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24 de maio de 2023

Kusturica

 A verdade sai da boca dos sérvios

O diretor sérvio Emir Kusturica denuncia a hipocrisia dos líderes e da mídia ocidentais

Quando os estados ocidentais bombardearam e invadiram a Sérvia, o que não representava nenhuma ameaça, eles chamaram as baixas civis de “danos colaterais” e a mídia ocidental quase não os mostrou.

Hoje, os líderes ocidentais e os média fingem estar ofendidos pelas vítimas civis na Ucrânia  numa guerra que eles próprios provocaram, entre outras coisas, ajudando e armando o nazismo neste país.

Depois de ter denunciado este duplo discurso ocidental, Emir Kusturica recorda que a Sérvia, tal como a Rússia, sofreu muito mais com o nazismo do que outros países europeus.

Esta é uma das razões da  oposição do povo sérvio aos grupos nazis na Ucrânia e seu apoio pelos estados ocidentais é particularmente chocante.

Podemos também acrescentar que Kosovo foi arrancado da Sérvia em desafio à lei internacional por uma invasão da OTAN. O verdadeiro objetivo era estabelecer bases americanas supervisionando um estado fantoche.

As elites desse estado fantoche e mafioso também lucraram com o tráfico de órgãos retirados de prisioneiros sérvios que viviam na “Casa Amarela” quando Bernard Kouchner era governador das autoridades de ocupação civil.

Emir Kusturica nasceu em novembro de 1954, em Saravejo. É um cineasta e músico sérvio. Com uma expressiva sequência de trabalhos internacionalmente aclamados, Kusturica é visto como um dos mais criativos diretores de cinema dos anos oitenta e noventa. Venceu duas vezes a Palma de Ouro (por "Otac na službenom putu" e "Underground"), bem como recebeu também a comenda francesa da Ordre des Arts et des Lettres. De entre os filmes que realizou, destacam-se "O Tempo dos Ciganos" (1988), "Gato Preto, Gato Branco" (1998) e, "L'affaire Farewell" (2009) e o seu último trabalho "Na Via Láctea" com Monica Bellucci, estreado no passado Festival de Veneza.

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