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27 de março de 2022

zelenski

 QUEM É REALMENTE O VERDADEIRO VOLODYMYR ZELENSKY? 

– texto de Fabrizio Gillioni (em 22/03/2022)

Quem é verdadeiramente este comediante ucraniano que se tornou «benjamin» da imprensa ocidental, consagrado como um herói nas capas dos jornais diários e semanários, e nos telejornais? Quem é o personagem que, há poucos dias, apareceu, ao vivo e em uniforme militar, na Praça dos Pacifistas em Florença, entre os aplausos e as ovações da multidão que o aguardava?
Sabemos que nasceu em 1978, numa família de ascendência judaica, e que a sua primeira língua não é a ucraniana, mas sim a russa. Escolheu a carreira de actor e comediante, fundou o “Kvartal 95 Studio” e com ela produziu a telenovela "Sluha Narodu" (Servo do Povo) em que ele próprio, Volodymyr Zelensky, interpreta um homem comum cansado da corrupção política desenfreada na Ucrânia - e o intérprete acaba inesperadamente eleito presidente.
Parece que a ideia foi de Igor Kolomoyskyi – poderoso empresário (com passaportes ucraniano, cipriota e israelita), fiel admirador dos EUA e principal oligarca da Ucrânia – ao assistir à popular telenovela. Veio-lhe então a magnífica ideia de transformar a ficção em realidade e de tornar o comediante Zelensky num verdadeiro Presidente, não só em vídeo, mas também concretamente na vida real.
Foi, então, logo a seguir, que Volodymyr Zelensky anunciou a criação dum partido político com o mesmo nome da novela popular: “Servo do Povo”. No auge da sua popularidade na TV, Zelenski anunciou a sua candidatura à eleição presidencial que se seguiria. E, desde então, a sua empresa “Kvartal 95” passou a registar um fluxo anormal de financiamentos - geridos através de empresas “offshore” com sede em paraísos fiscais - no montante de 40 milhões de dólares.
O principal contribuinte para a campanha presidencial de Zelensky foi, evidentemente, o oligarca ucraniano Igor Kolomoyskyi, proprietário do “PrivatBank”, que é só o maior banco da Ucrânia, no entanro envolvido em vários casos de falências fraudulentas e de investimentos ilegais.
Igor Kolomoysky também foi, aliás, um dos principais financiadores de alguns dos grupos paramilitares neonazis e ultranacionalistas que, em 2014, iniciaram o golpe de estado que derrubou o governo legítimo do presidente Janukovic, desencadeando um período de oito anos de instabilidade política e de guerra civil larvar na Ucrânia.
Em Abril de 2019, Zelensky, já recém-eleito presidente, nomeia para o Governo e altos cargos da Administração membros da sua própria empresa, “Kvartal 95”. Ivan Bakanov, CEO da empresa, torna-se chefe dos Serviços Secretos, enquanto o vice-diretor, Serhiy Shefir, passa a ser o porta-voz oficial do presidente.
Chegados a este ponto, convirá saber que oligarca Igor Kolomoysky, ‘padrinho’ político e principal financiador de Zelensky, tem fortíssimos interesses económicos na região do Donbass, razão pela qual o seu "exército privado" – constituído por militantes de várias organizações neonazis e ocupando um lugar à parte dentro do exército ucraniano – já terá exterminado desde 2015 cerca de 16 mil cidadãos russófonos do Donbass, perante um silêncio deveras escandaloso [o secretário-geral da ONU incluído] da comunidade internacional [sendo certo que, actualmente, por “comunidade internacional” se deve entender tão-só os EUA, a Austrália e, claro, os países membros da União Europeia e da NATO].
Essa é também a razão pela qual Volodymyr Zelensky se recusa, nas conversações de paz, aceitar os pedidos russos de reconhecimento das duas Repúblicas Populares do Donbass, e está interessado em que esta guerra se prolongue, enquanto vai tentando por todas as formas envolver a NATO e estender a guerra ao resto da Europa .
Segundo o que está registado nos “Pandora Papers” e já foi relatado pelo ‘The Guardian’ em 3 de outubro de 2021, Volodymyr Zelensky detém acções em três empresas ‘offshore’, tem ligações com vários oligarcas que lhe proporcionam financiamentos ilegais ‘bilionários’ e está diretamente envolvido na atribuição ilegal de armas e dinheiro a grupos de neonazis.
À luz de tudo isto, e do seu interesse declarado em fazer a Ucrânia entrar para a NATO – colocando bases de mísseis norte-americanas ao longo da fronteira russa, reclamando uma “zona de exclusão aérea” e, inclusive, o uso de armas nucleares – é forçoso perguntar porque é que o presidente ucraniano é tratado como um herói por quase todos os meios de comunicação de massas europeus e americanos. 
É mesmo caso para perguntar se porventura os políticos e os meios de comunicação de massas 'ocidentais' terão uma perfeita consciência da montanha de corrupção e negócios fraudulentos que está na base do apoio ao politico corrupto que é presidente da Ucrânia, que ainda por cima apoia vários grupos de extrema-direita, e que coloca a Europa inteira em risco, se porventura ela ceder aos delírios de guerra desta gente desequilibrada e corrupta.

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