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17 de dezembro de 2022

Afinal que espécie de amigos tem a Ucrânia?

 A Ucrânia foi e é usada como um peão no jogo global do imperialismo de que a NATO é um instrumento. A população ucraniana é a principal vítima numa escala que só tem aumentado desde 2014, até atingir o nível da própria sobrevivência. Milhões de ucranianos desesperados fogem das aldeias e das cidades sem energia elétrica, sem água, lutando contra a escassez de tudo o essencial a começar por alimentos.

Enquanto isso, “comentadores” amestrados na russofobia vão inventando ou repetindo as histórias das centrais da desinformação em que a Rússia está derrotada e esgotada militarmente em soldados e material, a Ucrânia derruba 80% dos mísseis, etc. Se derrubam 80% como é que as próprias autoridades ucranianas afirmam terem sido atingidas por quase uma centena de mísseis em 24 horas? (RTP1)

Mas as mentirolas têm em contrapartida o nervosismo e desorientação que transparece por exemplo em gente que não saindo da versão oficial (“A Rússia vai perder a guerra”) diz por fim que é altura de falar em paz. Em vez disso, o que se vê são mais armas e dinheiro para a o clã de Kiev continuar a lutar contra a Rússia, não importa o sofrimento dos soldados e da população em geral. Tudo isto para defender um regime neonazi, que a propaganda do Ocidente apresenta como uma democracia exemplar.

O plano inicial era atacar o Donetsk, provocar o derrube de Putin, colocar um fantoche no poder e desmembrar a Rússia. Dimitri Orlov disse que só não aconteceu o mesmo que à Jugoslávia porque tinha armas nucleares. O plano falhou. Então, o que vemos hoje é o plano dos megalomaníacos imperiais que alimentam a cruel fanfarronice do ator de Kiev dizendo que vai recuperar até a Crimeia, que como a maior parte da Ucrânia, desde há quatro séculos, até 1991, sempre foi russa ou soviética.

Os objetivos de destruir a Rússia não estão a funcionar. A UE suicida-se mergulhada numa crise económica e financeira, em que a competitividade e as políticas industrias a começar pela energética, estão no caos, mascaradas a propaganda de irrealistas soluções. Milhares de milhões são dados a Kiev (para quê?) e com este inverno o total de ucranianos refugiados na Europa da UE/NATO vai ultrapassar os 10 milhões.

Com estes “amigos” a Ucrânia não precisa de inimigos para ser destruída. Os interesses da Ucrânia nunca foram levados em consideração; o conflito sempre foi decorrente da obsessão dos EUA destruírem uma Rússia em ascensão. O povo ucraniano é apenas um dano colateral naquilo que é, essencialmente, apenas mais uma guerra na defesa dos interesses das potências financeiras globais. Os europeus também são considerados danos colaterais na promoção da agenda globalista/imperialista. Nenhum dos líderes da UE tem soluções para a crise para a qual conduziram os seus países.

A lavagem cerebral através da propaganda intensa é combinada com a mordaça aos oponentes, portanto, para a generalidade das pessoas torna-se difícil entender o absurdo do que se passa, o fracasso da obscena ideologia do neoliberalismo, a falsidade da propaganda em que a trágica situação das perdas militares ucranianas é infamemente omitida. O comandante do batalhão neonazi Svoboda, Petro Kuzik, cuja unidade tenta manter Bakhmut, disse aos media ocidentais que os campos e florestas ao redor estão repletos de cadáveres de soldados ucranianos. As defesas em redor de Bakhmut foram enfraquecidas, algumas unidades não resistiram a esse ataque de artilharia e recuaram." Telegram: Contact @intelslava

De acordo com especialistas ocidentais, as perdas diárias ucranianas perto de Bakhmut chegam a um batalhão (500-800 pessoas), os hospitais em Konstantinovka estão superlotados e as escolas estão sendo convertidas em hospitais. Telegram: Contact @intelslava

Na Batalha por Artyomovsk as Forças Armadas da Ucrânia estão a sofrer pesadas perdas diárias. Os generais ucranianos jogam todos na batalha indiscriminadamente - há batalhões nacionais, militantes treinados no exterior e PMC (mercenários) estrangeiros.

Um surpreendente relato colhido no terreno por um jornal ucraniano, o Kiev Independent, é ignorado. “Para os soldados ucranianos com a tarefa de suportar as 1ªs linhas há pouca esperança de que uma trincheira ou abrigo não seja atingido diretamente. As 1as e 2as linhas de defesa são relativamente estáveis, mas a grande custo. Algumas unidades estão simplesmente a ficar sem pessoal. Se um luta temos 10 mortos ou feridos e nem todos podem ser retirados do campo de batalha. Nestas condições a crença acerca da pobre eficácia das forças de combate russas pode ser rapidamente posta de parte. Eles (a liderança militar ucraniana) falam das enormes perdas sofridas pelas russos, mas pelo que pude ver em Backmut as coisas estão mais ou menos OK para eles. Em termos de coordenação no terreno entre as suas brigadas e artilharia e coesão global, pode dizer-se que o fazem muito bem e como é difícil lutar contra eles. Telegram: Contact @intelslava

Enquanto este absurdo permanece, a NATO afunda-se num processo que as crises económicas, sociais, políticas e culturais se irão acelerar. Tal colapso é uma consequência direta de décadas de políticas verdadeiramente suicidas.

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