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3 de março de 2025

Devem os povos da UE sacrificar-se pela democracia de Zelensky?

Após ser posto fora da Casa Branca, Zelensky foi a Londres fazer queixa e receber carinhos. Disse o PM Starmer: "Seja forte, seja corajoso, seja destemido. Você nunca está sozinho, caro Presidente". Starmer prometeu total apoio à Ucrânia. Algo confuso sabendo que o Exército Britânico conta atualmente com apenas 75166 soldados regulares. Na UE/NATO não poupam elogios à "coragem" de Zelensky, uma coragem revelada em 1 milhão de baixas e uns 10 milhões de fugidos do país. Tudo isto seria evitado caso o acordo de paz em março-abril de 2022, não tivesse sido sabotado obedecendo ao representante dos neocons na altura Boris Johnson.

Dizem que lidera "um governo democraticamente eleito que representa a vontade do povo ucraniano”. Mas qual "vontade do povo" se ele cancelou as eleições? Enfim, é desta forma que funciona a a bolha mediática.

Admitamos que é preciso coragem para ter obtido uma enorme fortuna para si e o seu clã. O parlamentar Oleksandr Dubinsky acusou Zelensky e seus comparsas de acumularem uma fortuna de 100 mil milhões de dólares ao longo de cinco anos com comissões, comércio de cereais e muito do que vem do exterior para lutar contra a Rússia. Os EUA disseram basta e a Ucrânia terá que pagar ou descobrir para onde foi o dinheiroOlhando para evidências, o que ressalta é que para Zelensky e a UE/NATO pouco importam as vidas dos ucranianos, o principal é prejudicar a Rússia e saquear os recursos ucranianos.

Zelensky é elogiado como lutador pela democracia. Mas o clã de Kiev está associado a ditadura e ao tenebroso passado nazi. Veja-se se as seguintes proposições são: Verdadeiras ou Falsas?

- Em 2022, baniu 11 partidos de oposição, incluindo o segundo maior partido no parlamento ucraniano (Plataforma de Oposição – Pela Vida) mantendo apoiantes e neonazis

- Perseguiu e baniu em agosto de 2024 a maior igreja da Ucrânia, a Igreja Ortodoxa Ucraniana

- Comanda uma rede de corrupção avaliada em 100 mil milhões de dólares

- Supervisiona um sistema de recrutamento militar pela força

- Baniu um grupo linguístico. Em 9 de Maio de 2023 foram destruídos no mínimo 100 milhões de livros em língua russa. Neste auto-da-fé incluem-se clássicos de Pushkin a Léon Tolstoi, Dostoievski, etc.

- Em 2021, baniu 3 das principais estações de TV ucranianas: NewsOne, ZIK e 112 Ukraine

- Assinou uma lei que deu ao governo poderes para censurar meios de de comunicação e plataformas de media social

- Dirige um sistema totalitário imposto pela polícia secreta a SBU, que aprisiona e tortura críticos, como o padre Theophan, padre ortodoxo do Donbass, que passou 37 dias em cativeiro pela polícia secreta ucraniana. Espancaram-no, eletrocutaram-no e afogaram-no numa tentativa de obter uma confissão falsa. O jornalista americano Gonzalo Lira, foi morto numa prisão ucraniana onde cumpria pena por acusações da SBU. Comunistas e outros sectores democráticos tinham sido há muito presos, torturados, mortos ou fugidos do país. “Todos aqueles que falam a verdade ao poder de Kiev, como Gonzalo Lira, são heróis exatamente porque arriscam suas vidas e às vezes as perdem. Gonzalo não foi o primeiro e não será o último. Uma zona de guerra sob ocupação nazi é um lugar extremamente perigoso. Gonzalo cometeu um erro fatal subestimando a maldade de seus inimigos. Elon Musk e o jornalista da Fox News Tucker Carlson defenderam a sua libertação, criticando a falta de assistência da Embaixada dos EUA. Foram ignorados.

- Foram enviados centenas de milhares de homens para mortes inúteis em contraofensivas fracassadas em 2023 e 2024.

- Provocou a Rússia atacando a infraestrutura civil russa. A destruição das infraestruturas energéticas, ferroviárias, etc., da Ucrânia é o resultado da retaliação russa aos ataques ucranianos, as reparões prejudicadas pela corrupção.

- A Ucrânia emitiu selos de com a efígie de Roman Szuchewycz comandante das forças ucranianas associadas aos nazis, responsáveis pelo massacre de até 100 000 polacos. (Wołyn genocidio)

- Nazis ucranianos da Organização Paramilitar dos Nacionalistas (OUN) do Exército Insurgente Ucraniano (UPA) foram transformados em heróis. Colaboraram com os nazis e ajudaram ao massacre de milhares de judeus e de 70 000 a 100 000 polacos. Stepan Bandera colaborador nazi líder na OUN é reverenciado na Ucrânia atual. Em 2016, uma grande avenida em Kiev foi renomeada Bandera. Uma mudança obscena, uma vez que a rua leva a Babyn Yar onde os nazis e colaboracionistas ucranianos, exterminaram 33771 judeus. Monumentos e nomes de ruas foram dados a nazis, como Stetsko, que prometeu a lealdade do seu governo a Hitler. Foi em tempos saudado como líder dos combatentes da liberdade por Ronald Reagan.

- O site Mirotvorets dirigido por um ex-funcionário da SBU, publica informações de pessoas consideradas pelo site "inimigas da Ucrânia" ou "cujas ações tenham indícios de crimes contra a segurança nacional da Ucrânia." Foi descrito como uma "lista de mortes" por Yulia Gorbunova, pesquisadora ucraniana para a Human Rights Watch, pois pessoas que apareceram nela foram mortas poucos dias depois.

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