“Estes romanos são loucos” – dizia Asterix. Os neocons não são menos. A tentativa de criar uma guerra na Ucrânia que permitisse atacar a Rússia, foi travada quase no último momento. Os estrategas do Pentágono sabem que não podem vencer a Rússia no seu território. Mas os que rodeiam Biden insistem, o Departamento de Estado quer que a Ucrânia atinja as condições necessárias para se tornar membro da NATO.
A propaganda transformou a Rússia em agressora porque colocou tropas nas suas fronteiras. Os EUA que colocaram tropas e fizeram manobras a mais de 6 000 kilómetros das suas fronteiras, estavam a defender-se… Esta argumentação, é apenas uma forma de encobrir mais um fracasso imperialista e como a sua margem de manobra se reduz.
O ridículo de tudo isto é a NATO ter a pretensão de não reconhecer à Rússia o direito à sua defesa, mesmo quando as ameaças se aglomeram junto às suas fronteiras.
A Rússia e a China são de facto sérios obstáculos à expansão imperialista. A China tornou-se a principal potência económica e financeira do mundo em termos reais. As atuais capacidades militares russas e chinesas deveriam levar os EUA a moderar sua arrogância e agressividade. Mas esta agressividade, é própria da natureza do imperialismo. Brutaliza, aterroriza e assassina gente inocente e países que se atrevem a ser comunistas, socialistas, ou simplesmente independentes.
Desde 2001, segundo o information clearing house os EUA gastaram mais de 5,3 milhões de milhões de dólares nas suas guerras. É ridículo dizer-se a maior força militar do mundo, mas ser incapaz de impor a sua ordem em países tão pobres como o Afeganistão, o Iraque, a Síria, a Líbia (que assim se tornou, graças à “intervenção humanitária” da NATO) não falando do Vietname, Coreia do Norte, em África, mesmo na Sérvia, etc.
O orçamento para despesas militares e de segurança anda pelos 1,2 milhões de milhões de dólares, 70 a 75 % do défice federal, e, apesar do dólar, o nível de vida está em acentuado declínio para a generalidade da população.
A forma de existência dos impérios é, historicamente comprovado, a guerra. Não podem fugir a isto, os EUA são mais um exemplo. Durante os 244 anos da sua existência como nação independente, estiveram em guerra 227. Nos últimos 20 anos os EUA deitaram em média 46 bombas por dia. Incluindo, claro, os oito anos do prémio Nobel da Paz (?!), Obama. Sob as bombas estão sobretudo civis.
A guerra é um recurso a que a oligarquia imperialista deita mão após falharem as tentativas de corrupção, conspiração, aplicação de “sanções”, assassinato de dirigentes que não se lhe submetam. Na sua visão não deixa de lhes ser vantajosa quer pela produção de material bélico quer por permitir lucrativos negóciosnos países ocupados. É fácil verificar quem tem tudo a perder e quem paga as custas: o povo, tanto do país agredido como do agressor.
Desde a 2ª Guerra Mundial os EUA não ganharam nenhuma guerra (se excetuarmos os minúsculos Granada e Panamá). No Iraque, Afeganistão e noutros lugares, as forças dos EUA são basicamente capazes apenas de se protegerem a si próprias. Apesar da propaganda, a verdade é que estas "melhores do mundo" ainda têm de alcançar o seu primeiro êxito significativo e operacional em qualquer parte. Ganham batalhas em ccontra adversários muito inferiores, mas não ganham a guerra.
Por exemplo, após o cobarde assassinato do general iraniano no Iraque, abstiveram-se de responder ao ataque de retaliação a uma base com mísseis.
Outro exemplo é a Sérvia. Recentemente um ministro sérvio, Nenad Popovic. Afirmou: "Nós nunca esqueceremos os 78 dias de bombardeamentos, as crianças mortas e o país destruído", “A Sérvia nunca entrará na NATO", que em 1999 deixou milhares de vítimas e causaram danos ao país no valor total de dezenas de milhares de milhões de dólares.
"Milhares de cidadãos mortos, hospitais, escolas, fábricas e pontes destruídas são rastros vergonhosos da agressão da NATO contra a Sérvia. As bombas lançadas com urânio empobrecido deixaram uma influência duradoura na saúde de nosso povo, enquanto nossa economia está ainda se recuperando dos danos materiais causados."
"A única culpa da Sérvia para essa violenta aliança militar é que ela defendia sua liberdade e o direito de realizar uma política soberana e independente. "O país amante de liberdade e o povo livre deviam ter sido destruídos economicamente, quebrados moralmente e – assim submetidos – ter sido conquistados. Queriam enviar um sinal a todas as outras nações que protegem e amam a liberdade que não há outra força no planeta além de sua força militar".
A operação militar foi executada sem aprovação do Conselho da Segurança da ONU baseando-se em alegações de que as autoridades da Jugoslávia estariam exercendo limpezas étnicas no Kosovo, provocando uma crise humanitária.
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