HÁ SEMPRE «TERRORISTAS BONS» PARA DAREM CABO DOS RUSSOS ANTES DE SE VIRAREM CONTRA OS AMERICANOS QUE OS ARMARAM
-
comenta Alfredo Barroso, depois de ler no ‘Público’ a deliciosa e assaz
comovente prosa do inefável russófobo doutor Nuno Severiano Teixeira
Simplificando
as coisas. Bashar al-Assad era um bruto, para qualquer fanático da NATO
e do Pentágono que se preze, tão comovente e tão delicado como o doutor
Nuno Severiano Teixeira. E era um bruto, não apenas por ser um ditador
bastante bruto para o povo da Síria, mas, sobretudo, por ser um aliado
dos tão desprezíveis e odiados Russos, esses imperialistas cavernícolas
que querem conquistar uma “Europa dos Urais à Caparica, passando pela
Suécia e pela Sicília”. Isto digo eu a brincar, mas esta minha visão é
bastante séria e tem muitos lados para onde olhar (apesar de eu ser
‘caixa-d’óculos’)…
Obviamente que a dinastia
reinante na Arábia Saudita, por exemplo, é bastante mais brutal e feroz
do que a de Bashar al-Assad – e mesmo do que foi, aqui vai mais outro
exemplo, a ditadura do general Augusto Pinochet, que chegou ao poder no
Chile graças a um golpe de Estado apoiado pela CIA, a mando do inefável e
pacífico Henry Kissinger (assim uma espécie de Nuno Severiano Teixeira
com “upgrade”). E a dinastia saudita é mais brutal e feroz, não só por
discriminar as mulheres só por serem mulheres – coisa que não sucedia na
Síria nem no Chile - mas também por mandar matar jornalistas malfazejos
e cortá-los às postas, e isto, sem contar com as cabeças dos(as)
condenados(as) à morte cortadas em público, nomeadamente em parques de
estacionamento. Sim, trata-se da Arábia Saudita onde ainda joga o
Cristiano Ronaldo (o daquele grito gutural quando marca um golo!) e
outras estrelas em decadência do futebol europeu e latino-americano,
porventura pagas em “petrodólares”.
Mas aqui – lá
está! – funciona a delicada e comovente compreensão e tolerância dos
fanáticos da NATO e do Pentágono, como este doutor Nuno Severiano
Teixeira, porque a Arábia Saudita vende petróleo a rodos e compra
armamento (nomeadamente bombas e caças a jacto de última geração) para
combater os “infiéis” – termo feliz que, neste caso, é sinónimo de
“Russos”, ou mesmo, numa versão mais ampla, sinónimo de “inimigos da
NATO e do Pentágono”, ou seja, “inimigos dos Estados-Unidos da América”,
mais ou menos (mais do que menos) imperiais!
Ora
bem. O islamista al-Jolani que pôs em fuga Bashar al-Assad (que, por
acaso, até era um ditador laico) é um conhecido terrorista com a cabeça a
prémio nos EUA, “formado” na escola da Al-Qaeda – a qual, não por
acaso, era dirigida pelo Osama bin-Laden, que deus tem, e foi apoiada e
armada até aos dentes pelos EUA para expulsar os Russos do Afeganistão –
pais ocupado durante 20 anos pelos EUA, o Pentágono e a NATO, mas que
foi recentemente abandonado e entregue de novo aos Talibãs, pelo velho
balhelhas Joe Robinete Biden, que ainda preside aos EUA.
Está
bem assim?! Já perceberam por que motivo é que o doutor Nuno Severiano
Teixeira é tão compreensivo e tolerante com um terrorista como o
islamista al-Jolani, que agora tomou conta da Síria?! facebook de Alfredo Barroso
Sem comentários:
Enviar um comentário