O urânio natural não pode ser usado diretamente nos combustíveis nucleares fabricados pela Framatome. Ele deve primeiro ser convertido e enriquecido. Essa matéria-prima, recebida na semana passada pela Framatome da Rússia, será confiada à francesa Orano, importante especialista na transformação de urânio, ou a outra empresa especializada em enriquecimento? Mistério. Os fabricantes não querem informar.
Na semana passada, a Framatome, empresa detida a 75,5% pela EDF, confirmou que as entregas de urânio enriquecido e urânio natural da Rússia, apontadas pela ONG antinuclear Greenpeace, eram destinadas a ela. Em 29 de novembro, a associação publicou um comunicado de imprensa no qual pedia ao "governo francês que suspendesse os contratos de comércio de urânio" entre a França e a Rússia quando "dezenas de barris de urânio enriquecido e dez contêineres de urânio natural da Rússia" foram transportados por navio de carga para o porto de Dunquerque.
Construtora de centrais nucleares e fornecedora de combustível, a Framatome esclareceu, no mesmo dia à AFP, que se tratava de uma “entrega de material para o fabrico de combustível nuclear” com destino à sua fábrica de Romans-sur-Isere (Drome).
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