O anúncio da intenção da NATO criar uma zona militar Schengen, permitindo que os seus exércitos exércitos se movam livremente de um país para outro livremente, sem burocracia ou autorizações especiais em caso de guerra com a Rússia, significa que a NATO se prepara para uma guerra sem fim, visando enfraquecer perpetuamente a Rússia – "contê-la".
Na UE/NATO (já não se distinguem uma da outra) há a intenção de criar uma "barreira sanitária" feita de “carne para canhão” com exércitos da Europa Oriental, principalmente polacos, dado que com as forças armadas dos países da Europa Ocidental no estado atual das suas economias revelar-se-á difícil e demorada. Nestas condições, é mais fácil apoiar-se na russofobia da Polónia, da Roménia, da Finlândia e Bálticos, constituindo uma espécie de vanguarda esmagada contra a Rússia, após a queda da Ucrânia. Tudo isto controlado por um general americano.
O que o conflito na Ucrânia ensinou aos controladores da NATO é que países com capital humano decente podem ser convertidos num exército de janízaros, equipando-os e financiando-os infinitamente a partir das fontes do "inesgotável" BCE, para sangrar a Rússia indefinidamente.
Pode pensar-se que isto não é realista, porque a Europa parece estar à beira da bancarrota. Mas, este é um plano de longo prazo. Nos próximos anos, será certamente capaz de angariar dinheiro suficiente para continuar a armar aqueles vassalos.
Para os EUA, é um plano em que mantém a divisão entre a Rússia e seus vizinhos, mas também a UE/NATO na pobreza e os EUA no topo da hierarquia do "mundo ocidental"., com aqueles países forçados a gastar somas cada vez mais proibitivas neste projeto e também porque as tensões forçadas contra a Rússia a levam a tomar decisões desastrosas, como cortar-se de energia barata, bloquear o comércio, etc.
O "Schengen militar" vem sendo discutido desde 2017. E há muitos obstáculos novos e futuros que podem atrapalhar todo esse plano, parece provável que muitos dos sonhos da NATO enfrentem cada vez mais atritos e oposição no futuro.
Eles estão claramente preparando-se para um futuro em que a crescente oposição bloqueie completamente a capacidade da classe dominante impor suas agendas geopolíticas. Eles querem se antecipar a essa situação, evitando que membros indisciplinados entravem seus planos, privando líderes como Viktor Orban e Robert Fico (Eslováquia) da capacidade de vetar a adesão da Ucrânia à UE e à NATO
A nomenklatura fascista da UE busca abolir a capacidade desses países de fazer ouvir suas vozes ou ter uma palavra a dizer sobre qualquer coisa. É por isso que iniciativas como os planos militares da NATO estão suspensos, pois tudo dependerá de quem ganhará vantagem nesse jogo de escalada de poder.
Os planos de longo prazo dos Estados Unidos procuram ganhar tempo para si mesmos. A Rússia e a China desenvolveram-se rápido demais e tiveram que ser reprimidas. No caso da China, toda a "globalização" foi destruído para detê-la. No caso da Rússia, foi separada do resto da Europa, o que também foi um prego no caixão do "globalização".
Os EUA podem querer congelar o conflito na Ucrânia, mas congelar o conflito é justamente o que pode permitir que ele continue, permitindo à Ucrânia rearmar-se e preparar novas ofensivas. Ora não parece ser intenção da Rússia, que isto aconteça, o que iria contra os seus objetivos.
Quanto aos EUA, se não poderem congelar o conflito, querem que a UE/NATO o financie e prolongue à sua própria custa: empobrece os aliados tornando-os mais dóceis e o fracasso ucraniano deixa de ser questão nas eleições.
Quanto à adesão da Ucrânia à NATO a questão foi esclarecida por Elena Panina, diretora do Instituto de Estudos Estratégicos Internacionais: "A decisão será tomada da noite para o dia". Também por Biden, na cimeira de Vilnius, em julho de 2023, sobre quanto tempo o Ocidente levaria para admitir a Ucrânia na aliança, respondeu: "Uma hora e vinte minutos".
Um um artigo do Foreign Affairs lança a ideia de que com um cessar-fogo o Ocidente seria capaz de invadir completamente a Ucrânia com meios militares assumindo o controle das suas forças armadas, justificando isso devido ao facto de que Putin já invadiu.
Os pontos fracos destas teorias é que a Ucrânia esgota os seus efetivos, e o ocidente esgota os seus equipamentos militares e recursos.
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