Dois textos das redes sociais.
1º -
Dizem STOP, MAS mentem
A FENPROF votou a favor de serviços mínimos para a greve dos professores? André Pestana, Renata Cambra, Raquel Varela, entre outras figuras próximas do STOP-MAS, insinuaram que essa deliberação unânime do colégio arbitral contou com o voto favorável do representante dos trabalhadores indicado pela CGTP. Isto é mentira, e os dirigentes do STOP-MAS sabem-no.
Não havia qualquer árbitro indicado pela CGTP no colégio que decidiu os serviços mínimos. Os membros de um colégio arbitral são sorteados nominalmente pelo que não há uma “lista da CGTP e da UGT” como faz crer o STOP-MAS. O “representante dos trabalhadores” sorteado aleatoriamente que votou a favor dos serviços mínimos chama-se Emílio Ricon Peres e foi indicado pela UGT. Poderíamos, de qualquer modo, questionar se faria sentido que uma greve fosse arbitrada por organizações que não a convocaram, mas a CGTP nunca votaria a favor de serviços mínimos abusivos e lesivos do direito à greve. Mas essa nem sequer é a pergunta mais importante a fazer ao STOP.
A quem interessam as mentiras, divulgadas de forma sistemática e metódica, e as acusações falsas dirigidas contra o único movimento sindical docente em que cabem todos os professores?
No Observador, a origem dos talibãs do sindicalismo
Porque é que o MAS criou o STOP quando, em 2019, a moção proposta por André Pestana num plenário nacional da CGTP não arrecadou mais de 12 votos em 700? Na FENPROF cabem várias sensibilidades políticas e, em democracia, quando se perde, aceita-se a derrota. Posso dar o meu exemplo pessoal: nas últimas eleições para a direcção do meu sindicato, o SPGL, não votei na lista vencedora. A minha reacção não foi fundar um sindicato novo, mas continuar o meu trabalho sindical sob a liderança da nova direcção. A quem interessa esta proliferação de sindicatos de professores (já são 24) e a divisão da sua força organizada?
O que é se ensina quando, em vez de se lutar, se paga a outros trabalhadores para lutar em nosso lugar? Pagar a assistentes operacionais para fazerem greve para que os docentes não o tenham de fazer não é um fundo de greve, é um miserável aproveitamento dos péssimos salários dos assistentes operacionais, cujas exigências não são sequer seriamente consideradas pelo STOP-MAS.
O que esperava o STOP-MAS quando, apesar de juridicamente bem aconselhado, conduziu milhares de professores para a ilegalidade? Sabia perfeitamente que a consequência seria o enfraquecimento do direito constitucional à greve, as faltas injustificadas para professores e assistentes operacionais, os processos disciplinares e a desmobilização dos professores.
O descontentamento dos professores é justo e todas as formas de luta que o seu movimento sindical decida empreender merecem a nossa solidariedade. Até 8 de Fevereiro decorre uma greve nacional por distritos, não afectada pelos serviços mínimos ilegitimamente decretados pelo Governo e irresponsavelmente provocados pelo STOP-MAS. Dia 11 de Fevereiro, a luta dos professores vai inundar Lisboa numa gigantesca manifestação organizada onde só não cabe o oportunismo daqueles que dizem STOP, MAS mentem e viram à direita.
2º-
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