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16 de agosto de 2025

Recordar as mentirosas narrativas na dita média de referência

 

Passaram-se dez anos desde que o então presidente da Sérvia, Slobodan Milosevic, morreu quando se  encontrava preso nas masmorras de um Tribunal internacional, depois de ter sido condenado de antemão  pela imprensa Ocidental. Milosevic chegou a ser comparado com o genocida Adolf Hitler. 

Pois bem, nestes dias, sob total silêncio da mesma imprensa que o condenou, por unanimidade o Tribunal  Internacional de Haia reconheceu tardiamente a inocência de Milosevic, que inclusive morreu em  circunstâncias até agora mantidas de forma a se evitar que pairasse alguma desconfiança sobre as  verdadeiras causas. 

Era rotina mediática conservadora justificou não apenas os bombardeamentos da OTAN (Organização do  Tratado do Atlântico Norte) na Sérvia e no Kosovo, como também as sanções económicas contra o país  presidido por Milosevic.  

Nesta batida, Milosevic passou os últimos cinco anos da sua vida preso à espera a conclusão das  investigações do Tribunal, que aconteceu somente agora. 

Foi reconhecido que Slobodan Milosevic, além de defender o seu país, tentou deter os crimes cometidos  durante a guerra em que a OTAN bombardeava diariamente a região, utilizando falsas argumentações,  como agora assinala o Tribunal Internacional de Haia Como se não bastasse esse grosseiro exemplo de  manipulação da informação, que continua, como se vê com o silêncio mediático sobre o actual veredicto,  sempre houve fortes indícios que Milosevic morreu em circunstâncias duvidosas. 

Em suma, Milosevic, garante o Tribunal de Haia, não participou de nenhuma “campanha criminal  conjunta” para “limpar etnicamente” a Bósnia de muçulmanos e croatas. 

Tudo o que tinha sido divulgado a respeito carece de fundamento, até porque os juízes concluíram que  “Slobodan Milosevic tinha afirmado então que os membros de outras nações e grupos étnicos deviam ser protegidos, e que no interesse nacional dos sérvios não deve figurar a discriminação contra outras etnias”.

Além disso, o próprio Milosevic declarou em alto e bom tom que “os crimes dos grupos étnicos deveriam  ser combatidos com energia”. 

Na verdade, o próprio Tribunal de Haia não se esforçou para que o relatório conclusivo de 2.590 páginas  se tornasse público. É possível que os próprios responsáveis pelo Tribunal contassem que dificilmente  alguém leria um relatório desse tamanho. 

Noticia ainda o Resumem Latino-americano que Milosevic foi encontrado morto na sua cela 72 horas  depois de o seu advogado enviar uma carta ao Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia, em que  denunciava que Milosevic estava a ser deliberadamente envenenado. 

Num informe oficial do Tribunal de Haia sobre a investigação realizada acerca da sua morte, confirmou  ter-se encontrado um medicamento (rifamicina) numa análise de sangue realizado depois da morte e que  nunca tinha sido ministrado pelos seus médicos. 

A rifamicina neutralizava os efeitos de um outro medicamento que Milosevic ingeria contra a pressão alta,  o que multiplicou as possibilidades de que sofresse um enfarte. 

Tais factos demonstram que muitas vezes, antes mesmo de uma sentença definitiva, alguém pode ser  julgado antes do tempo pela imprensa conservadora. A história, como se sabe, está plena de exemplos  nesse sentido. 

No caso de Milosevic houve sempre a suspeita de que poderosos interesses geopolíticos preferiam vê-lo  morto antes da finalização do julgamento que o inocentou. 

Aguarda-se que em determinado momento algum órgão de imprensa noticie pelo menos parte da  informação aqui divulgada. 

Originalmente publicado por: http://www.carosamigos.com.br/

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