O mundo mudou drasticamente entre a primeira e a segunda década deste século XXI. Para muitas pessoas essas mudanças são evidentes, outras persistem com a negação dos factos. Eis o que devemos esperar no segundo quartel do século XXI em 10 mudanças. (1)
1 - Os Estados Unidos não serão mais uma potência industrial global. A sua produção industrial estagnou, tendo aumenta 10% desde 2000 e 0% desde 2019. Enquanto isso, a China cresceu quase 10 vezes, a Rússia mais de 200% e a Índia mais de 320%. Os Estados Unidos e UE/NATO não têm crescimento desde 2019. Todas as economias da UE/NATO atingiram o pico em 2007-2008, com exceção da Alemanha, que atingiu o pico em 2017. A Itália é o mais doente do grupo, com a produção industrial caindo desde 2000
2 - Os Estados Unidos não serão mais uma superpotência militar. Não são competitivos tanto em termos de produção (a Rússia pode produzir projéteis de artilharia dez vezes mais rápido) como em termos de desenvolvimento (eles falharam em desenvolver sistemas de armas hipersónicas utilizáveis e estão muito atrasados no campo da tecnologia de defesa antimísseis). O seu poder marítimo reside nos seus grupos de porta-aviões, que se tornaram obsoletos pelas armas de precisão de longo alcance, capazes de afundar um porta-aviões a uma distância segura. Sua dissuasão nuclear é muito antiga para ser considerada fiável. Os que decidem e influenciam no sector da defesa, começando pelo Pentágono, empresas de defesa e grande parte do Congresso, são corruptos.
3 - Grande parte da terminologia usada não é mais aplicável. Não existe uma "ordem mundial" identificável. O "globalismo" está morto porque o planeta dividiu-se blocos de nações como os BRICS. O "direito internacional" não é mais relevante, quando 40 000 sanções foram impostas ilegalmente à Rússia. Como não existe uma "ordem mundial" para as impor, não significam muito. Não existe uma "comunidade internacional" como tal. A "ordem internacional baseada em regras", constantemente apregoada também está finalmente morta. O neoliberalismo é abertamente rejeitado por grande parte do planeta, tal como os "valores humanos universais". Os "direitos humanos" estão se tornando menos na moda, à medida que em grande parte do mundo se volta ao antigo conjunto de valores universais de lealdade, honra, dever, mérito e privilégio adquiridos por meio do serviço público.
4 - Dado o colapso da política eleitoral nos Estados Unidos e na Europa, a "democracia" de estilo ocidental não é mais algo a que alguém possa aspirar razoavelmente. (2) Após o fracasso de todos os métodos legais e ilegais para se livrarem de Trump, ele encaminha-se para a posse. Na Geórgia uma tentativa fracassada de revolução colorida, depois dos georgianos votaram num governo que não é anti russo. Na Roménia os resultados eleitorais foram invalidados depois que um candidato não anti russo venceu no primeiro turno. Depois há a "jovem democracia", ucraniana - em que Stephan Bandera é herói nacional - liderada por um presidente cujo mandato expirou em maio passado.
5 - O catastrofismo climático já não está na moda. Culpar o "aquecimento global" pelo CO2, que na verdade é um alimento para as plantas - não funciona mais. A nação "mais verde" do mundo, graças à energia hidroelétrica e às imensas florestas boreais, é a Rússia! Painéis solares e turbinas eólicas não são renováveis: precisam ser compradas repetidamente - na China! Também não são muito úteis devido ao problema da intermitência, são destrutivos para o meio ambiente e representam um grande risco de descarte de resíduos tóxicos. Depois de serem enganados pela promessa vazia de "energias renováveis", os EUA e a UE/NATO perderam a capacidade de construir centrais nucleares com rapidez suficiente ou a um custo suficientemente baixo para fazer a diferença, enquanto a Rússia e a China os ultrapassaram. A Rússia é agora o principal fornecedor mundial de tecnologia nuclear do mundo e completou com sucesso o ciclo do combustível nuclear, resolvendo assim o problema da eliminação de resíduos nucleares de alto nível. Nos EUA falam sobre um novo desenvolvimento da energia nuclear, mas não têm capacidade nem experiência para realizá-lo.
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