Ontem a SIC do Balsemão Bildeberg esteve horas seguidas a comentar, relatar e a repetir as imagens da adesão da Finlandia à NATO conduzida por uma social democrata altamente promovida em toda a imprensa ocidental e que perdeu as eleições na semana passada . Ficou em terceiro lugar , tendo ganho a direita e a extrema direita´
Entre a cópia e o origina mais uma vez a escolha foi para o original . Mesmo assim, e depois de todas as campanhas, a última sondagem mostrava que só 54% dos Finlandeses concordavam com a adesão e que 79% são contra a instalação de armas nucleares em território Finlandês...
Do Facebook do Maj General Raúl Cunha
Tradução e adaptação de um artigo apanhado na net sobre a adesão da Finlândia à OTAN:
Há
uns dias, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, tinha anunciado
que a Finlândia se tornaria no 31º membro da aliança militar da OTAN,
liderada pelos EUA, após a aprovação de um voto de ratificação pela
Turquia, o último membro da OTAN necessário para aprovar a proposta.
Hoje mesmo, a 4 de abril de 2023, foi formalizada essa adesão da
Finlândia.
Stoltenberg gabou-se de que foi “o
processo de ratificação mais rápido da história moderna da OTAN”. Mas,
esta rapidez da adesão da Finlândia não é um acaso. Está intimamente
ligada aos planos dos EUA para uma ofensiva de primavera na Ucrânia, que
será acompanhada por um grande reforço militar na fronteira da Rússia.
Os
Estados Unidos, a Alemanha e outros membros da OTAN estão a enviar para
o conflito carros de combate, veículos blindados e milhares de soldados
ucranianos treinados em países da OTAN, ao mesmo tempo que planeiam
enviar dezenas de milhares de soldados da OTAN para perto da fronteira
russa.
Cinco estados da OTAN fazem actualmente
fronteira com a Rússia: Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia e Noruega. A
fronteira da OTAN será efetivamente duplicada quando a Finlândia
aderir. O país tem a maior fronteira terrestre com a Rússia de qualquer
estado da Europa, com cerca de 1340 quilómetros.
A
fronteira finlandesa fica apenas a 160 quilómetros de São Petersburgo,
um dos centros económicos e políticos mais importantes da Rússia. A
Finlândia controla vias marítimas de comunicação vitais usadas pela
Rússia e desempenha um papel importante na disputa pelo domínio do Mar
Báltico e do Ártico.
A expansão da fronteira
terrestre da OTAN com a Rússia está a ser massivamente militarizada. Na
passada semana foi informado que: “Nos próximos meses, a aliança
acelerará os esforços para armazenar equipamentos ao longo do limite
leste da aliança e irá designar dezenas de milhares de forças que podem
acorrer para ajudar os aliados num curto prazo”.
O
“flanco oriental” da OTAN assemelha-se cada vez mais às linhas de
batalha da frente oriental na Segunda Guerra Mundial, que se estendia da
Finlândia até à Ucrânia. A decisão de incorporar a Finlândia na aliança
da OTAN tem um enorme significado histórico, já que este país foi um
importante aliado da Alemanha nazi durante a Segunda Guerra Mundial e
desempenhou um papel crítico na guerra de extermínio contra a União
Soviética, incluindo no cerco de Leningrado, agora São Petersburgo.
O
movimento para expandir ainda mais a OTAN também desmascara todas as
reivindicações promovidas pelo governo de Biden e pelos media de uma
“guerra não provocada”. De acordo com a desgastada narrativa da Casa
Branca, a guerra na Ucrânia é uma “guerra seletiva” lançada por um único
homem em fevereiro de 2022. Putin começou a guerra, e apenas Putin a
pode terminar – retirando as tropas russas para onde estavam no ano
passado, repete a Casa Branca sem parar.
Mas na
realidade, o conflito entre os EUA/OTAN e a Rússia, que eclodiu sobre a
fronteira ucraniana, é de facto o resultado de uma campanha de décadas
do imperialismo dos EUA para cercar, enfraquecer e, finalmente, dividir e
desmantelar a Rússia, como parte da preparação para o conflito com a
China.
Durante e após a dissolução da União
Soviética, os Estados Unidos procuraram activamente a inclusão dos
estados do Leste Europeu na OTAN, ao mesmo tempo que alimentavam
movimentos nacionalistas dentro da Rússia para criar instabilidade e
fragmentar o país.
Desde 1990, 13 países aderiram à
OTAN, duplicando efectivamente o número de membros. Durante esse
período, a fronteira da OTAN deslocou-se 1300 quilómetros para o leste.
Em
1998, o Senado dos Estados Unidos votou a favor da expansão da OTAN
para incluir a Polónia, a Hungria e a República Checa. “Este é, de
facto, o começo de mais 50 anos de paz”, disse o então senador Joe
Biden. Em 15 de junho de 2001, num discurso em Varsóvia, na Polónia, o
presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, declarou o seu “Plano
para ampliar a OTAN” a fim de criar um anel de países que se estenderia
“do Báltico ao Mar Negro”.
Em 2004, a OTAN
expandiu-se novamente, adicionando mais sete países: Estónia, Letónia,
Lituânia, Eslováquia, Eslovénia, Bulgária e Roménia. Esses países da
Europa Oriental faziam parte da União Soviética ou dos seus estados
satélites durante a Guerra Fria.
A Croácia e a Albânia aderiram à OTAN em 2009. O Montenegro aderiu em 2017 e a Macedónia do Norte aderiu em 2020.
A
própria guerra na Ucrânia foi instigada pela recusa do governo Biden em
negociar a exigência da Rússia de uma garantia de que a Ucrânia não se
tornaria num membro da OTAN. A invasão foi a resposta do governo Putin
ao cerco do império americano.
Em 1997, quando o
governo Clinton iniciou uma campanha para incluir a República Checa, a
Hungria e a Polónia na OTAN, George F. Kennan, estratega da Guerra Fria e
autor da teoria da “contenção”, reconheceu que “tinha sido decidido, de
alguma forma e em algum lugar, expandir a OTAN até as fronteiras da
Rússia.” E alertou que “expandir a OTAN seria o erro mais fatal da
política americana em toda a era pós-guerra fria”.
Nas
duas décadas seguintes, todo o aparelho político e os media dos EUA
abraçaram a expansão da OTAN e incrementaram os esforços para provocar
um conflito com a Rússia. Essa febre de guerra foi acompanhada pela
declaração de que qualquer oposição à expansão da OTAN era e é
“propaganda russa”.
1 comentário:
Os boys e girls que estão em conluio com o império (vulgo USA) que pretendia comprar o mundo com dinheiro falso estão apresentados...
--->>> LIBERDADE/DISTÂNCIA/SEPARATISMO desse pessoal!
.
O legítimo Direito ao separatismo Identitário:
--» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com
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