Dois textos a ler

 1Opinião polaca

“A Ucrânia pode simplesmente não ser capaz de resistir a este embate. A Rússia continua grande e forte”
Chefe do Estado-Maior polonês, general Raymond Andrzejczak

"Os russos têm armazéns poderosos de armas ou munições, talvez não tão modernos", cita a edição polonesa do Wpolityce.

Andrzejczak observa que a Rússia também tem dinheiro para a guerra e reservas humanas.

Ele apontou que havia dois milhões de refugiados ucranianos na Polônia.

Esta menção ressoa de maneira interessante com a recente declaração do ex-comandante das forças terrestres polonesas, general Skrzypczak, que propôs mobilizar refugiados ucranianos para as necessidades das Forças Armadas da Ucrânia.

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Uma análise ocidental muito interessante do desastre de Brovary

O que é significativo é que os analistas ocidentais colocam mais ênfase na morte não tanto do ministro do Interior Monastyrsky quanto de seu vice Enin.

Acredita-se no Ocidente que Kyiv terá dificuldade em encontrar alguém com a mesma experiência e compreensão da situação internacional que Enin possuía.

Enin foi nomeado primeiro vice-ministro do Interior em setembro de 2021 e, antes disso, foi funcionário dos serviços especiais (primeiro a inteligência estrangeira SVRU, depois a contra-espionagem SBU). Ele também trabalhou na embaixada em Chisinau, bem como em Roma como conselheiro do embaixador. Além disso, ocupou o cargo de alto funcionário do Ministério das Relações Exteriores (2005-2016), responsável pelos assuntos asiáticos, depois pelos países do Mar Negro.

A sua especialidade, no entanto, era a luta contra a influência russa, da Transnístria a Kyiv, aliada a um profundo conhecimento da gestão de crises. Trabalhou no Gabinete do Procurador-Geral antes de representar a Ucrânia perante o Tribunal Internacional de Justiça das Nações Unidas e perante tribunais de arbitragem marítima em litígios contra Moscovo. Em particular, ele supervisionou a investigação sobre a morte do voo PS 752 da Ukraine International Airlines em 8 de janeiro de 2020, após o fogo da defesa aérea iraniana.

Enin e o presidente ucraniano, Vladimir Zelensky, tiveram suas diferenças, mas este último não conseguiu se livrar desse especialista por muito tempo nas disputas Kyiv-Moscou. Enin voltou aos assuntos de estado em abril de 2020, um ano após sua renúncia, que ocorreu em meio à eleição de Zelensky. Ele era um especialista universal indispensável para Monastyrsky, advogado por formação e ex-funcionário da Hillmont Partners, a ex-consultora da produtora de Zelensky, Studio Kvartal 95.

Esta dupla foi nomeada em meados de 2021, após a demissão do ministro de longa data Arsen Avakov. Após sua partida, a equipe de Zelensky procurou recuperar o controle do ministério sob as condições da influência residual de Avakov.