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18 de novembro de 2022

 


Domenico Moro

https://observatoriocrisis.com/2022/11/12/el-capital-en-el-siglo-xxi-entre-el-estancamiento-secular-y-la-guerra/

Os Estados Unidos mantêm a hegemonia do dólar através da força militar e mantêm a força militar financiando-se através do dólar.

Desde que perdeu sua hegemonia económica, os Estados Unidos confiaram cada vez mais na influência geopolítica, o que se deve em grande parte ao fato de os Estados Unidos terem uma força militar incomparável.

A realidade geopolítica do início do século XXI deve ser estudada a partir da categoria de modo de produção. Esta categoria define os mecanismos de funcionamento do capital em geral, abstraindo-se de economias e estados individuais. Por isso, devemos relacionar a categoria de modo de produção com a de formação sócio-econômica historicamente determinada, que nos dá a imagem dos Estados individuais e das relações entre eles em um dado momento.

Além disso, nossa abordagem deve ser dialética, ou seja, baseada na análise das tendências da realidade econômica e política. Essas tendências não são lineares, mas muitas vezes se contradizem. Só o estudo das diferentes tendências conflituosas pode permitir delinear possíveis cenários futuros.

1. A "estagnação secular"

A economia capitalista mundial entrou em uma fase de "estagnação secular". Essa definição foi formulada em 2014 por Laurence H. Summers, proeminente economista americano, secretário do Tesouro no governo Clinton e chanceler da Universidade de Harvard. Summers pegou emprestado o termo "estagnação secular" do economista Alvin Hansen, que o cunhou durante a Grande Depressão da década de 1930, que começou com o crash da bolsa de valores de 1929. A atual "estagnação secular", em contraste, começou com o crash de 2007 -2009, que se seguiu ao estouro da bolha das hipotecas subprime.

A “estagnação secular” é um crescimento do PIB muito baixo, bem abaixo do potencial. Segundo Summers, o baixo crescimento se deve ao menor investimento de capital. Afinal, o crescimento anterior à crise do subprime sempre se deveu a uma política fiscal e monetária excessivamente expansionista, baseada na manutenção de juros muito baixos pelo Fed, o banco central norte-americano. Em essência, aponta Summers, não houve um único período nos últimos quinze ou vinte anos em que houve crescimento satisfatório em condições financeiras sustentáveis. No entanto, esse problema afetou não apenas os Estados Unidos, mas também a zona do euro e o Japão.

O que Summers escreveu em 2014 foi confirmado pelo que aconteceu até agora. O crescimento do PIB desacelerou em todos os lugares, com 2020 vendo a recessão mais severa desde o final da Segunda Guerra Mundial como resultado da pandemia. No entanto, a desaceleração tem sido mais pronunciada nos principais países avançados e menos acentuada em alguns países emergentes. Esse fenômeno pode ser observado comparando os países do G7 (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) com os BRICS (China, Índia, Brasil, Rússia e África do Sul), ambos no período anterior à crise das hipotecas subprime, entre 1980 e 2007, bem como no período subsequente, entre 2007 e 2021 (Tabela 1)....ver link acima

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