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13 de dezembro de 2024

 HÁ SEMPRE «TERRORISTAS BONS» PARA DAREM CABO DOS RUSSOS ANTES DE SE VIRAREM CONTRA OS AMERICANOS QUE OS ARMARAM

- comenta Alfredo Barroso, depois de ler no ‘Público’ a deliciosa e assaz comovente prosa do inefável russófobo doutor Nuno Severiano Teixeira

Simplificando as coisas. Bashar al-Assad era um bruto, para qualquer fanático da NATO e do Pentágono que se preze, tão comovente e tão delicado como o doutor Nuno Severiano Teixeira. E era um bruto, não apenas por ser um ditador bastante bruto para o povo da Síria, mas, sobretudo, por ser um aliado dos tão desprezíveis e odiados Russos, esses imperialistas cavernícolas que querem conquistar uma “Europa dos Urais à Caparica, passando pela Suécia e pela Sicília”. Isto digo eu a brincar, mas esta minha visão é bastante séria e tem muitos lados para onde olhar (apesar de eu ser ‘caixa-d’óculos’)… 
Obviamente que a dinastia reinante na Arábia Saudita, por exemplo, é bastante mais brutal e feroz do que a de Bashar al-Assad – e mesmo do que foi, aqui vai mais outro exemplo, a ditadura do general Augusto Pinochet, que chegou ao poder no Chile graças a um golpe de Estado apoiado pela CIA, a mando do inefável e pacífico Henry Kissinger (assim uma espécie de Nuno Severiano Teixeira com “upgrade”). E a dinastia saudita é mais brutal e feroz, não só por discriminar as mulheres só por serem mulheres – coisa que não sucedia na Síria nem no Chile - mas também por mandar matar jornalistas malfazejos e cortá-los às postas, e isto, sem contar com as cabeças dos(as) condenados(as) à morte cortadas em público, nomeadamente em parques de estacionamento. Sim, trata-se da Arábia Saudita onde ainda joga o Cristiano Ronaldo (o daquele grito gutural quando marca um golo!) e outras estrelas em decadência do futebol europeu e latino-americano, porventura pagas em “petrodólares”. 
Mas aqui – lá está! – funciona a delicada e comovente compreensão e tolerância dos fanáticos da NATO e do Pentágono, como este doutor Nuno Severiano Teixeira, porque a Arábia Saudita vende petróleo a rodos e compra armamento (nomeadamente bombas e caças a jacto de última geração) para combater os “infiéis” –  termo feliz que, neste caso, é sinónimo de “Russos”, ou mesmo, numa versão mais ampla,  sinónimo de “inimigos da NATO e do Pentágono”, ou seja, “inimigos dos Estados-Unidos da América”, mais ou menos (mais do que menos) imperiais! 
Ora bem. O islamista al-Jolani que pôs em fuga Bashar al-Assad (que, por acaso, até era um ditador laico) é um conhecido terrorista com a cabeça a prémio nos EUA, “formado” na escola da Al-Qaeda – a qual, não por acaso, era dirigida pelo Osama bin-Laden, que deus tem, e foi apoiada e armada até aos dentes pelos EUA para expulsar os Russos do Afeganistão – pais ocupado durante 20 anos pelos EUA, o Pentágono e a NATO, mas que foi recentemente abandonado e entregue de novo aos Talibãs, pelo velho balhelhas Joe Robinete Biden, que ainda preside aos EUA.
Está bem assim?! Já perceberam por que motivo é que o doutor Nuno Severiano Teixeira é tão compreensivo e tolerante com um terrorista como o islamista al-Jolani, que agora tomou conta da Síria?! facebook de Alfredo Barroso


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