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8 de abril de 2021

O COVID perante sistemas em confronto

Maxime Vivas é um ativista que se tem batido pela paz, pelo socialismo, pela verdade contra as falsas notícias, nomeadamente contra a China. Por isso tem sido atacado de forma soez por escribas de serviço ao sistema. Duma entrevista que deu a “Antidiplomatic” (1) retiramos alguns excertos sobre o tema em título.

A China derrotou a Covid até agora. Mesmo países de inspiração socialista como Vietname, Cuba e Venezuela, os seus sistemas de saúde pública, lidaram bem com esta emergência. O Ocidente vem sofrendo cortes na saúde pública há anos com as consequências que vimos.

A pandemia mostrou várias coisas de facto. Em primeiro lugar, que a União Europeia não tem competência para ajudar as pessoas. Quando a Grécia teve dificuldades orçamentárias, a União Europeia a esmagou-a em vez de ajudá-la. Quando a Itália já foi dominada pela Covid, a UE foi inútil. Foi um equipamento chinês que foi fornecido e os médicos cubanos que vieram ajudar as equipes de saúde. Atualmente ainda não existe uma política europeia de luta coordenada contra o vírus. Por outro lado, onde a UE tem sido eficaz, é na multiplicação de diretrizes aos países membros para reduzir o número de leitos hospitalares. Nas últimas décadas, houve mais de 60 pedidos repetidos da União Europeia aos países membros para reduzir as camas. Vemos o resultado dramático.

Sobre a eficácia de países como China, Vietname, Cuba, Venezuela, a propaganda nos nossos media tem uma explicação: “Ditaduras!”. O que mais podem eles dizer para justificar a sua falência? A verdade é que nesses países uma escolha foi imediatamente feita entre a economia e as pessoas.

A UE, não tinha máscaras e camas de reanimação, permitiu a circulação de transportes públicos lotados de trabalhadores. Em Cuba, país que conheço e onde tenho amigos, o governo apostou tudo na preservação da vida das pessoas. Cuba abandonou um seu principal recurso, o turismo. Os cubanos tiveram imediatamente máscaras, muitas vezes caseiras, sempre gratuitas. O sistema de saúde, conhecido por ser exemplar, tem sido magnífico. Os médicos cubanos batiam a cada porta de cada casa, para explicar como se proteger, para medir a temperatura frontal dos habitantes, para detetar sintomas. O povo cumpriu, não por medo das autoridades, mas por confiança nos seus líderes e médicos. Neste país sob um bloqueio desumano, foi desenvolvida uma vacina enquanto uma vacina francesa não existe. (nem na UE até ao momento)

Portanto, a gestão socialista da pandemia provou o seu valor. A gestão capitalista fez valer os seus valores, que são: em primeiro lugar: o PIB, os bancos, a economia.

Ou seja, no totalitarismo, designado por “democracia liberal”: a finança, os interesses da oligarquia. É nisto que se traduz o termo economia e PIB. Primeiro as grandes farmacêuticas depois a saúde dos cidadãos mesmo que corram riscos mortais.

O total de mortes na Europa (sem incluir a Rússia) América do Norte e América do Sul, representam 77,3% do total mundial. É portanto uma pandemia que ataca sobretudo os países que mais cederam ao neoliberalismo…

Na UE os atrasos na entrega e distribuição de vacinas levam ao aumento das infeções. Porém, a vacina russa, Sputnik V, registada 60 países com uma população de mais de 1,5 mil milhões de pessoas, além das vacinas chinesas, ocupa o segundo lugar no mundo em número de aprovações por reguladores governamentais. A Agência Europeia de Medicamentos ainda não a reconheceu mais preocupada em garantir vendas da Pfizer e da pouco fiável Astrazeneca - empresa com sede em Londres resultado da fusão entre a Astra sueca e a Zeneca britânica.

1 ­- https://www.legrandsoir.info/un-entretien-de-maxime-vivas-avec-l-antidiplomatico.html

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