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18 de dezembro de 2023

Os pedintes à porta da UE

 Perdido grande parte do interesse que tinham para Washington, ficaram sem o emprego que o império lhes tinha prometido ou proporcionado. Como os EUA não conseguem “ir a todas” – as guerras que desencadeiam – foram despromovidos e remetidos para a sucursal europeia dos EUA: a UE. É o caso da Moldova e da Ucrânia que a inconsciente faceirice reinante em Bruxelas acolhe numa mascarada de aldrabices cujas consequências são completamente iludidas.

Na Moldova o teatro de uma futura adesão à UE destina-se a manter a presidente alinhada com o ocidente e a russofobia reinante. Era o país mais pobre da Europa, troféu perdido para a Ucrânia que foi no tempo dos horrores soviéticos uma República próspera, altamente industrializada, com o maior nível de vida da União, tinha 50 milhões de habitantes, agora Kiev controla menos de 20 milhões. Eis as vantagens de “somos do ocidente”!

A Moldova quer vir para a UE. Diz Putin: “se um dos países mais pobres da Europa, que tem comprado nossos recursos energéticos a um preço bastante baixo, quiser seguir os passos da Alemanha, vá em frente. A Alemanha compra recursos energéticos dos Estados Unidos e paga 30% mais do que importava da Federação Russa. Portanto, se eles tiverem algum dinheiro extra para gastar na Moldávia, que sigam esse caminho. O mesmo vale por exemplo, na agricultura: os agricultores da Moldávia são bastante ativos no mercado agrícola russo. Se não quiserem trabalhar connosco, não precisam. Mas onde venderão seus produtos?”

Quanto à Ucrânia, Zelensky (“homem do ano” 2022 da revista Time) apareceu em Kiev triunfante com “uma mão cheia de nada e outra de coisa nenhuma”, candidato à adesão à UE. Zelensky, foi a Washington para pedir 60 mil milhões de dólares, em financiamento adicional. A pedinchice fracassou. Depois dessa humilhação, Zelensky dirigiu-se à UE, que não conseguiu chegar a acordo sobre 54 mil milhões de dólares solicitados.

Em pura encenação teatral declararam que a Ucrânia poderia iniciar negociações para pertencer à UE. As negociações levarão anos e não há garantia de que a Ucrânia obterá adesão. A questão é: será que a Ucrânia existirá como Estado dentro de alguns anos?

A guerra dos EUA na Ucrânia contra a Rússia custou a vida a 400 000 soldados ucranianos. Nos últimos seis meses, estima-se que mais de 120 000 soldados ucranianos tenham sido mortos numa contraofensiva fracassada, passado um ano em que alardeavam a vitória iminente sobre a Rússia.

O resultado é o líder do regime fantoche de Kiev implorar mais milhares de milhões para continuar o banho de sangue do seu povo, em vez de pedir negociações. A Ucrânia se tornou-se um deplorável buraco negro, politicamente insustentável para Washington e Bruxelas continuarem a despejar dinheiro nesse abismo.

O espetáculo de Zelensky cruzando o mundo em busca de mais dinheiro é tão vergonhoso quanto sórdido. Dados oficiais mostram que os governos ocidentais já doaram 200 mil milhões à Ucrânia desde fevereiro de 2022. Apesar do financiamento, armas e outros apoios ao regime de Kiev, a guerra é um beco sem saída para as potências ocidentais. A NATO enfrenta uma derrota sem precedentes nos seus 75 anos. É evidente que o regime de Kiev só se mantém pela transferência de colossais fluxos do Ocidente. Sem essas transfusões de armas e capital, o regime acabou. Perdeu um grande número de tropas e as campanhas de recrutamento não resultam.

Outra conclusão a tirar é a extensão da corrupção em que a Ucrânia está mergulhada. Apesar de todos os fundos injetados neste regime, grande parte dele foi desviado. A obscenidade do escândalo ucraniano é a corrupção desenfreada e mortes e destruição das economias na UE, enquanto as empresas de armas ocidentais obtiveram super lucros.

Zelensky e comparsas foram pagos pelo seu papel no maior golpe de guerra da história moderna. Um golpe financiado por contribuintes ocidentais iludidos por políticos e media de que se estava a "defender a democracia e a liberdade". Para manter esta grotesca farsa, os políticos ocidentais pagos por empresas de armamento e estrategas da NATO recorrem ao alarmismo e chantagem, de que se não se der dinheiro à Ucrânia para "se defender da agressão russa", o resto da Europa será invadido por Moscovo.

Na véspera da cimeira da UE, tentou-se um suborno a Viktor Orbán, desbloqueando 10 mil milhões de euros, para ceder naproposta 50 mil milhões adicionais para Kiev. Orban não aceitou a entrega de euros à Ucrânia, mas cedeu na objeção às negociações para a adesão da Ucrânia.

O terrível desperdício de vidas e recursos financeiros na Ucrânia - em vez de buscar a diplomacia e a paz – é o sinal de que esses regimes estão corruptos e fadados ao fracasso. O conflito na Ucrânia alimentou imprudentemente tensões entre as potências nucleares e condenou gerações a endividarem-se. A guerra na Ucrânia é um impasse histórico para os EUA e seus vassalos europeus. A mendicidade de Zelensky soa como um chocalho de morte.

Ver: https://strategic-culture.su/news/2023/12/15/zelensky-global-begging-tour-is-an-obscene-fiasco/

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