1)." Há por aí uma Associação portuguesa, mas no essencial de bancos estrangeiros ,que é hoje a realidade da banca dita portuguesa , que fala em nome do interesse nacional pela voz do seu presidente.
Banca que transfere todos os anos um caudal de euros para o estrangeiro.
Agora tem como presidente ,Vitor Bento que já presidiu ao Novo Banco que passou nessa altura de bestial a besta e que num momento de verdade afirmou : "O Fundo de resolução" é uma ficção " . Noutro momento de verdade chamou a atenção para a crescente saída para o estrangeiro de dividendos apelando que se tivesse em atenção o Rendimento nacional e não o PIB.
Pois bem, agora disse o que se pode contar dos bancos . o que deixamos à atenção do deslumbrado e convencido governador do Banco de Portugal de seu nome M.Centeno.
"Não compete aos bancos, nem às empresas, fazer política social”
Vítor Bento sublinhou as obrigações dos bancos para com os seus depositantes, os seus acionistas, o respeito pelas normas regulatórias com exigências prudenciais que os bancos não podem nem devem contornar".
Por isso com este governador do Banco de Portugal e com este governo os portugueses e as pequenas e médias empresas podem esperar sentados por qualquer redução significativa das comissões bancárias."
2) Sismos. E onde está o cumprimento da lei e a sua fiscalização ? Muitas gaiolas pombalinas foram desfeitas ou regidificadas com os restauros e recuperações após o boom do turismo tendo por principal conivente a CML
"DEPOIS DE ISTAMBUL
LISBOA É A CIDADE COM MAIOR RISCO SÍSMICO
Quase 68% dos edifícios de Lisboa foram construídos antes da lei de proteção sísmica
Lisboa é a segunda cidade com mais riscos sísmicos a seguir a Istambul. Especialistas dizem que até 1983 a protecção contra sismos era rudimentar e só a partir de 1990 é que a preocupação aumentou.
Miguel Dantas
7 de Fevereiro de 2023
Dos 452.582 edifícios existentes na Área Metropolitana de Lisboa, quase 68% foram construídos antes de existir legislação de protecção sísmica eficaz. A primeira regulamentação, aprovada em 1958, dizia respeito ao cálculo sísmico das construções. Em 1983, realizou-se uma actualização da legislação, mas os especialistas na área dizem que foi preciso esperar até 1990 para ver os primeiros edifícios construídos tendo em conta estas preocupações.
“Até 1958, apenas se tinha em conta a carga, o peso. Por vezes, as construções mais altas eram calculadas para o vento, mas não para os sismos", explica Carlos Sousa Oliveira, professor catedrático jubilado do Instituto Superior Técnico (IST), na área da Mecânica Estrutural e Engenharia Sísmica. "Depois, em 1958, já se começam a aplicar umas forças horizontais nos edifícios. Mas era uma coisa muito estática, não havia computadores, nada disso. As contas faziam-se à mão, pode imaginar como as coisas foram feitas. Tínhamos engenheiros muito bons, mas não existiam as ferramentas de hoje em dia. Em 1983, a metodologia de cálculo já estava ultrapassada.”
Os dados podem ser encontrados nos Censos 2021, na divisão por época da construção de edifícios. Na Área Metropolitana de Lisboa, a distribuição faz-se da seguinte forma: 18.115 edifícios (4% do total) foram construídos antes de 1919, entre 1919 e 1960 foram construídos 77.831 (17%), e, por último, entre 1961 e 1990 foram construídos 210.938 (47%). Tudo somado, são 306.884 os edifícios contemplados nos Censos construídos entre 1919 e 1990. Mas, se a legislação foi aprovada em 1983, porque se deve começar a contar a partir de 1990? "Existe um período transitório. O tempo que demora entre a saída da regulamentação e o aparecimento dos novos edifícios é de alguns anos", explica Carlos Sousa Oliveira.
Rodrigo Falcão Moreira, especialista em estruturas e segurança sísmica de edifícios, também considera que este período transitório deve ser acautelado. O antigo docente do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) considera que o novo código foi a "viragem da página" no que diz respeito à preocupação sísmica na construção de novos edifícios. "Dizemos que 1990 marca a data de implementação. Entrou em vigor em 1983, em 1990 já havia a obrigação de as pessoas estarem habituadas. Isto quer dizer que todos os edifícios antes disso foram projectados para suportar acções verticais, do vento e tinham algumas regras incipientes de segurança sísmica, mas que sabemos hoje que são completamente insuficientes", reitera o engenheiro civil.
Fiscalização inexistente
A grande falha na lei, apontam os especialistas, prende-se com a falta de fiscalização. Luís Guerreiro, professor no IST e investigador de engenharia sísmica, reabilitação e protecção do património histórico, diz que não é preciso montar um "grande esquema", mas que a monitorização actual é insuficiente.
"Não há, neste momento, fiscalização eficaz. O sistema baseia-se numa declaração do projectista, em que o engenheiro assina um termo de responsabilidade em que diz que fez o projecto de acordo com as regras e regulamentos. Isto é pouco. Não estou a dizer que as pessoas andam a falsear a declaração, mas que também erram. Podem julgar que estão a fazer bem feito e, em alguns casos, não estão. Isso só se pode despistar se houver alguma explicação. Por vezes, basta que os próprios projectos tenham uma folha de resumo com alguns elementos e, se alguém achar que algo não está a bater certo, que se faça uma pesquisa mais profunda. Acho que não é preciso montar um grande esquema, mas é preciso fazer alguma coisa", reitera.
Identificados os problemas, o que se pode fazer para melhorar a segurança sísmica dos edifícios? "Há dois vectores importantes: para as casas que já existem, não é economicamente viável pegarmos num plano de recuperação geral de todas. O que é viável é que, sempre que haja intervenções ou recuperações, se verifique a necessidade de fazer reforço sísmico", explica Luís Guerreiro. Numa segunda fase, o docente defende maior controlo sobre as novas construções, para "garantir um sistema de qualidade" que permita que "o que se faz novo se faz em condições – concebido, projectado e executado de modo a garantir a segurança sísmica".
Pode acontecer o mesmo em Portugal?
Depois de um sismo na Turquia ter provocado, até às 19h de terça-feira, mais de sete mil mortos – num balanço que pode subir até aos 20 mil –, é natural que, sendo Lisboa a segunda cidade europeia com maior risco sísmico ao nível do impacto que um fenómeno desses poderá ter (segundo dizia ao Diário de Notícias, em 2017, Mário Lopes, do Instituto Superior Técnico), apenas atrás da cidade turca de Istambul, nos perguntemos: e se fosse aqui?
Miguel Miranda, presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), embora considere que "a comparação é um bocado complicada", diz que é improvável que se verifiquem as mesmas condições na capital portuguesa que causaram a destruição na Turquia.
Logo à partida, porque os sismos registados em território nacional tiveram epicentro no mar. "O sismo da Turquia foi grande. Se tivéssemos em terra uma falha semelhante, estaríamos a falar de 200 quilómetros. A destruição seria tremenda." Porém, "em Portugal temos tido sismos com fontes grandes, mas que até estão mais perto do Algarve do que de Lisboa", explica Miguel Miranda.
"Penso que as pessoas não estão a ter uma ideia realista do que foi o impacto deste sismo. Nas pessoas, nas cidades. Estamos a falar de algo altamente destruidor", acrescenta o presidente do IPMA. Num sismo desta magnitude, os modelos prevêem entre mil e dez mil vítimas mortais, por isso, Jorge
Miranda refere que é muito provável que o número de mortos e feridos resultantes do sismo continue a subir nos próximos dias.
3. Um vídeo de um representante do capital a ver :
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