RÚSSIA-UCRÂNIA: GENERAIS JÁ FALAM DE PAZ?
Uma potencial paz está a ser negociada na Ucrânia por líderes militares
SEYMOUR HERSH
1º DE DEZEMBRO
Os
últimos meses têm sido difíceis para o presidente Joe Biden e a sua
irresponsável equipa de política externa. Israel está a seguir o seu
próprio caminho na sua guerra contra o Hamas, com novos bombardeamentos
em Gaza, e o público americano está amargamente dividido, o que se
reflecte em sondagens que continuam a ser desfavoráveis à Casa Branca.
Entretanto,
o presidente e os seus assessores de política externa também foram
deixados de fora, à medida que negociações de paz sérias entre a Rússia
e a Ucrânia ganharam rapidamente impulso.
“Todos
na Europa falam disto” – as conversações de paz – disse-me no início
desta semana um empresário americano que passou anos a lidar com
questões diplomáticas e militares ucranianas de alto nível no governo.
“Mas
há ainda muitas questões a resolver entre um cessar-fogo e um acordo.” O
jornalista veterano Anataol Lieven escreveu esta semana que a situação
do campo de batalha na Ucrânia e, portanto, “um cessar-fogo e
negociações para um acordo de paz estão a tornar-se cada vez mais
necessários para a Ucrânia”. Ele disse ainda que era “excepcionalmente
difícil” para o governo ucraniano liderado por Volodymyr Zelensky
concordar com conversações, dada a sua repetida recusa em negociar com o
presidente russo, Vladimir Putin. Mas a dura realidade ...
A
força motriz dessas conversações de que se fala não tem sido nem
Washington nem Moscovo, nem Biden nem Putin, mas sim os dois generais de
topo que dirigem a guerra, Valery Gerasimov da Rússia e Valery Zaluzhny
da Ucrânia...
GENERAL TO GENERAL
A potential peace is being negotiated in Ukraine by military leaders
SEYMOUR HERSH
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Russian
President Vladimir Putin meeting with General Valery Gerasimov at the
headquarters of the Russian armed forces in Rostov-on-Don in October. /
Photo by Kremlin Press Office/Anadolu via Getty Images.
It’s
been a rough couple of months for President Joe Biden and his feckless
foreign policy team. Israel is going its own way in its war against
Hamas, with renewed bombing in Gaza, and the American public is bitterly
divided, all of which is reflected in polls that continue to be
unfavorable to the White House.
Meanwhile,
the president and his foreign policy aides have also been left on the
outside as serious peace talks between Russia and Ukraine have rapidly
gained momentum.
“Everyone
in Europe is talking about this”—the peace talks—an American
businessman who spent years dealing with high-level Ukrainian diplomatic
and military issues in the government told me earlier this week. “But
there are lots of questions between a ceasefire and a settlement.” The
veteran journalist Anataol Lieven wrote this week that the battlefield
situation in Ukraine and thus “a ceasefire and negotiations for a peace
settlement are becoming more and more necessary for Ukraine.” He said
that it was “exceptionally difficult” for the Ukrainian government
headed by Volodymyr Zelensky to agree to talks, given its repeated
refusal to negotiate with Russian President Vladimir Putin.
The
driving force of those talks has not been Washington or Moscow, or
Biden or Putin, but instead the two high-ranking generals who run the
war, Valery Gerasimov of Russia and Valery Zaluzhny of Ukraine...
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