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5 de abril de 2023

A grande vitória

Ontem a SIC do Balsemão Bildeberg  esteve horas seguidas a comentar,  relatar  e a repetir as imagens da adesão da Finlandia à NATO conduzida por uma social democrata altamente promovida em toda a imprensa ocidental e  que perdeu as eleições na semana passada . Ficou em terceiro lugar , tendo ganho a direita e a extrema direita´

 Entre a cópia e o origina mais uma vez a escolha foi para o original . Mesmo assim, e depois de todas as campanhas, a última sondagem mostrava  que só 54% dos Finlandeses concordavam com a adesão e que 79% são contra a instalação de armas nucleares em território Finlandês...

Do Facebook do Maj General Raúl Cunha

Tradução e adaptação de um artigo apanhado na net sobre a adesão da Finlândia à OTAN:

Há uns dias, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, tinha anunciado que a Finlândia se tornaria no 31º membro da aliança militar da OTAN, liderada pelos EUA, após a aprovação de um voto de ratificação pela Turquia, o último membro da OTAN necessário para aprovar a proposta. Hoje mesmo, a 4 de abril de 2023, foi formalizada essa adesão da Finlândia.
Stoltenberg gabou-se de que foi “o processo de ratificação mais rápido da história moderna da OTAN”. Mas, esta rapidez da adesão da Finlândia não é um acaso. Está intimamente ligada aos planos dos EUA para uma ofensiva de primavera na Ucrânia, que será acompanhada por um grande reforço militar na fronteira da Rússia.
Os Estados Unidos, a Alemanha e outros membros da OTAN estão a enviar para o conflito carros de combate, veículos blindados e milhares de soldados ucranianos treinados em países da OTAN, ao mesmo tempo que planeiam enviar dezenas de milhares de soldados da OTAN para perto da fronteira russa.
Cinco estados da OTAN fazem actualmente fronteira com a Rússia: Estónia, Letónia, Lituânia, Polónia e Noruega. A fronteira da OTAN será efetivamente duplicada quando a Finlândia aderir. O país tem a maior fronteira terrestre com a Rússia de qualquer estado da Europa, com cerca de 1340 quilómetros.
A fronteira finlandesa fica apenas a 160 quilómetros de São Petersburgo, um dos centros económicos e políticos mais importantes da Rússia. A Finlândia controla vias marítimas de comunicação vitais usadas pela Rússia e desempenha um papel importante na disputa pelo domínio do Mar Báltico e do Ártico.
A expansão da fronteira terrestre da OTAN com a Rússia está a ser massivamente militarizada. Na passada semana foi informado que: “Nos próximos meses, a aliança acelerará os esforços para armazenar equipamentos ao longo do limite leste da aliança e irá designar dezenas de milhares de forças que podem acorrer para ajudar os aliados num curto prazo”.
O “flanco oriental” da OTAN assemelha-se cada vez mais às linhas de batalha da frente oriental na Segunda Guerra Mundial, que se estendia da Finlândia até à Ucrânia. A decisão de incorporar a Finlândia na aliança da OTAN tem um enorme significado histórico, já que este país foi um importante aliado da Alemanha nazi durante a Segunda Guerra Mundial e desempenhou um papel crítico na guerra de extermínio contra a União Soviética, incluindo no cerco de Leningrado, agora São Petersburgo.
O movimento para expandir ainda mais a OTAN também desmascara todas as reivindicações promovidas pelo governo de Biden e pelos media de uma “guerra não provocada”. De acordo com a desgastada narrativa da Casa Branca, a guerra na Ucrânia é uma “guerra seletiva” lançada por um único homem em fevereiro de 2022. Putin começou a guerra, e apenas Putin a pode terminar – retirando as tropas russas para onde estavam no ano passado, repete a Casa Branca sem parar.
Mas na realidade, o conflito entre os EUA/OTAN e a Rússia, que eclodiu sobre a fronteira ucraniana, é de facto o resultado de uma campanha de décadas do imperialismo dos EUA para cercar, enfraquecer e, finalmente, dividir e desmantelar a Rússia, como parte da preparação para o conflito com a China.
Durante e após a dissolução da União Soviética, os Estados Unidos procuraram activamente a inclusão dos estados do Leste Europeu na OTAN, ao mesmo tempo que alimentavam movimentos nacionalistas dentro da Rússia para criar instabilidade e fragmentar o país.
Desde 1990, 13 países aderiram à OTAN, duplicando efectivamente o número de membros. Durante esse período, a fronteira da OTAN deslocou-se 1300 quilómetros para o leste.
Em 1998, o Senado dos Estados Unidos votou a favor da expansão da OTAN para incluir a Polónia, a Hungria e a República Checa. “Este é, de facto, o começo de mais 50 anos de paz”, disse o então senador Joe Biden. Em 15 de junho de 2001, num discurso em Varsóvia, na Polónia, o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, declarou o seu “Plano para ampliar a OTAN” a fim de criar um anel de países que se estenderia “do Báltico ao Mar Negro”.
Em 2004, a OTAN expandiu-se novamente, adicionando mais sete países: Estónia, Letónia, Lituânia, Eslováquia, Eslovénia, Bulgária e Roménia. Esses países da Europa Oriental faziam parte da União Soviética ou dos seus estados satélites durante a Guerra Fria.
A Croácia e a Albânia aderiram à OTAN em 2009. O Montenegro aderiu em 2017 e a Macedónia do Norte aderiu em 2020.
A própria guerra na Ucrânia foi instigada pela recusa do governo Biden em negociar a exigência da Rússia de uma garantia de que a Ucrânia não se tornaria num membro da OTAN. A invasão foi a resposta do governo Putin ao cerco do império americano.
Em 1997, quando o governo Clinton iniciou uma campanha para incluir a República Checa, a Hungria e a Polónia na OTAN, George F. Kennan, estratega da Guerra Fria e autor da teoria da “contenção”, reconheceu que “tinha sido decidido, de alguma forma e em algum lugar, expandir a OTAN até as fronteiras da Rússia.” E alertou que “expandir a OTAN seria o erro mais fatal da política americana em toda a era pós-guerra fria”.
Nas duas décadas seguintes, todo o aparelho político e os media dos EUA abraçaram a expansão da OTAN e incrementaram os esforços para provocar um conflito com a Rússia. Essa febre de guerra foi acompanhada pela declaração de que qualquer oposição à expansão da OTAN era e é “propaganda russa”.

1 comentário:

mensagensnanett disse...

Os boys e girls que estão em conluio com o império (vulgo USA) que pretendia comprar o mundo com dinheiro falso estão apresentados...
--->>> LIBERDADE/DISTÂNCIA/SEPARATISMO desse pessoal!
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O legítimo Direito ao separatismo Identitário:
--» blog http://separatismo--50--50.blogspot.com