano apoiou, formou, financiou e armou»... Desde 1789, já são, aliás,mais de 250 as intervenções militares dos EUA em países estrangeiros nos quatro cantos do mundo! 
Com a mais cruel das ironias, Arundhati Roy perguntava igualmente se o governo da Índia podia aproveitar a ocasião para exigir a extradição do cidadão americano Warren Anderson, que era o presidente da multinacional Union Carbide, «responsável pela fuga de gaz ocorrida em Bhopal, em 1984, causando a morte de 16 mil pessoas». Sabia, no entanto, que a resposta seria negativa, dado «o assustador desprezo» dos governos dos EUA «pelas vidas que não são americanas» e que, ainda por cima, «não passam na televisão». Mas lembrava, também, que «os mísseis Stinger que os helicópteros americanos tanto temem foram fornecidos pela CIA», acrescentando que «a heroína consumida pelos toxicómanos americanos é proveniente do Afeganistão». 
Para a escritora indiana, Osama Bin Laden era o «segredo de família da América», era, digamos, como que «o duplo negro do seu presidente», o «gémeo selvagem» de George W. Bush Jr.. «Estão ambos implicados em crimes políticos sem qualquer ambiguidade e estão armados até aos dentes». Nem um nem outro recuarão perante a destruição e os milhares de mortos prometidos. Entre «a bola de fogo» - W. Bush Jr. - e «o picador de gelo» - Bin Laden - que viesse o Diabo e escolhesse!

(Esta evocação foi feita por mim no semanário ‘Expresso’, na minha coluna semanal "De pé atrás", em 21 de Outubro de 2001)

26 de março de 2022

Notas , blogues e facebook

 1"Perante as palavras do Papa que disse  sentir se envergonhado com a decisão de  na UE irem aumentar os Orçamentos militares , alguém sabe se Marcelo também está  envergonhado? E a igreja portuguesa disse alguma coisa?

Não há um jornalista que pergunte a Marcelo , Costa ...o que é que eles acham das palavras do Papa , se não se sentem também envergonhados


2 Folha do Brasil.
Mais uma provocação em curso
"Neonazis em Odessa, sob a direção do governador, minaram 
a barragem de Khadzhibey, disse o chefe do Centro Nacional de
 Controle de Defesa da Federação Russa, coronel-general
 Mikhail Mizintsev.
"Em Odessa , por instruções do governador da região, foi 
minada a barragem Khadzhibey, que os neonazis 
planejam explodir", disse ele.
O general explicou que, por causa disso, áreas 
densamente povoadas junto com os moradores 
da cidade estariam na zona de inundação, e chamou 
essa decisão de insana.
Segundo ele, uma tentativa de um representante 
do Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia de 
impedir a implementação desse plano foi reprimida 
de forma rude e dura, até a ameaça de execução."

3 "Biden disse que era preciso demitir Putin e mudar o regime na Russia. 
Como o regime na Russia é  capitalista será  que Biden 
quer que este seja socialista ou é apenas a oxidação
 dos neurónios do presidente dos EUA que avança de forma galopante ?"

NATO e Nazismo , uma irmandade

Relembrar 

1 de Agosto de 2019 João Goulão

Irmãos da Floresta, regimento Azov, Abdelhakim Belhadj, o Estado Islâmico e o terrorismo «moderado», fornecimento clandestino de armamento sofisticado. A associação entre a NATO e os nazi-fascismos é um facto

O batalhão Azov, apoiado pela NATO e pelas lideranças da UE e dos EUA, e tratado pelos "mainstream media" ocidentais como «nacionalistas ucranianos» ou «admiradores de Stepan Bandera», usa o símbolo nazi "Wolfsangel" na sua bandeira e uma das tropas de choque preferidas do governo de Kiev, no Leste como no resto do país.Créditos/ twitter.

haverá de comum entre um grupo armado formado por membros das Waffen SS em Estados bálticos, designado Irmãos da Floresta, o regimento Azov da Guarda Nacional ucraniana, o emir do Daesh no Magrebe, de seu nome Abdelhakim Belhadj, e o mistério do armamento sofisticado descoberto recentemente num santuário neonazi em Turim, Itália?

Por muito que seja considerada inadmissível pela comunicação mainstream e seus fiéis seguidores, a resposta é: NATO – Organização do Tratado do Atlântico Norte.

25 de março de 2022

Soma e Segue

1 Bendita a pandemia e o choradinho da  CIP.

Enquanto as pequenas empresas iam à  falência, enquanto os trabalhadores da cultura contavam os cêntimos , as cotadas enchiam os bolsos.
As empresas do índice de referência do PSI 20 terminaram 2021 com resultados líquidos  de 3,5 mil milhões . Os Lucros dispararam 50%  e as empresas entregaram 2.5 mil milhões aos accionistas  , os tais que enriquecem mesmo dormindo.!
Depois , como se sabe , uma boa parte destes dividendos rumam para o estrangeiro.
Por isso temos que acrescentar benditas as privatizações e benditos os privatizadores.!!! 

2 Papa Francisco:

 “Senti vergonha quando um grupo de Estados se comprometeu gastar 2% do PIB para comprar armas, em resposta ao que está a passar-se. Uma loucura”
(...)
“A verdadeira resposta, no entanto, não são mais armas, mais sanções, mais alianças político-militares, mas sim um foco diferente, uma forma diferente de governar o mundo, agora globalizado, e de configurar as relações internacionais”.
(...)
“Creio que para os que pertencem à minha geração é insuportável ver o que aconteceu e está a acontecer na Ucrânia. Mas, desgraçadamente, isto é fruto da velha lógica política de poder que continua a dominar a chamada geopolítica”
(...)
“As guerras regionais nunca faltaram, até se chegar a esta, que tem uma dimensão maior e ameaça o mundo inteiro”.
(...)
“Mas o problema básico é o mesmo, continuamos a governar o mundo como um ‘tabuleiro de xadrez’, onde os poderosos tramam os seus movimentos para alargar o seu domínio em detrimento dos outros”
(...)
ainda domina no mundo “o poder económico- tecnocrático-militar." do facebook de Pedro Penilo