Diz Chris Hedges, jornalista premiado, escritor: Israel não está apenas dizimando Gaza com ataques aéreos, mas empregando a arma de guerra mais antiga e cruel – a fome. A mensagem de Israel é clara: deixe Gaza ou morra.
Nenhum país está em condições de receber mais de 2,3 milhões de habitantes. Aliás fazê-lo era formalizar à sua custa o Grande Israel, a Cisjordânia já é quase totalmente controlada por Israel.
Na TV vemos “comentadores amestrados”, falaram em direitos humanos e direito internacional, mas… o mas é usado adversativamente: trata-se de negar o que foi dito antes e reconhecer o direito a defender-se e combater o “terrorismo”. A van der Leyen, o TPI e outros, pressurosos a culpar a Rússia de crimes de guerra e a criminalizar Putin, estão calados como ratos, alguns tentando usar o “mas” para disfarçarem o que disseram antes. Além disto Israel - já foi dito - é um país democrático, enquanto o Hamas é totalitário e terrorista. Logo, para esta senhora, que sem dúvida deve condoer-se por uma amiga perder o gato ou aleijar-se no joelho, a morte de crianças e suas mães, embora não se apoie - enfim… justifica-se porque se não são totalitários e terroristas podem vir a sê-lo.
A falta de vergonha atingiu um pico difícil de imaginar, porém, pela primeira vez há bastantes anos os media começam a não controlar o discurso. Já com a Ucrânia, o que diziam semanas atrás não encaixava no que tinham que reconhecer depois, embora continuem a difundir disparates, perdão, mentiras.
Dezenas de jornalistas e pessoal da ONU, que goza de imunidade democrática, é morto pelos bombardeamentos preconcebidamente indiscriminado da “democracia” fascista apoiada pelo ocidente (como a do Zelensky).
O assassinato também se espalhou para o norte da Palestina no Líbano, quando as tropas israelitas mataram o jornalista da Reuters Issam Abdullah. A organização Repórteres Sem Fronteiras (RSF) – que sempre alinhou com o que o ocidente tem feito ou dito - publicou a sua investigação dizendo que era impossível os jornalistas serem confundidos com combatentes.
Um
documento interno do Departamento
de Estado dos EUA pede pressão sobre Israel para renovar o
fornecimento de água em Gaza: em Gaza, 52 000 mulheres grávidas e
mais de 30 000 bebês com menos de seis meses estão a beber água
salobra ou contaminada.
À
medida que o número de mortos e a crise humanitária em Gaza se
agravam a
mais indignação contra
a barbárie do governo israelita
instala-se
na opinião pública, mesmo nos EUA. Judeus pela Paz se
manifestaram-se
em
Nova Iorque. Na AG da ONU a moção que exigia o fim das hostilidades
e do boicote a Gaza, teve apenas 14 países contra, 6,8% dos votos.
Mesmo
que fosse possível, destruir o Hamas – álibi para ocupar o resto
da Palestina – Israel está
cada vez mais isolado internacionalmente, meteu-se numa guerra que
não tem meios para manter sem
a ajuda dos EUA e residualmente da NATO.
Mais de 60 aviões cargueiros militares dos EUA, já levaram
para Israel material e
munições; apoio financeiro vai ser votado no Congresso. Mais uma
pedrada nas descontroladas finanças dos EUA,
O Hezbollah, para além de escaramuças fronteiriças, só intervém em força, segundo o que têm declarado, quando o Hamas estiver em situação de derrota. Porém, as incursões de Israel têm-se saldado por retiradas com baixas. O Hamas diz que tanques e escavadoras israelitas deixam os arredores da Cidade de Gaza depois que fortes confrontos foram relatados, não havendo nenhum avanço terrestre dentro dos bairros residenciais de Gaza.
Para garantir que Israel pode continuar a fazer o que tem feito ao longo dos anos, no Mediterrâneo uma frota de pelo menos 73 navios de guerra dos EUA e da NATO com dois grupos de porta-aviões e mais de 30 navios de 14 membros da NATO, aguarda não se sabe bem o quê. Os EUA, ignoram o que seja diplomacia, fazem o que costumam: chantagem baseada no dólar e ameaçar com porta-aviões. Duas armas cada vez mais enfraquecidas. O dólar cede ao ouro e comércio em moedas bilaterais. Quanto aos porta-aviões como já se disse não passam de banheiras (muito) caras no meio do mar, destinadas a servirem para recifes de coral se visitados por mísseis hipersônicos.
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